Jorge Amado (1912-2001) é um escritor brasileiro pertencente à segunda geração modernista. É, sem dúvidas, o autor mais popular do Modernismo brasileiro.
Os números de sua obra impressionam: ele escreveu mais de 30 romances, que foram traduzidos para 48 idiomas e foram publicados em 60 países. Em números absolutos, o autor chegou a vender 20 milhões de exemplares, quantidade notável.
Sua vida profissional foi dedicada ao ofício de escritor, e exerceu outra função apenas quando foi eleito, pelo Partido Comunista, deputado. A carreira política, entretanto, durou pouco. Depois de dois anos de mandato, com o partido na ilegalidade, Jorge Amado sofreu perseguições políticas e se exilou na Argentina.
Nascido no estado da Bahia, que serve também de cenário para suas obras, o autor buscou mostrar, em seus romances, os problemas sociais que via na sociedade, o que o levava a analisar, sobretudo, as camadas sociais mais fragilizadas, marginalizadas.
Abordando desde o ciclo econômico do cacau na Bahia até questão dos menores abandonados e passando por temas como a seca, o cangaço e o fanatismo religioso, Jorge Amado consagrou-se como o autor nordestino que mais diversificou os assuntos tratados em suas obras.
A linguagem poética, mas próxima da coloquialidade do povo, ajudou o autor no objetivo de alcançar o maior público de leitores possível. Essa popularidade se refletiu nas inúmeras adaptações de suas obras, especialmente para a televisão. É o caso de “Tieta do agreste”, “Gabriela, cravo e canela” e “Capitães da areia”, romances que ganharam versões na dramaturgia, seja no cinema ou em forma de novelas.