Os assírios ergueram um dos maiores impérios da Antiguidade Oriental. A Assíria dominou toda a Mesopotâmia e os territórios que hoje equivalem ao norte do Iraque e sudeste da Turquia.
Seu império era marcado pela incrível força militar e pela ferocidade de suas incursões, que causaram temor nos povos da Antiguidade Oriental.
A Assíria chegou ao seu auge nas mãos de Assurbanipal (690 a.C. - 627 a.C.), que foi responsável pela expansão máxima do império e pela conquista do Egito. Contudo, a Assíria nem sempre foi um império. Antes do status imperial, os assírios foram uma província do império da Babilônia e de outros impérios.
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Os assírios tinham como sua capital a cidade de Assur. O povo se estabeleceu na Alta Mesopotâmia, situada na região Norte (por volta de 2100 a.C.), que era uma região mais montanhosa e menos fértil se comparada com a com a região das planícies aluviais da Baixa Mesopotâmia.
Contudo, a região montanhosa detinha boas reservas de madeira e de minérios de ferro. Isso levou, de modo inicial, ao desenvolvimento da agricultura e da caça como suas atividades principais. Posteriormente, o comércio também se torna uma atividade importante para os assírios.
Durante o segundo milênio antes de Cristo (2000 a.C.), Assur era uma cidade-estado comandada por reis que, majoritariamente, eram da mesma dinastia.
Os assírios não eram independentes, tendo Assur sido uma província - primeiro do império da Babilônia e depois do império dos Mitani.
Durante o período em que os assírios estavam sob o controle dos Mitani (estima-se que foi por volta de 1400 a.C.), Assur mantinha certa autonomia. Por conta disso, mantinham conflitos internos constantemente.
Por estarem localizados próximo à fronteira com a Babilônia, os assírios sempre colocavam os impérios um contra o outro sempre que possível, em uma tentativa de enfraquecer o império Mitani.
Ashur-uballit (1354 a.C. - 1318 a.C.) se lançou contra o rei Tushratta de Mitani, por volta de 1340 a.C., o que levou a um conflito que terminou na perda do nordeste da Mesopotâmia para os Mitani. Agora, Ashur-uballit era conhecido como “o grande rei”, nomeando toda a região que pertencia a Asur de Assíria e conquistando a sua independência.
Por conta de sua região ser vulnerável a ataques e pela postura agressiva militar que precisou assumir para adquirir sua autonomia, os assírios prosseguem em estruturar um império militarista e expansionista por toda a Mesopotâmia, confiando em sua excelente estrutura militar para sua expansão.
A princípio, o Rei Ashur-uballit se aliou à Babilônia, mas logo entrou em conflito com a mesma por conta do assassinato de seu neto. Assim, seus sucessores continuaram com a conquista da Babilônia e do restante da Mesopotâmia.
Dos imperadores, destacam-se Senaqueribe e Assurbanipal. Senaqueribe (705 a.C. - 681 a.C.) foi o responsável por mudar a capital de Asur para Nínive, construindo um palácio na nova capital e reformando-a. Senaqueribe também construiu muralhas internas e externas à cidade.
Já Assurbanipal (668 a.C. - 627 a.C.) foi responsável pela grande expansão e pelo avanço militar no Egito, que resultou na conquista do território. Durante o reino de Assurbanipal, houve prosperidade e paz, já que ele conseguiu sufocar as revoltas que aconteceram durante o seu reinado. Por isso, foi em seu governo o auge do império Assírio.
Após a morte de Assurbanipal, o império entrou em colapso. Diversas regiões começaram a se rebelar, e seus sucessores não conseguiram contê-las.
Assim, em 612, o rei dos caldeus, Naboplasar, fez uma incursão em Nínive com a ajuda dos medos (que era um povo situado no Planalto Iraniano). Essa ação levou à destruição da capital assíria e, por consequência, simbolizou o fim do império Assírio.
Os Assírios tinham como suas atividades principais a atividade militar, comércio, agricultura e caça.
O primeiro exército organizado do mundo, com recrutamento obrigatório e que se tornou uma força permanente após o reinado de Teglafalasar III (745 – 728 a. C.), foi uma criação dos: