As décadas de 1930 e 1940 ficaram conhecidas como a “era do romance brasileiro”. Entre os autores que se destacaram na época, sobretudo na vertente do romance regionalista, junto com Graciliano Ramos e Jorge Amado, representantes do nordeste brasileiro, Érico Veríssimo, escritor que representou o estado do Rio Grande do Sul.
Érico Veríssimo (1905-1975) compartilha com Jorge Amado, seu contemporâneo, um dos maiores feitos para um escritor: a ampla aceitação popular.
Assim como o autor baiano, Veríssimo experimentou bons resultados com a venda de seus livros, conquistando o público leitor. Em contrapartida, sua obra foi vista com reservas pela crítica literária.
Embora tenha nascido em uma família tradicional e com poder aquisitivo, enfrentou de perto o problema da decadência – econômica, por exemplo – e, em sua juventude, exerceu diferentes atividades: ajudante de comércio, bancário, lojista de farmácia, entre outras. Essa decadência experimentada em sua vida foi, muitas vezes, tema de sua escrita.
Suas obras, em que a crítica reconheceu influências inglesa e norte-americana, como a de Aldous Huxley e de Katherine Mansfield, foram verdadeiros best-sellers e chegaram a ser traduzidas para diversas línguas.
Nos Estados Unidos, Érico Veríssimo lecionou Literatura Brasileira.
Dentre suas numerosas obras, destaca-se a trilogia da vida gaúcha intitulada “O Tempo e o Vento”. O autor abordou, também, questões e tensões políticas que se aproximam de nossos dias.