As línguas humanas são constituídas de uma multiplicidade de formas de falar, e a essas diferenças damos o nome de variedade ou variação linguística. Dessa maneira, a língua é considerada como um conjunto de variedades, sendo ela heterogênea em sua composição.
Ao considerarmos a língua portuguesa, por exemplo, podemos observar suas variações desde uma perspectiva mais ampla, comparando com o português falado em outros países; até uma mais estrita, se analisarmos o tipo de fala de cada região do Brasil, ou até mesmo a individualidade de cada falante.
Desde a Antiguidade, a variação linguística já era um objeto de estudo, porém, nesse momento, ela era vista como algo negativo, pois interferia no intento dos gramáticos de homogeneizar a língua, a fim de um maior controle sócio-territorial. Atualmente, a variação linguística é vista e estudada de outra perspectiva, considerando sua lógica gramatical e todos os fatores que contribuem para a sua manifestação.