Uma aplicação \(f\) será uma função injetora (ou função injetiva) se elementos diferentes do seu domínio tiverem imagens diferentes.
Por exemplo, tomemos a função \(f\colon A\to B\) ilustrada pelo diagrama abaixo:
Observe que cada ponto de \(A\) chega a um ponto diferente em \(B\). Então, \(f\) é injetora.
Agora, se tomarmos a função \(g\colon A\to B\) a seguir:
Observamos que dois pontos diferentes (o 1 e o 3), chegam na mesma imagem (4). Ou seja, \(g\) não é uma função injetora.
Formalmente, temos que uma função \(f\colon A\to B\) será injetora caso, tomando dois pontos \(x_{1}\) e \(x_{2}\) do seu domínio de modo que se:
$$x_{1}\neq x_{2}$$
Então:
$$f(x_{1})\neq f(x_{2}\)$$
Ou de maneira análoga:
$$f(x_{1})=f(x_{2})\Rightarrow x_{1}=x_{2}$$
A expressão acima talvez torne a definição de função injetora mais fácil: ela diz que, se dois pontos tiverem a mesma imagem (\(f(x_{1})=f(x_{2})\)), então eles necessariamente são iguais \(x_{1}=x_{2}\).
Para verificar como isso se aplica, tomemos a função \(g\) exemplificada anteriormente:
Note que \(f(1)=4\) e \(f(3)=4\). Ou seja:
$$f(1)=f(3)$$
Porém:
$$1\neq3$$
Ou seja: de fato, \(g\) não é injetora pois temos dois pontos diferentes gerando imagens iguais.
Um outro exemplo de função não injetora é:
$$f(x)=x^{2}$$
Ao tomarmos os pontos \(2\) e \(-2\), que evidentemente são diferentes entre si, obtemos a mesma imagem através de \(f\):
Graficamente, a função injetora é estritamente crescente (só cresce):
Ou estritamente decrescente (só decresce):
Considere os conjuntos \(A=\{(1,2),(1,3),(2,3)\}\) e \(B=\{1,2,3,4,5\}\), e seja a função \(f\colon A\to B\) tal que \(f(x,y)=x+y\). É possível afirmar que \(f\) é uma função: