Os ideais de unificação italiana vão começar a surgir por volta de 1830, entre a camada popular proletária da população e a burguesia, em resposta às condições ruins de repressão e de pobreza.
Por conta da forte repressão política estabelecida na Itália, esses assuntos eram discutidos em segredo. Assim, vão surgindo várias sociedades secretas, como é o caso da Carbonária, na qual se reuniam diversas figuras com diferentes ideais, mas com os mesmos objetivos de melhorar as condições socioeconômicas italianas e de constituir uma nação italiana.
Dentre esses grupos, se destacava o republicano-liberal, liderado por Giuseppe Mazzini; o republicano-revolucionário, liderado Giuseppe Garibaldi; e o monarquista, liderado por Camilo Benso, Conde de Cavour.
O Reino da Sardenha também dividia esses ideais, mas sob um viés expansionista de seu próprio Império - logo, mantendo a sua monarquia. Por volta da década de 1840, perdem força os ideais anti-monárquicos e republicanos, dando maior espaço para os monarquistas e liberais. Assim, em 1847, é feita uma aliança entre Sardanha e Piemonte, resultando em um Estado único: Sardanha-Piemonte.
Com a aliança feita, começa um avanço das forças italianas sobre as austríacas, que se transformou na primeira guerra da independência, ocorrida entre 1848 e 1849. A Áustria saí vitoriosa, conseguindo sufocar todas as rebeliões e exércitos revolucionários. O Rei sardo-piemontês abdica o seu trono, e seu herdeiro, Vitor Emanuel II, o ocupa.
Mesmo com a derrota, os movimentos de unificação não cessam, surgindo a Jovem Itália e o Risorgimento, mobilizando toda a itália em ideais de nacionalistas e de unificação.
Em 1850, Vitor Emanuel II já conseguia mobilizar a Itália em torno do ideal de unificação a partir de discursos nacionalistas. Benso se torna seu primeiro-ministro em 1852 e faz um acordo importante com Napoleão III, em 1858: o apoio militar francês em troca dos territórios de Nice e Savoia.
Em 1859, então, se inicia a segunda guerra da independência, na qual as forças de Sardanha-Piemonte e seus aliados conquistam as regiões norte e central da Itália (incluindo os estados pontifícios); e as forças de Garibaldi conquistam o sul.
Assim, a Áustria é derrotada no território italiano, tendo sua dinastia abdicada. O mesmo acontece com a dinastia espanhola de Bourbon. Por fim, em 1861, a Itália é unificada e Vitor Emanuel II é coroado seu Rei.
A partir disso, começam os esforços da elite cultural e da burguesia italiana de fundamentalizar uma identidade nacional, com o objetivo de consolidar uma nação própria, com influência nos ideais franceses: liberdade, igualdade e espírito-cívico.