A isomeria espacial, também chamada de estereoisomeria, só é percebida quando analisamos a fórmula estrutural espacial da cadeia carbônica.
Existem dois tipos de isomeria espacial: a geométrica (cis-trans ou Z-E) e a óptica.
Isomeria Geométrica
Os isômeros geométricos, cis-trans ou ainda Z-E, são moléculas que possuem mesma fórmula molecular, mesma fórmula estrutural plana, porém estruturas espaciais diferentes.
No isômero cis ou Z, os ligantes de maior massa molecular se encontram do mesmo lado do plano da dupla ligação ou do ciclo. Exemplo:
Já no isômero trans ou E, os ligantes de maior massa molecular se encontram em lados opostos do plano da dupla ligação ou do ciclo. Exemplo:
Devido às diferentes posições espaciais desses átomos, as propriedades físicas dos dois compostos são diferentes. Por exemplo, devido às diferenças de polaridade, as moléculas irão apresentar pontos de ebulição diferentes.
Existem duas condições necessárias para que ocorra isomeria geométrica: a primeira é a presença da dupla ligação entre dois átomos de carbono. A segunda é a necessidade de haver ligantes diferentes entre si em cada um dos dois átomos de carbono que apresentam a dupla ligação, ou seja, no exemplo acima, não poderiam haver dois átomos de cloro ligados no mesmo carbono, ou dois átomos de hidrogênio ligados no mesmo carbono.
Isomeria Óptica
A isomeria óptica está relacionada com o comportamento dos compostos submetidos a um feixe de luz polarizada. Algumas substâncias, denominadas opticamente ativas, são capazes de desviar o plano de vibração da luz polarizada, o que caracteriza compostos que possuem geometria óptica.
O plano de vibração pode ser desviado em dois sentidos:
- Para a direita = isômero dextrógiro (d)
- Para a esquerda = isômero levógiro (l)
Para que uma substância apresente isomeria óptica, é necessário que ela apresente assimetria, ou seja, todos os grupos ligados ao carbono devem ser diferentes entre si. Esse carbono é denominado carbono quiral, e é indicado por meio de um asterisco: