A probabilidade condicional, como o próprio nome diz, é uma maneira de se calcular a probabilidade de um evento, dado que outro já aconteceu.
Um exemplo seria: qual a probabilidade de, no lançamento de um dado, sair o número 6, sabendo que o número obtido é par?
Ou ainda: qual a probabilidade de um bebê ser do sexo masculino, sabendo que a probabilidade de os pais terem um do sexo feminino é o dobro?
Assim, se tomarmos dois eventos A e B, a probabilidade de ocorrer A dado que ocorreu B é:
P(A∣B)=P(A∩B)P(B)
E, de tal expressão, obtemos outra que se utiliza bastante:
P(A∩B)=P(A∣B)⋅P(B)
Vamos exemplificar com a seguinte situação: considere que, no lançamento de dois dados, soma-se os números obtidos nas faces superiores de cada um. Pergunta-se: qual a probabilidade de se obter a soma igual a 6, sabendo que os números são ímpares?
Temos então, dois eventos:
- evento A: a soma ser igual a 6;
- evento B: os dois números serem ímpares.
Queremos, contudo, calcular:
P(A∣B\)
Isto é, a probabilidade de a soma dos números das faces ser igual a 6, dado que os números são ímpares.
Pela fórmula, devemos calcular P(A∩B), que é a probabilidade de a soma ser igual a 6 e os números serem ímpares; e também precisamos saber o valor de :
P(B)
Esta é a probabilidade de os dois números das faces serem ímpares. A tabela a seguir nos dá os possíveis resultados das somas no lançamento de dois dados:
Note que:
- P(A∩B)=336=112
- P(B)=936=14
Logo:
P(A∩B)=11214=112⋅41⇒P(A∩B)=13