Júlio César foi uma das figuras mais ilustres da Roma Antiga, sendo considerado por muitos como o primeiro imperador de Roma. Muitas coisas podem ser atribuídas ao seu nome, como:
Ele era descrito como virtuoso e um grande estrategista e foi responsável por quebrar o modelo de governo oligárquico da república romana e instaurar um modelo autocrático que se estenderia até o colapso da história romana. Contudo, Júlio César teve um trágico fim: foi assassinado por membros do senado.
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Vamos entender como foi sua trajetória.
Júlio César nasceu no período da República Romana (509 a.c - 27 a.c), estima-se que em 100 a.c. Ele vinha de uma família de Patrícios (nobres descendentes das primeiras famílias de Roma que geralmente ocupavam os maiores cargos públicos), dita descendente da deusa do Amor Vênus. Contudo, a sua família não era rica, influente ou reconhecida.
Nesta época, havia uma grande disputa entre os patrícios por cargos no poder público. A família de Júlio César não obteve muito sucesso no ramo, mas Júlio César decidiu entrar nesta carreira mesmo assim. Foi começando aos poucos, com poucas conquistas até o final dos seus 30 anos, foi eleito Cônsul (cargo mais alto da república romana) em 62 a.c., o que não agradou os que se encontravam no poder.
Após ser eleito como cônsul, Júlio César formou uma aliança política informal com Pompeu e Crasso, que também foram cônsules. Pompeu foi um grande general que obteve muitas conquistas e era respeitado pelo povo.
Com sua volta para Roma e com a dissolução de seu exército, Pompeu precisava de terras para os seus veteranos, que foram negadas pelo Senado, que não o respeitava por não ter uma descendência muito nobre. Já Crasso, era um político que possuía muita riquezas, contudo tinha inimizades com Pompeu.Coube, então, a Júlio César reconcilia-los.
Assim, se formou a aliança política entre Júlio César, Pompeu e Crasso, a qual foi chamada de primeiro Triunvirato. Com essa aliança, houveram trocas de favores políticos, como a distribuição de terras para os veteranos de Pompeu, o qual levou Júlio César ao controle da Gália em 58 a.c.
Assim, nos próximos 8 anos, César se dedicou à conquista do restante do território gaulês. Os gauleses tinham uma superioridade em poder militar, mas mesmo assim a vitória Romana foi avassaladora, por conta de suas estratégias.
A conquista de Gália foi um marco muito importante tanto na carreira de Júlio César, quanto para a história romana. Há relatos que dizem que a guerra deixou mais 1 milhão de gauleses mortos e 1 milhão de gauleses que se tornaram escravos, o que trouxe muitas riquezas para os romanos. Com isso, Júlio César estava adquirindo o poderio militar, as riquezas e o prestígio que precisava para se tornar o primeiro líder autocrático romano.
Por conta da sua dedicação na completa conquista do território gaulês, Júlio César se afastou da cena política romana por alguns anos. Enquanto isso, Pompeu se afastava de César e aos poucos se aproximava da nobreza e do senado. O que motivava o distanciamento de Pompeu de Júlio César era a inveja de suas conquistas, que lhe renderam poder e riquezas.
Assim, após uma trama política entre os nobres e Pompeu, o exército de Roma foi dado a Pompeu e Júlio César foi ordenado a abandonar o seu cargo e se não obedecesse, seria tratado como inimigo público. Júlio César recusou, e atravessou o Rio Rubicão com o seu exército, o que deu início à guerra civil.
Ao final, o exército de Júlio César derrotou o de Pompeu, que em última tentativa fugiu para o Egito e foi seguido por César. Pompeu foi morto por forças do rei Ptolomeu XIII.
Após a guerra civil, Júlio César retorna a Roma com o título de ditador em 47 a.c . Assim, passa a ser o líder autocrático de Roma, com poder absoluto, considerado por muitos historiadores como o primeiro imperador.
Após o seu retorno, o ditador parte para a conquista de territórios africanos em 48 a.c, só retornando em 45 a.c para Roma, no intuito fazer reformas políticas em Roma, o que não agradava o Senado.
Júlio César é assassinado brutalmente a facadas pelos senadores em 44 a.c. César era impiedoso com seus inimigos bárbaros mas nocivamente piedoso e clemente com seus inimigos romanos, o que levou a abertura para uma conspiração contra sua figura e, por fim, o seu assassinato.
Cesarismo/cesarista são termos utilizados para caracterizar governantes atuais que, à maneira de Júlio César (de onde o nome), na antiga Roma, exercem um poder