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Verbos auxiliares

Português - Manual do Enem
Bianca Ferraz Publicado por Bianca Ferraz
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

A classe dos verbos é uma das dez classes de palavras que compõem a língua portuguesa. Essa classe corresponde a palavras que indicam acontecimentos – ações que acontecem em determinado tempo, por exemplo –, um estado, um processo etc.

Os verbos são extremamente importantes, pois é a partir deles que se organizam as orações e os períodos, por exemplo.

Dentro da classe dos verbos, há divisões que os separam em diferentes tipos, de acordo com suas funções. Há alguns verbos, entretanto, que contrariam a função geral de indicar acontecimentos, servindo como acompanhantes de verbos que designam ações, por exemplo. São os chamados verbos auxiliares.

Os verbos auxiliares acompanham outro verbo, que é chamado, por sua vez, de verbo principal, já que é nele que reside a ação ou o estado designado. Assim, o verbo auxiliar serve para modular o verbo principal, que aparece em uma das formas nominais do verbo, isto é, no infinitivo, no gerúndio ou, ainda, no particípio. A junção entre verbo auxiliar e verbo principal forma a chamada locução verbal.

Veja um exemplo de frase em que ocorre uma locução verbal:

Nós já estamos chegando ao aeroporto de Brasília.

Na frase acima, há a ocorrência da locução verbal “estamos chegando”, formada pelo verbo auxiliar “estar” conjugado no tempo presente do modo indicativo e pelo verbo principal “chegar”, que aparece no gerúndio.

Os verbos auxiliares, por suas características já citadas anteriormente, aparecem nos tempos verbais compostos. A seguir, veremos com mais detalhes como se dá a composição desses tempos verbais, que se utilizam de verbos auxiliares e principais.

Formação dos tempos verbais compostos

As locuções verbais, que são formadas por um verbo auxiliar e por um verbo principal, aparecem como elemento constituinte dos tempos verbais compostos.

Para estruturar uma locução verbal, a regra é simples: o verbo auxiliar deve aparecer conjugado de acordo com o tempo e o modo verbais convenientes, já o verbo principal deve aparecer em uma das três formas nominais do verbo: infinitivo, gerúndio ou particípio. Vamos relembrar cada uma delas?

Infinitivo

O infinitivo é a ação designada pelo verbo, sem que esteja situada no tempo. Pode desempenhar função semelhante a de um substantivo. Uma de suas principais características é a terminação em -r. Não apresenta flexão de gênero, mas pode apresentar flexão de pessoa.

Exemplo: Você pode comer camarão, se quiser. A forma verbal “comer” está no infinitivo.

Gerúndio

Sua terminação, uma de suas principais características, é -ndo. Essa forma nominal indica, de modo geral, uma ação em andamento, que ainda não foi finalizada ou que, sendo passada, sofreu uma interrupção.

Exemplo: Estava tomando banho quando o telefone tocou. “Tomando” é o gerúndio do verbo “tomar”.

Particípio

O particípio é a forma verbal que designa ações já concluídas. Para isso, sua terminação regular é -ado-ido.

Exemplo: Marcelo não percebeu que Joana havia saído no meio do filme.

Lista de verbos auxiliares

A seguir, veja a lista com os verbos auxiliares que mais são utilizados. Vale lembrar que a lista a seguir não é exaustiva, ou seja, existem outros verbos que podem ser usados como auxiliar para além daqueles que aparecem aqui listados.

  • Verbo ser;
  • Verbo ter;
  • Verbo haver;
  • Verbo ir;
  • Verbo vir;
  • Verbo ficar.

Outros verbos que, a depender de seu uso, podem ser auxiliares são:

  • Verbo precisar;
  • Verbo poder;
  • Verbo querer.

Alguns exemplos de uso de verbos auxiliares

Antes de reclamar, você precisa entender qual é o verdadeiro problema.

No exemplo acima, temos:

  • Verbo auxiliar: precisa.
  • Verbo principal: entender (infinitivo).

A empresa ainda não está vendendo seu novo produto.

Na frase acima, podemos identificar:

  • Verbo auxiliar: está.
  • Verbo principal: vendendo (gerúndio).

Nada foi falado sobre a fusão das empresas.

No exemplo, temos:

  • Verbo auxiliar: foi.
  • Verbo principal: falado (particípio).

Referências

BECHARA, Evanildo. Gramática Fácil da Língua Portuguesa – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

TERRA, Ernani. Minigramática.São Paulo: Scipione, 2007.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
FCC/2003

Ganhamos a guerra, não a paz

Os físicos se encontram numa posição não muito diferente da de Alfred Nobel. Ele inventou o mais poderoso explosivo jamais conhecido até sua época, um meio de destruição por excelência. Para reparar isso, para aplacar sua consciência humana, instituiu seus prêmios à promoção da paz e às realizações pacíficas. Hoje(*), os físicos que participaram da fabricação da mais aterradora e perigosa arma de todos os tempos sentem-se atormentados por igual sentimento de responsabilidade, para não dizer culpa. E não podemos desistir de advertir e de voltar a advertir, não podemos e não devemos relaxar em nossos esforços para despertar nas nações do mundo, e especialmente nos seus governos, a consciência do inominável desastre que eles certamente irão provocar, a menos que mudem sua atitude em relação uns aos outros e em relação à tarefa de moldar o futuro.

Ajudamos a criar essa nova arma, no intuito de impedir que os inimigos da humanidade a obtivessem antes de nós, o que, dada a mentalidade dos nazistas, teria significado uma inconcebível destruição e escravização do resto do mundo. Entregamos essa arma nas mãos dos povos norte-americano e britânico, vendo neles fiéis depositários de toda a humanidade, que lutavam pela paz e pela liberdade. Até agora, porém, não conseguimos ver nenhuma garantia das liberdades que foram prometidas às nações no Pacto do Atlântico. Ganhamos a guerra, não a paz. As grandes potências, unidas na luta, estão agora divididas quanto aos acordos de paz. Prometeu-se ao mundo que ele ficaria livre do medo, mas, na verdade, o medo aumentou enormemente desde o fim da guerra. Prometeu-se ao mundo que ele ficaria livre da penúria, mas grandes partes dele se defrontam com a fome, enquanto outras vivem na

abundância. (...)

Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles

de cujas decisões dependem nossos destinos. Do contrário, a civilização humana estará condenada.

(Albert Einstein, Escritos da maturidade. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994) (*) Este texto foi escrito em 1945, logo depois do fim da

II Guerra Mundial.

Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos. Observa-se que na construção do período acima, se empregou o verbo:

A poder como auxiliar do verbo criar.
B criar como auxiliar do verbo prevalecer.
C motivar como auxiliar de prevalecer.
D criar como auxiliar do verbo poder.
E poder como auxiliar do verbo prevalecer.
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