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Guerras Púnicas

História Geral - Manual do Enem
Daniel Zem Bernardes Publicado por Daniel Zem Bernardes
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

As guerras púnicas foram confrontos entre Roma e Cartago que duraram mais de um século. Esses confrontos tinham como disputa as ilhas ao sul da península Itálica e o exercício do controle do Mar Mediterrâneo, o que gerou uma imensa rivalidade entre os dois povos.

A batalha de Zama. Pintado por Cornelis Cort, 1567

A rivalidade entre Roma e Cartago era tão grande que, ao final das guerras púnicas, os romanos destruíram por completo a cidade Cartago e toda sua civilização, promovendo o que muitos consideram como o primeiro genocídio da história.

Para entendermos melhor esse episódio da história antiga, precisamos entender o contexto da república romana e a origem do conflito.

A conquista da península itálica e a origem dos atritos com Cartago

Durante o período da república, houve uma grande expansão do domínio de Roma. Começando pela conquista de todo o território da península itálica, a partir de conflitos com os etruscos ao norte e com os gregos (vindos da 2ª diáspora grega) ao sul.

Houveram intensas batalhas contra esses dois povos, mas, no fim, os romanos prevaleceram, conquistando plenamente o território da península itálica. A partir disso, com o domínio dos portos do sul da península, Roma vê a Sicília como um território econômico e político estratégico e, assim, passa a disputar o seu domínio com a grande cidade-estado fenícia: Cartago.

Inicia-se, assim, uma rivalidade entre Roma e Cartago que vai durar mais de um século e, com ela, as chamadas guerras púnicas, que dividem-se em três guerras: a primeira de 264 a.C. a 241 a.C.; a segunda de 218 a.C. até 201 a.C.; e a terceira de 149 a.C. até 146 a.C.

As três guerras púnicas

Como dito acima, em meio ao século de guerra entre Roma e Cartago, houveram três guerras:

  • A primeira guerra púnica ocorreu entre 264 a.c até 241 a.c. Foi a disputa das ilhas italianas, destacando-se a disputa pela Sicília, que terminou na vitória romana, com a conquista de Sardenha, Córsega e Sicília. Tudo começa com a decisão da invasão de Roma a Mesina, província de Cartago. Roma vinha de uma grande vitória militar e com um exército em pleno desenvolvimento, contudo, o poder naval de Cartago era superior. Ainda assim, no final, Roma saiu vitoriosa.
  • A segunda  guerra púnica foi uma investida feita pelo filho do rei de Cartago, Aníbal, iniciada 218 a.C. e estendendo-se até 201 a.C. Os cartagineses conquistam a península ibérica e, de lá, começam seu avanço até a península itálica. Cartago, no início, segue vitoriosa. No entanto, Roma decide atacar a cidade de Cartago, que se encontrava vulnerável, e vence a segunda guerra púnica na batalha de Zama. Roma conquista a península ibérica com a vitória.
  • A terceira e última guerra púnica foi 149 a.C. a 146 a.C., período no qual houve a completa destruição de Cartago. Essa guerra foi liderada pelo general Cipião Emiliano. Os sobreviventes foram todos escravizados, Cartago foi incendiada e sua terra foi salgada, com objetivo de torná-la infértil. Acredita-se que este foi o primeiro genocídio datado na história.

As consequências da guerra

Com o final da guerra, Roma passou a exercer o seu domínio sobre o Mar Mediterrâneo, se referindo à área como “nosso mar”, Mare nostrum, em latim.

Houve, também, a escravização dos prisioneiros e sobreviventes de Cartago, que modificou a estrutura social romana. A principal mão de obra passou, então, a ser a escrava, e não plebeia, levando ao aprofundamento das desigualdades sociais na república de Roma.

Com uma plebe ociosa e vivendo em condições miseráveis, os governantes passaram a ser pressionados pelos plebeus, levando a crises internas dentro da república.

Isso se desenvolve, posteriormente, na decadência da república, abrindo portas para ascendência de líderes autocráticos, como Júlio César, e, depois, para a era imperial romana.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Mackenzie/2014

O Mar Mediterrâneo foi a maior de todas as vias de circulação romanas e dele resultou a formação do Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). A respeito dessa importante conquista para a civilização romana, assinale a alternativa correta.

A A eliminação da hegemonia cartaginesa sobre a região além de permitir que Roma passasse a dominar o comércio mediterrâneo, possibilitou aumentar o dinamismo próprio da estrutura escravista, que necessitava de mão de obra decorrentes das conquistas.
B Após a derrota romana nas Guerras Púnicas, quando fenícios e cartagineses ocuparam o estreito de Gibraltar, a única saída para dar continuidade ao processo de expansão foi a conquista do mar Mediterrâneo.
C A explosão demográfica e os conflitos internos com a plebe urbana exigiram medidas expansionistas por parte do governo, para que se estabelecessem colônias romanas fora da península itálica a fim de minimizar as tensões sociais.
D A necessidade de expansão do cristianismo, que a partir do século IV, tornou-se a religião oficial do império romano, implicou na divulgação dos princípios dessa nova doutrina para os povos bárbaros.
E A crescente produção de cereais, durante o império romano, especialmente, o trigo, levou à expansão de suas fronteiras, uma vez que era necessário ser escoado e vendido para as demais províncias romanas.
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