Desenhou-se no Período Regencial um cenário de fortes disputas políticas. Essa conjuntura permeada por tensões fez eclodir uma série de revoltas, dentre as quais encontra-se a Sabinada. A grande quantidade de Revoltas Regenciais levou o regente da época, Diego Antônio Feijó, a renunciar ao cargo, o que aumentou a instabilidade política.
A Sabinada teve como causa principal a insatisfação de uma grande parcela da população com a centralização política do país, com as determinações do governo regencial na época e com os governantes designados pelo governo central para a administração da Bahia.
Além disso, os rumores de que o governo regencial recrutaria homens baianos para lutarem na Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul, aumentaram as tensões e insatisfações entre a população.
Sendo assim, essa revolta teve como principais objetivos a maior autonomia da província e o estabelecimento de uma estabilidade política e amparos econômicos e sociais na Bahia, tendo por isso, caráter separatista.
Os revoltosos posicionaram-se tanto contra os regentes do Brasil, quanto contra os governantes nomeados para administrar a Bahia. Isso porque a centralização do poder e as medidas adotadas por estes não pareciam adequadas para o desenvolvimento efetivo e desejado da província.
É importante lembrar que apesar do caráter separatista e da instauração de uma República por parte dos revoltosos, estes esperavam que os anos de autonomia durassem apenas até a maioridade de Dom Pedro II, quando a província se reincorporaria à monarquia.