“Missa do Galo” é um conto, escrito por Machado de Assis e publicado no livro “Páginas Recolhidas” em 1899.
A narrativa se passa em apenas um espaço e com duas personagens relevantes, sendo que este conto é um dos mais famosos do autor, justamente por seu clima de tensão psicológica e sexual e por sua temática sobre relações conjugais.
O título foi escolhido porque o narrador e protagonista, Nogueira, decide ficar no Rio de Janeiro para ver a Missa do Galo, celebração católica que ocorre na véspera do Natal.
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"Missa do Galo" é uma conto curto escrito por Machado de Assis e publicado originalmente em 1872.
O enredo do conto gira em torno de um homem que vai à missa de Natal na igreja para ouvir a tradicional "Missa do Galo".
No entanto, ele não presta atenção à cerimônia e em vez disso, começa a pensar em sua vida e em suas preocupações.
O homem começa a imaginar a si mesmo como um galo que está sendo sacrificado e a igreja como um matadouro. Essa metáfora é usada para refletir sobre a ideia da morte e da vida eterna.
No final, o homem é trazido de volta à realidade da missa e, com um sentimento renovado de esperança, sai da igreja com a intenção de mudar sua vida.
Em geral, "Missa do Galo" é vista como uma reflexão sobre a vida, a morte e a espiritualidade, e é uma obra clássica da literatura brasileira.
"Missa do Galo" é um título que se refere à tradição da Missa de Natal que é celebrada à meia-noite na véspera do Natal.
O título "Missa do Galo" provavelmente se refere ao costume de cantar um "Canto do Galo" durante a cerimônia, que é uma canção que celebra a chegada do Natal.
O título também pode se referir ao fato de que o galo é um símbolo de acordar e de nova vida, o que é apropriado para a celebração do nascimento de Jesus.
No conto de Machado de Assis, a "Missa do Galo" é usada como um pano de fundo para explorar questões profundas sobre a vida e a morte, bem como a busca por significado e propósito.
A cerimônia da missa é vista como uma oportunidade para a reflexão e a mudança, e a metáfora do galo sendo sacrificado é usada para explorar a ideia da morte e da vida eterna.
Em resumo, o título "Missa do Galo" é apropriado para o conto de Machado de Assis, pois a celebração da Missa de Natal é um momento de reflexão e celebração da vida, e o galo é um símbolo apropriado para explorar questões sobre a morte e a vida eterna.
Refexão sobre a vida e a morte: A metáfora do galo sendo sacrificado é usada para explorar as questões da morte e da vida eterna.
Distração e introspecção: O personagem principal não presta atenção à cerimônia da missa e começa a se concentrar em suas preocupações pessoais, o que o leva a uma profunda reflexão sobre sua vida.
Mudança de perspectiva: Ao final do conto, o personagem tem uma mudança de perspectiva e sai da igreja com a intenção de mudar sua vida.
Espiritualidade: A igreja e a cerimônia da missa são usadas como símbolos da espiritualidade e da busca por significado e propósito na vida.
Saturação e desconexão: O personagem se sente saturado e desconexo da vida e da sociedade, e a cerimônia da missa é vista como uma oportunidade para recuperar a conexão e encontrar um novo sentido na vida.
Esses pontos principais refletem a habilidade de Machado de Assis de explorar temas profundos e universais em sua escrita, e fazem da "Missa do Galo" uma obra significativa e duradoura da literatura brasileira.
Narrador e protagonista de “Missa do Galo”. Era um jovem estudante tímido, que possui um claro desejo por Conceição. Na noite da missa, não sabe como agir em relação à mulher, pois é muito inexperiente, e acaba não entendendo muito bem o que aconteceu naquela noite, e se houve ou não algum tipo de desejo ou envolvimento emocional.
Viúvo da prima de Nogueira, casa-se pela segunda vez com Conceição. Trai sua esposa toda semana, usando como desculpa a sua ida para os teatros do Rio. Acaba por morrer de apoplexia.
Esposa de Meneses, é uma mulher moderada, considerada uma santa. Na noite que passa com Nogueira, acaba se revelando uma mulher que deseja outro homem e que não está satisfeita em seu casamento. Isso se comprova mais tarde, quando se casa com seu escrevente após a morte de Meneses.
“Missa do Galo” é narrado em primeira pessoa, por Nogueira, que relembra quando era um jovem de 17 anos que tinha ido ao Rio de Janeiro para estudar e que foi hospedado na casa do escrivão Meneses (viúvo de sua prima). Meneses casou-se pela segunda vez com com Conceição, mulher de temperamento moderado e tranquilo.
Nogueira conta que Meneses traía sua esposa, e que toda semana, quando falava que ia ao teatro, se encontrava com a sua amante. Na casa, todos sabiam do adultério, as escravas, Nogueira e até mesmo Conceição.
Depois que havia entrado de férias, o narrador decide ficar um pouco mais no Rio, porque era quase Natal e ele queria assistir à Missa do Galo na Corte. No dia da missa, Nogueira combina com seu vizinho de ir acordá-lo para que fossem juntos, e durante o tempo de espera, senta na sala e se põe a ler “Dom Quixote”.
Nesta noite, Meneses havia saído para se encontrar com sua amante, deixando Conceição sozinha com Nogueira. A mulher, que havia resolvido ficar acordada, resolve conversar com o rapaz, e logo eles começam a se aproximar, havendo nessas cenas uma grande tensão sexual entre os dois.
Em meio a isso, Nogueira esquece completamente a Missa do Galo, e fica conversando com Conceição e a observando. A conversa só termina quando o vizinho bate no vidro da janela, chamando o narrador para ir ao compromisso marcado. Assim acaba o conto “Missa do Galo”.
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Leia o fragmento do conto Missa do galo, de Machado de Assis, que segue.
“Então saía daquela posição, que me enchia de gosto, tão perto ficavam as nossas caras. Realmente, não era preciso falar alto para ser ouvido; cochichávamos os dois, eu mais que ela, porque falava mais; ela, às vezes, ficava séria, muito séria, com a testa um pouco franzida. Afinal cansou; trocou de atitude e de lugar. Deu volta à mesa e veio sentar-se do meu lado, no canapé. Voltei-me, e pude ver, a furto, o bico das chinelas; mas foi só o tempo que ela gastou em sentar-se, o roupão era comprido e cobriu-as logo. Recordo-me que eram pretas.”
Todas as afirmativas que seguem estão corretas em relação à personagem da passagem acima, EXCETO: