Conjunções conclusivas: o que são, exemplos e como usá-las

Em qualquer tipo de produção textual argumentativa, especialmente na redação dissertativa, o domínio de ferramentas linguísticas que favorecem a coesão textual é fundamental. 

Entre esses recursos, as conjunções conclusivas ocupam um papel de destaque. Elas são responsáveis por indicar a finalização de ideias, concluir argumentos e articular as partes do texto com sequência lógica, o que melhora a clareza e a fluidez da escrita.

Em provas como o Enem, onde a construção de um texto coeso e coerente é um dos critérios avaliados na redação, saber quando e como usar conjunções conclusivas pode fazer toda a diferença. 

Além disso, essas conjunções também são fundamentais para a comunicação eficiente em diversas situações acadêmicas e cotidianas.

As conjunções conclusivas são um tipo específico de conectivos lógicos utilizados para introduzir conclusões decorrentes de argumentos ou ideias previamente apresentados. Elas são essenciais para sinalizar ao leitor que determinada informação é o desfecho lógico do que foi discutido anteriormente.

Alguns exemplos comuns incluem: portanto, logo, por isso, assim, entre outros. Essas palavras de conclusão funcionam como pontes entre as partes do texto, reforçando a coesão textual e dando mais clareza à construção de argumentos.

É importante não confundir conjunções conclusivas com as conjunções explicativas, que introduzem justificativas ou explicações. Enquanto as explicativas respondem ao “por que”, as conclusivas indicam resultados ou consequências de ideias já desenvolvidas.

A seguir, você verá uma lista com as principais conjunções conclusivas e o significado que cada uma expressa. Essas expressões são ideais para o encerramento de ideias em redações e textos argumentativos:

• Portanto: indica uma consequência direta; usada para concluir com firmeza.
  Exemplo: Os preços subiram. Portanto, o consumo caiu.

• Logo: sinaliza conclusão com base em raciocínio lógico.
  Exemplo: Ela não compareceu. Logo, foi desclassificada.

• Por isso: enfatiza o resultado de uma ação ou situação anterior.
  Exemplo: Ele estudou com dedicação. Por isso, foi aprovado.

• Assim: apresenta conclusão de maneira leve, muitas vezes conectando partes mais amplas do texto.
  Exemplo: O projeto fracassou. Assim, foi encerrado.

• Dessa forma / Desse modo: têm caráter formal e indicam sequência com resultado lógico.
  Exemplo: O grupo não seguiu as orientações. Dessa forma, foi penalizado.

• Em vista disso: reforça a relação de causa e efeito.
  Exemplo: A equipe não entregou no prazo. Em vista disso, perdeu a bonificação.

Essas conjunções devem ser utilizadas conforme o tom e o contexto do texto. Em produções acadêmicas, recomenda-se priorizar formas mais formais, como “portanto” e “dessa forma”.

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Saber o que são conjunções conclusivas não basta. É fundamental saber como aplicá-las corretamente em diferentes contextos. A seguir, veja como esses conectivos funcionam na prática, tanto em frases simples quanto em textos mais elaborados.

Conjunções conclusivas em frases simples

Para fixar o aprendizado, veja 10 frases com conjunções conclusivas utilizadas corretamente:

1. Ele não respeitou as regras, portanto, foi advertido.
   
   

2. Estudamos o conteúdo inteiro, logo, nos saímos bem na prova.
   
   

3. O desempenho caiu drasticamente, por isso, será necessário reavaliar a estratégia.
   
   

4. A cidade não investiu em transporte público, assim, o trânsito piorou.
   
   

5. A escola ampliou as aulas de reforço, dessa forma, os índices melhoraram.
   
   

6. O projeto foi bem estruturado, por isso, conquistou apoio.
   
   

7. Ele apresentou todos os documentos, logo, foi contratado.
   
   

8. A equipe seguiu as orientações, assim, o trabalho fluiu com facilidade.
   
   

9. O estudante praticou redações semanalmente, portanto, obteve nota alta.
   
   

10. A proposta foi aceita, em vista disso, iniciamos a implementação.
    
    

Conjunções conclusivas na redação do Enem

Na redação do Enem, essas conjunções são úteis em duas partes principais: no desenvolvimento e na conclusão. Veja como utilizá-las estrategicamente:

• No desenvolvimento: servem para fechar cada parágrafo com uma conclusão parcial.
  Exemplo: "Essa negligência com a educação, portanto, reflete diretamente nos índices de analfabetismo funcional."

• Na conclusão: ajudam a retomar os argumentos e sugerir propostas.
  Exemplo: "Diante disso, é necessário que o governo implemente ações educativas nos meios de comunicação."

Lembre-se: a repetição de uma mesma conjunção pode empobrecer o texto. Varie os termos para manter a fluidez.

Apesar de parecidas, conjunções conclusivas e conjunções explicativas têm funções distintas.

• Conjunções conclusivas: indicam resultado lógico ou consequência.
  Exemplo: "Ele se dedicou bastante, portanto, passou na prova."

• Conjunções explicativas: justificam ou explicam algo.
  Exemplo: "Porque ele se dedicou bastante, passou na prova."

Note que a ordem da frase também muda. Nas conclusivas, há geralmente uma vírgula antes da conjunção, já que ela liga duas orações independentes. Nas explicativas, a conjunção costuma vir no início da oração subordinada.

O uso de conjunções conclusivas exige atenção. Veja os principais erros cometidos por estudantes:

• Repetição excessiva de uma mesma conjunção: usar “portanto” em todos os parágrafos, por exemplo, prejudica a fluidez.

• Emprego fora de contexto: inserir uma conjunção conclusiva onde não há argumento a ser encerrado pode causar confusão.

• Construções mecânicas: aplicar o conectivo sem naturalidade, apenas “para cumprir a regra”.

Como evitar esses erros?

• Diversifique os conectivos.

• Certifique-se de que há um raciocínio anterior que justifique a conclusão.

• Leia em voz alta para verificar se a fluidez foi mantida.

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