Senhora é um romance escrito por José de Alencar, publicado em 1874 na forma de folhetim. É um dos últimos romances do autor, que irá morrer três anos depois, e juntamente com “Iracema” e “Lucíola”, é um dos melhores livros escritos por ele.
A obra pertence ao Romantismo, por sua temática, seu modo de escrita e seu final feliz. É conhecido por ser um romance urbano, que difere de outros romances campestres e indigenistas do autor.
O romance é dividido em quatro partes que definem uma troca comercial (o preço, quitação, posse e resgate), simbolizando a temática principal da obra: o casamento por interesse, bastante comum durante o século XIX.
Apesar da obra ainda ficar presa ao ideal romântico de que o amor pode redimir tudo, ela inova ao trazer alguns elementos que prenunciam o Realismo, como um maior nível de densidade psicológica e a crítica à futilidade e à fragilidade dos valores burgueses.
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Senhora é narrado em terceira pessoa, por um narrador onisciente e onipresente. Na obra, podemos acompanhar a história de Aurélia Camargo (a protagonista do romance), filha de uma costureira pobre e órfã de pai.
Depois de perder seu irmão, Aurélia acaba se apaixonando por Fernando Seixas, um homem muito ambicioso, e namora-o durante um tempo, desejando casar-se com ele um dia. Porém, o rapaz desfaz a relação ao decidir se casar com Adelaide Amaral, mulher rica que lhe renderia um bom dote e uma vida cheia de confortos.
Depois do tempo passar, Aurélia acaba perdendo sua mãe também, mas recebe uma grande herança de seu avô, podendo ascender socialmente. Quando consegue esse feito, diversas pessoas começam a olhá-la com outros olhos, passando a cobiçá-la. Logo, Aurélia estava cheia de pretendentes interesseiros, que queriam viver confortavelmente com a sua fortuna.
Sabendo que seu antigo namorado, Fernando, estava sem dinheiro, Aurélia decide conversar com seu tutor e tio, Lemos, para negociar seu casamento com o homem em troca de um dote de cem contos de réis. A única condição para a negociação era que o noivo não poderia conhecer a identidade da noiva até as vésperas do casamento.
Quando chega o casamento, Fernando descobre que Aurélia é a noiva, e que a moça estava se vingando dele por ter sido trocada quando era mais nova. Os dois se casam, mas vivem um casamento de aparências, pois Aurélia humilha constantemente o homem ao falar que “comprou-o”. Assim, eles se passam por um casal perfeito, mas quando estão na intimidade de seu lar, só brigam.
Porém, depois de um tempo, Aurélia começa a perceber que seu amor por Fernando é maior que a sua vingança, e ele também percebe que nunca deixou de amá-la. Em meio a isso, Fernando resolve devolver o dinheiro para a senhora, querendo se ver livre de sua obrigação.
Com isso, temos o final de “Senhora”: quando Fernando devolve o dinheiro e está prestes a ir embora, Aurélia declara seu amor por ele. Assim, os dois decidem ficar juntos e, estando apaixonados, acabam vivendo felizes.
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O romance Senhora (1875) é uma das obras mais representativas da ficção de José de Alencar. Nesse livro, encontramos a formulação do ideal do amor romântico: o amor verdadeiro e absoluto, quando pode se realizar, leva ao casamento feliz e indissolúvel. Isso se confirma, nessa obra, pelo fato de: