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José Lins do Rego

Literatura - Manual do Enem
Bianca Ferraz Publicado por Bianca Ferraz
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

José Lins do Rego (1901-1957) é um escritor brasileiro pertencente à segunda geração modernista. Grande parte de sua infância e de sua adolescência teve como cenário engenhos da Paraíba e de Pernambuco, por conta de seu avô – que era senhor de engenho – e esse elemento biográfico será amplamente retomado em suas obras literárias.

Sua formação acadêmica é em Direito e, ao longo de sua carreira, ele atuou como promotor público. Em 1957, poucos meses antes de falecer, José Lins do Rego tomou posse na Academia Brasileira de Letras.

Sua primeira obra publicada foi “A bagaceira”, publicada em 1928. Foi originada de um encontro promovido pelo escritor Gilberto Freyre, em Recife, com o intuito de discutir o problema da seca no Nordeste.

Mais tarde, em 1932, o romance “Menino de Engenho” dá início ao chamado Ciclo da cana-de-açúcar, em que o autor explora sua biografia para traçar um panorama da vida de um menino em um engenho de açúcar.

Nessa obra, há até mesmo um alter ego de José Lins do Rego, o menino e protagonista Carlos de Melo, tornando ainda mais forte os elementos de caráter autobiográfico que se apresentam nesse romance.

As obras do Ciclo da cana-de-açúcar são as mais célebres de sua autoria. Ao longo dos romances que o compõem, o autor mostra desde o auge atá o declínio dos engenhos de açúcar no Nordeste.

Modernismo

José Lins do Rego é classificado como um autor pertencente à segunda geração do Modernismo brasileiro. A prosa da década de 1930, período em que os autores da segunda geração se destacaram, tem como característica a preocupação com o cenário histórico, social e político daquele momento, que era bastante conturbado.

A questão da identidade do povo brasileiro também era discutida. Em 1926, o escritor Gilberto Freyre promoveu uma reunião, na cidade de Recife, com o objetivo de discutir, com outros intelectuais da época, o problema da seca que atingia o Nordeste. José Lins do Rego foi um dos participantes desse evento.

Em consonância a esses debates realizados na época, a segunda geração do Modernismo na prosa ficou conhecida, também, como Ciclo regionalista de 1930, e suas obras são denominadas, de maneira geral, como “romance de 30”.

Principais obras

José Lins do Rego se destacou por seus romances, muitas vezes de caráter autobiográficos e regionalistas. Abaixo, confira as principais obras de sua carreira na Literatura:

  • Ciclo da cana-de-açúcar
  • Menino de Engenho (1932)
  • Doidinho (1933)
  • Banguê (1934)
  • Usina (1936)
  • Fogo Morto (1943)
  • Ciclo do cangaço, misticismo e seca
  • Pedra bonita (1938)
  • Cangaceiros (1953)
  • Obras independentes
  • A bagaceira (1928)
  • Moleque Ricardo (1934)
  • Histórias da velha Totônia (1936, obra de literatura infantil)
  • Pureza (1937)
  • Água-mãe (1941)
  • Meus verdes anos (1956, obra de memórias)

Ciclo da cana-de-açúcar

As obras que compõem o Ciclo da cana-de-açúcar são os mais célebres de toda a produção de José Lins do Rego.

Além de “Menino de Engenho”, já citado anteriormente, em que o protagonista narra sua infância e adolescência no engenho de seu avô, tem-se, também, “Doidinho” e “Banguê”, em que Carlos Melo conta sobre sua vida no internato – uma realidade muito diversa daquela vivida nos engenhos – e em que, já formado em Direito, herda o engenho de seu avô, mas não consegue retomar seu período áureo, respectivamente. A obra “Usina”, que dá prosseguimento ao ciclo, conta o que aconteceu depois de o engenho ter sido vendido para a Usina São Félix.

Apesar de importância desses romances, é “Fogo Morto”, obra de 1943, que encerra esse ciclo, consagrando José Lins do Rego como escritor. Essa obra é considerada, pela crítica literária, uma síntese de todo o ciclo composto pelos demais romances, que, apesar de independentes, podem ser lidos como continuação uns dos outros.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
PUCCAMP

Sobre José Lins Rego, é correto afirmar que:

A se definiu, certa vez, como “apenas um baiano romântico e sensual”, assumindo-se como contador de histórias de pescadores e marinheiros de sua terra.
B retratou em sua obra a dura relação entre o homem e o meio, em especial a condição subumana do nordestino retirante.
C sempre se declarou escritor espontâneo e instintivo, consciente de que sua obra continha muito de sua experiência pessoal em regiões da Paraíba e de Pernambuco.
D escreve a saga da pequena burguesia depois de 1930, num tom leve e descontraído de crônica e costumes.
E é considerado mais por ter publicado a obra marco da literatura social nordestina, A Bagaceira, do que pelos méritos de grande escritor.
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