José Lins do Rego (1901-1957) é um escritor brasileiro pertencente à segunda geração modernista. Grande parte de sua infância e de sua adolescência teve como cenário engenhos da Paraíba e de Pernambuco, por conta de seu avô – que era senhor de engenho – e esse elemento biográfico será amplamente retomado em suas obras literárias.
Sua formação acadêmica é em Direito e, ao longo de sua carreira, ele atuou como promotor público. Em 1957, poucos meses antes de falecer, José Lins do Rego tomou posse na Academia Brasileira de Letras.
Sua primeira obra publicada foi “A bagaceira”, publicada em 1928. Foi originada de um encontro promovido pelo escritor Gilberto Freyre, em Recife, com o intuito de discutir o problema da seca no Nordeste.
Mais tarde, em 1932, o romance “Menino de Engenho” dá início ao chamado Ciclo da cana-de-açúcar, em que o autor explora sua biografia para traçar um panorama da vida de um menino em um engenho de açúcar.
Nessa obra, há até mesmo um alter ego de José Lins do Rego, o menino e protagonista Carlos de Melo, tornando ainda mais forte os elementos de caráter autobiográfico que se apresentam nesse romance.
As obras do Ciclo da cana-de-açúcar são as mais célebres de sua autoria. Ao longo dos romances que o compõem, o autor mostra desde o auge atá o declínio dos engenhos de açúcar no Nordeste.