As guerras púnicas foram confrontos entre Roma e Cartago que duraram mais de um século. Esses confrontos tinham como disputa as ilhas ao sul da península Itálica e o exercício do controle do Mar Mediterrâneo, o que gerou uma imensa rivalidade entre os dois povos.
A rivalidade entre Roma e Cartago era tão grande que, ao final das guerras púnicas, os romanos destruíram por completo a cidade Cartago e toda sua civilização, promovendo o que muitos consideram como o primeiro genocídio da história.
Para entendermos melhor esse episódio da história antiga, precisamos entender o contexto da república romana e a origem do conflito.
Durante o período da república, houve uma grande expansão do domínio de Roma. Começando pela conquista de todo o território da península itálica, a partir de conflitos com os etruscos ao norte e com os gregos (vindos da 2ª diáspora grega) ao sul.
Houveram intensas batalhas contra esses dois povos, mas, no fim, os romanos prevaleceram, conquistando plenamente o território da península itálica. A partir disso, com o domínio dos portos do sul da península, Roma vê a Sicília como um território econômico e político estratégico e, assim, passa a disputar o seu domínio com a grande cidade-estado fenícia: Cartago.
Inicia-se, assim, uma rivalidade entre Roma e Cartago que vai durar mais de um século e, com ela, as chamadas guerras púnicas, que dividem-se em três guerras: a primeira de 264 a.C. a 241 a.C.; a segunda de 218 a.C. até 201 a.C.; e a terceira de 149 a.C. até 146 a.C.
Como dito acima, em meio ao século de guerra entre Roma e Cartago, houveram três guerras:
Com o final da guerra, Roma passou a exercer o seu domínio sobre o Mar Mediterrâneo, se referindo à área como “nosso mar”, Mare nostrum, em latim.
Houve, também, a escravização dos prisioneiros e sobreviventes de Cartago, que modificou a estrutura social romana. A principal mão de obra passou, então, a ser a escrava, e não plebeia, levando ao aprofundamento das desigualdades sociais na república de Roma.
Com uma plebe ociosa e vivendo em condições miseráveis, os governantes passaram a ser pressionados pelos plebeus, levando a crises internas dentro da república.
Isso se desenvolve, posteriormente, na decadência da república, abrindo portas para ascendência de líderes autocráticos, como Júlio César, e, depois, para a era imperial romana.
O Mar Mediterrâneo foi a maior de todas as vias de circulação romanas e dele resultou a formação do Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). A respeito dessa importante conquista para a civilização romana, assinale a alternativa correta.