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Érico Veríssimo

Literatura - Manual do Enem
Bianca Ferraz Publicado por Bianca Ferraz
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

As décadas de 1930 e 1940 ficaram conhecidas como a “era do romance brasileiro”. Entre os autores que se destacaram na época, sobretudo na vertente do romance regionalista, junto com Graciliano Ramos e Jorge Amado, representantes do nordeste brasileiro, Érico Veríssimo, escritor que representou o estado do Rio Grande do Sul.

Érico Veríssimo (1905-1975) compartilha com Jorge Amado, seu contemporâneo, um dos maiores feitos para um escritor: a ampla aceitação popular.

Assim como o autor baiano, Veríssimo experimentou bons resultados com a venda de seus livros, conquistando o público leitor. Em contrapartida, sua obra foi vista com reservas pela crítica literária.

Embora tenha nascido em uma família tradicional e com poder aquisitivo, enfrentou de perto o problema da decadência – econômica, por exemplo – e, em sua juventude, exerceu diferentes atividades: ajudante de comércio, bancário, lojista de farmácia, entre outras. Essa decadência experimentada em sua vida foi, muitas vezes, tema de sua escrita.

Suas obras, em que a crítica reconheceu influências inglesa e norte-americana, como a de Aldous Huxley e de Katherine Mansfield, foram verdadeiros best-sellers e chegaram a ser traduzidas para diversas línguas.

Nos Estados Unidos, Érico Veríssimo lecionou Literatura Brasileira.

Dentre suas numerosas obras, destaca-se a trilogia da vida gaúcha intitulada “O Tempo e o Vento”. O autor abordou, também, questões e tensões políticas que se aproximam de nossos dias.

Modernismo

A obra de Érico Veríssimo é classificada pela crítica literária como pertencente ao Modernismo, mais especificamente à prosa da segunda geração, conhecida, sobretudo, pelos romances de caráter regionalista.

Suas obras se constroem a partir de um meio-termo entre a crônica de costumes, em que a análise da sociedade, sobretudo de Porto Alegre, é realizada de forma crítica, e a notação intimista, que dá ao autor um aspecto mais intimista.

Aproveitando-se de seu tempo histórico, que lhe interessava, e do recurso do fluxo de consciência das personagens, o autor utilizou uma linguagem que a muitos pareceu sinônimo de superficialidade: períodos breves, palavras comuns, lugares-comuns da psicologia do cotidiano.

Principais obras

A produção literária de Érico Veríssimo é bastante extensa. Dela fazem parte contos - no início de sua carreira, quando ainda estava se encaminhando para o jornalismo literário na cidade de Porto Alegre - e diversos romances - que perpassam a questão regionalista em voga no período, mas também as tensões políticas da sociedade.

Veja, a seguir, algumas de suas principais obras:

  • Fantoches (1932, reunião de contos)
  • Clarissa (1933)
  • Caminhos Cruzados (1935)
  • Olhai os Lírios do Campo (1938)
  • O Tempo e o Vento. I. O Continente (1949)
  • O Tempo e o Vento II. O Retrato (1951)
  • O Tempo e o Vento III. O Arquipélago (1961)
  • O Prisioneiro (1967)
  • Incidente em Antares (1971)

O Tempo e o Vento

A trilogia O Tempo e o Vento é, sem dúvidas, a mais ousada criação de Érico Veríssimo. Os componentes desse ciclo, intitulados “O Continente” (1949), “O Retrato” (1951), e “O Arquipélago” (1961), contam a história de duas famílias, os Terra Cambará e os Amaral, ao longo de dois séculos de história.

abordagem diacrônica, ou seja, que permite enxergar a evolução dos fatos ao longo do tempo, ajuda a construir um contraponto fundamental para a obra: permite enxergar as diferentes gerações que participam dos fatos narrados.

Passando por portugueses e castelhanos em tempos coloniais; abordando as lutas separatistas, em que se enfrentavam farrapos e imperiais e, ainda, maragatos e florianistas envolvidos na Revolta da Armada, já em 1893. São as duas famílias o fio que une os episódios do ciclo.

Na obra, amor, fidelidade, ódio e paixão são elementos que ultrapassam a história pessoal e acabam por se fundir no painel histórico de toda a comunidade.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UPF/2016

Em Um certo Capitão Rodrigo, de Érico Veríssimo, quando Rodrigo Cambará avista pela primeira vez Bibiana, ela se encontra no cemitério, junto a seus pais, visitando o túmulo da avó, Ana Terra. Ao final da narrativa, o leitor encontra Bibiana, outra vez, no cemitério, agora junto aos seus filhos pequenos, visitando o túmulo do Capitão Rodrigo. A circularidade dessas cenas no cemitério, dispostas no início e no final da história, reforçam, em relação à figura de Bibiana, os traços simbólicos do(a) _____________ e da _____________, que a crítica destaca nas grandes personagens femininas de O tempo e o Vento. É por meio desses traços que Bibiana, assim como sua avó, Ana Terra, se contrapõem a um mundo dominado pelos homens e que se encontra continuamente transfigurado pela violência. 

Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços no texto acima.

A permanência / memória.
B luto / mortificação.
C melancolia / desesperança.
D passagem / destruição.
E religiosidade / contrição.
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