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Sabinada

História do Brasil - Manual do Enem
Maria Clara Cavalcanti Publicado por Maria Clara Cavalcanti
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Durante o Período Regencial - mais especificamente entre os anos de 1837 e 1838 - a Província da Bahia foi marcada por uma revolta que ficou conhecida como Sabinada. Esta revolta teve como seus principais idealizadores as classes média e alta da sociedade baiana da época e as elites militares; entretanto, foi também expressiva a participação popular. A Sabinada foi assim batizada pois teve como seu líder o médico e jornalista Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira.

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Causas da Revolta

Desenhou-se no Período Regencial um cenário de fortes disputas políticas. Essa conjuntura permeada por tensões fez eclodir uma série de revoltas, dentre as quais encontra-se a Sabinada. A grande quantidade de Revoltas Regenciais levou o regente da época, Diego Antônio Feijó, a renunciar ao cargo, o que aumentou a instabilidade política.

A Sabinada teve como causa principal a insatisfação de uma grande parcela da população com a centralização política do país, com as determinações do governo regencial na época e com os governantes designados pelo governo central para a administração da Bahia.

Além disso, os rumores de que o governo regencial recrutaria homens baianos para lutarem na Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul, aumentaram as tensões e insatisfações entre a população.

Sendo assim, essa revolta teve como principais objetivos a maior autonomia da província e o estabelecimento de uma estabilidade política e amparos econômicos e sociais na Bahia, tendo por isso, caráter separatista

Os revoltosos posicionaram-se tanto contra os regentes do Brasil, quanto contra os governantes nomeados para administrar a Bahia. Isso porque a centralização do poder e as medidas adotadas por estes não pareciam adequadas para o desenvolvimento efetivo e desejado da província.

É importante lembrar que apesar do caráter separatista e da instauração de uma República por parte dos revoltosos, estes esperavam que os anos de autonomia durassem apenas até a maioridade de Dom Pedro II, quando a província se reincorporaria à monarquia.   

A Revolta

A Revolta foi liderada pelo revolucionário, médico e jornalista Francisco Sabino e dela fizeram parte grupos da classe média baiana, como militares, intelectuais, liberais, comerciantes, etc.

O movimento foi se ampliando e conseguindo aderência de camadas populares também. Com a aderência dos militares da Fortaleza de São Pedro em novembro de 1837, os revoltosos ganharam força e segurança para obrigar o então governador Francisco de Souza Paraíso a abandonar do cargo. O golpe veio a decretar a criação da República Bahiense que, segundo os interesses dos sabinos, esperava-se que durasse até a maioridade de Dom Pedro II.

A República criada pelos sabinos prometeu conceder a liberdade aos escravizados que apoiassem a movimentação separatista, fator que fortaleceu a revolta.

As primeiras tropas enviadas pelo governo para conter a Sabinada acabaram juntando-se a eles. Nesse contexto, Francisco Sabino foi nomeado secretário do governo da República Bahiana; Daniel Gomes de Freitas indicado como Ministro da Guerra e Manoel Pedro de Freitas Guimarães se tornou Ministro da Marinha. Durante quatro meses diversos quartéis militares na Bahia foram conquistados pelos sabinos.

Reação regencial

O Governo Regencial reagiu ao movimento da Sabinada nomeando um novo governador e enviando tropas militares que bloquearam as saídas marítimas de Salvador e que, por terra, ocuparam as ruas da cidade. Entre os dias 13 e 15 de março de 1838, os participantes da Revolta foram rendidos e a República Bahiense desmontada.

Cerca de 2 mil pessoas foram mortas, entre revoltosos e tropas do governo, e mais de 3 mil ficaram feridas. Os principais líderes do movimento foram condenados à prisão perpétua ou à morte.

Bandeira da SabinadaBandeira da Sabinada

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UFG/2010

A ocorrência de rebeliões, tais como a Cabanagem (1835-1840), no Pará, a Sabinada (1837-1838), na Bahia e a Balaiada (1838-1841), no Maranhão, determinou a caracterização da Regência como um período conturbado. Todavia, a ocorrência de rebeliões tão distintas apresenta como aspecto comum a:

A Reivindicação popular pela abolição da escravatura, tornando inviável o apoio das camadas médias urbanas aos movimentos contra a ordem regencial.
B Influência da experiência republicana da América Hispânica, decorrente da proximidade intelectual entre as elites imperiais e os criollos.
C Mobilização das camadas populares pelos segmentos da elite, objetivando o controle do poder nas referidas províncias.
D Tentativa de restabelecer o poder moderador, transferindo-o para a Regência Una como forma de resistir às reformas liberais.
E Rejeição ao regime monárquico, revelador da permanência do privilégio concedido ao português desde a Colônia.
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