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Atualidades: como o tema eleições pode cair no Enem

Se você está estudando para o Enem e em busca de dicas de atualidades, dê só uma olhada em como o tema eleições pode cair na prova.

Se você está se preparando para o Enem, deve estar de olho nos assuntos de atualidades sobre as eleições que podem cair na prova.

Para saber mais como isso pode ser cobrado no exame, a Revista Quero procurou o professor Mauro Nápoles, do Anglo Vestibulares.

Quais assuntos podem ser exigidos envolvendo eleições

Se o exame optar por abordar a temática das eleições, as possibilidades mais plausíveis seriam:

  • os critérios de exclusão do direito ao voto no Império e princípio da República;
  • o voto feminino a partir do Código Eleitoral de 1932;
  • o direito de voto dos analfabetos;
  • eleições indiretas durante o Regime Militar;
  • eleição indireta de Tancredo Neves;
  • eleição presidencial de 1989;

    Talvez, alguma questão sobre processos de rupturas ou descontinuidades históricas como a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder e o Impeachment de Fernando Collor de Melo, também pode ser explorada no exame.

    Tendo por base a estrutura de provas do Enem, seria provável uma questão com dois fragmentos de textos situando um ou mais contextos históricos. Dificilmente seria uma questão estritamente factual. Os textos balizariam uma leitura contextual, que levaria à alternativa certa.

    O que é importante ter em mente sobre a forma de abordagem do Enem


    O que mais diferencia o Enem das demais provas é a sua matriz de habilidades e competências. O fato ou o contexto histórico são um pano de fundo para a avaliação das habilidades e competências que se espera que os candidatos tenham desenvolvido ao longo do Ensino Médio.

Mais importante que o conhecimento acumulado, valoriza-se o candidato que analisa, compara, identifica e até infira. Ou seja, mais importante que saber quanto conhecimento o aluno acumulou, o Enem valoriza o candidato que sabe o que fazer com as informações e conceitos adquiridos durante o Ensino Médio.

Fontes que podem ajudar a estudar atualidades e o tema eleições


Existem livros didáticos ótimos e acessíveis que trabalham o tema. Na internet, é sempre recomendável que se escolha com cuidado as fontes de estudo. Há uma enorme quantidade de sites, videoaulas e afins que trazem o conteúdo resumidamente, mas com grande imprecisão conceitual. Portanto, trata-se de um recurso válido, desde que se averigue quem são os profissionais envolvidos e qual é a instituição utilizada como plataforma para o projeto.

Nos sites da grande imprensa, são comuns os especiais sobre o tema. Eles são ricos em vídeos, reportagens e documentos, que podem ser uma alternativa produtiva e prazerosa.

Como os temas eleições e voto já foram abordados em algumas questões do Enem

Na Redação

Em 2002, o tema de Redação do Enem foi:

“O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?”

Nas questões da prova

Enem 2009 – Prova Azul
Questão 60

A definição de eleitor foi tema de artigos nas Constituições brasileiras de 1891 e de 1934. Diz a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891:
Art. 70. São eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei.

A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1934, por sua vez, estabelece que:
Art. 180. São eleitores os brasileiros de um e de outro sexo, maiores de 18 anos, que se alistarem na forma da lei.

Ao se comparar os dois artigos, no que diz respeito ao gênero dos eleitores, depreende-se que
A) a Constituição de 1934 avançou ao reduzir a idade mínima para votar.
B) a Constituição de 1891, ao se referir a cidadãos, referia-se também às mulheres.
C) os textos de ambas as Cartas permitiam que qualquer cidadão fosse eleitor.
D) o texto da carta de 1891 já permitia o voto feminino.
E) a Constituição de 1891 considerava eleitores apenas indivíduos do sexo masculino.

Enem 2013 – Prova Azul
Questão 13


PEDERNEIRAS, R. Revista da Semana, ano 35, n. 40, 15 set. 1934. In: LEMOS, R. (Org.).
Uma história do Brasil através das caricaturas (1840-2001). 
Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras e Expressões, 2001.

Na imagem, da década de 1930, há uma crítica à conquista de um direito pelas mulheres, relacionado com a
A) redivisão do trabalho doméstico.
B) liberdade de orientação sexual.
C) garantia da equiparação salarial.
D) aprovação do direito ao divórcio.
E) obtenção da participação eleitoral.

Enem 2011 – Prova Azul
Questão 17

Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.

LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).

O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social

A) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda.
B) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes.
C) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica.
D) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia.
E) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional.

Enem 2017 – Prova Azul
Questão 74

A participação da mulher no processo de decisão política ainda é extremamente limitada em praticamente todos os países, independentemente do regime econômico e social e da estrutura institucional vigente em casa um deles. É fato público e notório, além de empiricamente comprovado, que as mulheres estão em geral sub-representadas nos órgãos do poder, pois a proporção não corresponde jamais ao peso relativo dessa parte da população.

TABAK, G, Mulheres públicas: participação política e poder. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2002.

No âmbito do Poder Legislativo brasileiro, a tentativa de reverter esse quadro de sub-representação tem envolvido a implementação, pelo Estado, de
A) leis que combatem à violência doméstica.
B) cotas de gêneros nas candidaturas partidárias.
C) programas de mobilização política nas escolas.
D) propaganda de incentivo ao voto consciente.
E) apoio financeiro às lideranças femininas.

Gostou das dicas? Pronto para começar a estudar e ficar por dentro das atualidades para o Enem?

Gabarito:
Questão 60 – e
Questão 13 – e
Questão 17 – e
Questão 74 – b

Créditos da imagem de capa: TSE

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