As máquinas também enfrentaram o Enem 2025. Cada IA respondeu às questões de Ciências Humanas da prova amarela com estilos diferentes.
Gemini acertou mais, com 73 acertos, mas a diferença para o ChatGPT em segundo lugar não foi tão distante.
Humanos ainda levam vantagem. Interpretação, senso crítico e contexto continuam sendo território exclusivo de estudantes.
Veja mais como foi!
Na segunda-feira pós primeiro dia de Enem 2025, o país inteiro tem a mesma dúvida: será que fui bem?
Enquanto milhões de estudantes correm atrás do gabarito do Enem, nós decidimos fazer, também, algo diferente: colocar as inteligências artificiais mais populares do para encarar a prova de Ciências Humanas, aplicada no domingo (9).
Sim, as máquinas também fizeram o Enem 2025. E o resultado… foi um tanto curioso. Vamos entender!
Como fizemos o teste com as IAs para o Enem 2025?
Para deixar o experimento da prova o mais justo possível, usamos as versões gratuitas de cada modelo, aquelas que qualquer pessoa pode acessar, sem assinatura ou plano pago.
Os participantes foram:
ChatGPT (OpenAI): assistente de IA mais difundido no mundo, com capacidade de responder a uma ampla variedade de perguntas e temas. Seu foco está em manter um tom educado, seguro e acessível.
Gemini (Google): desenvolvido pela empresa líder em mecanismos de busca, o Gemini se apresenta como um modelo especializado em conectar informações e interpretar contexto.
Grok (xAI): criado pela equipe de inteligência artificial de Elon Musk, o Grok adota uma postura mais direta e, por vezes, sarcástica. A proposta é entregar respostas ágeis e com personalidade marcante.
Para garantir equidade no processo, utilizamos o mesmo prompt em todas as plataformas:
*”Chat, crie uma correção da prova do ENEM para o público em geral, como um professor faria. Então, para cada questão, leia:
Enunciado
Interprete as imagens e gráficos
Analise as alternativas
Responda com a alternativa correta
Vou te mandar por partes, em anexo. Responda com número e letra correta depois da análise. Se achar MUITO necessário, pode comentar alguma questão. Diga se entendeu pra eu começar.”*
A prova foi enviada em partes para todas as IAs, de forma idêntica.
É importante destacar que este comparativo não se trata de um estudo científico, mas de uma experiência exploratória, voltada para observar como diferentes modelos de IA interpretam textos, imagens e contextos, elementos centrais na prova do Enem.
IAs em ação: respostas e reações
Durante a prova do Enem, o comportamento de cada IA foi interessante.
O ChatGPT só conseguiu processar a prova após a conversão do arquivo em PDF para imagens. Além disso, suas análises foram mais objetivas, com respostas fornecidas de maneira direta, sem grandes justificativas ou análises, apesar do prompt sugerir.
O Grok apresentou postura semelhante, priorizando agilidade, porém com um nível de confiança que nem sempre se refletiu em precisão nas respostas do exame.
Já o Gemini levou o processo para outro lado: analisou cada questão do primeiro dia de prova do Enem com detalhamento, contextualizando textos e justificando suas escolhas.
É possível que essa performance esteja relacionada ao fato de ser um sistema integrado ao ecossistema do Google, com mais conexões internas, bases de dados e até acesso a gabaritos extraoficiais durante a análise.
Outro detalhe curioso: nenhuma das IAs soube identificar, exigindo que essa etapa fosse refeita manualmente, com o envio das páginas de forma segmentada.
Isso pode demonstrar que, embora capazes de realizar tarefas complexas, as IAs ainda apresentam limitações quando confrontadas com formatos e estruturações específicas do Enem.
Placar final: quem foi melhor?
Depois de corrigir tudo, como mencionado anteriormente, com base no gabarito extraoficial do Enem 2025, chegamos ao resultado final:
IA
Acertos
ChatGPT
41
Gemini
73
Grok
21
A vencedora foi Gemini que ficou em primeiro lugar, com 73 acertos! Entre as máquinas, foi a que mais se aproximou do tipo de leitura crítica que se espera de um candidato humano.
Em segundo lugar, o ChatGPT apareceu logo atrás. Apesar de ter domínio linguístico e argumentativo, sua pontuação mostrou que transformar compreensão em acertos objetivos é um processo mais complexo do que simplesmente ter “muitos parâmetros”. O raciocínio contextual e atenção ao detalhe fizeram diferença.
Já o Grok ficou na última posição. Rápido nas respostas, mas nem sempre preciso, ele demonstrou que velocidade nem sempre se traduz em acerto, principalmente em uma prova que exige interpretação profunda e leitura cuidadosa.
No fim, o resultado reforça uma ideia importante: mesmo com toda a tecnologia, o Enem ainda é um terreno onde contexto, interpretação e sutileza contam mais do que força bruta de processamento.
O que o resultado mostra sobre as IAs
Mesmo sem “estudar”, as inteligências artificiais conseguiram resultados interessantes, principalmente em questões de raciocínio lógico e leitura de texto. Mas quando o assunto é interpretação, contexto e intenção das perguntas, o desempenho ainda fica aquém do humano.
Isso mostra que o fazer bem a prova Enem ainda depende de algo que só a gente tem: a capacidade de entender além do literal, interpretação, leitura de mundo e senso crítico.
E você? Será que tiraria uma nota maior que a vencedora das IAs?
Compare suas respostas com o gabarito do Enem 2025 e veja quem foi melhor nessa disputa: você ou as máquinas.
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