Coaching: entenda como funciona e quais são os passos para exercer a profissão

A palavra coaching, em tradução livre, quer dizer treinamento. Embora o termo seja normalmente associado a exercícios físicos, ele também se refere à habilidade de instruir pessoas em aspectos pessoais, sociais e profissionais da vida.

Apesar de não ser uma atividade regularizada, o coaching destaca-se como uma das principais profissões do futuro, de acordo com o futurologista Ben Pring.

O que faz um coach?

Coach é o nome dado ao profissional que oferece treinamento ou instruções específicas nas áreas de negócios, saúde, finanças, desenvolvimento pessoal e profissional. Ele é responsável por assessorar, direcionar e supervisionar o cliente, de forma individual ou em grupo, a fim de alcançar um objetivo em específico.

Para isso, são utilizadas técnicas pragmáticas com embasamento científico, assim como palestras motivacionais. Os treinamentos acontecem, em média, durante dez sessões de, aproximadamente, uma hora. 

O que é preciso para se tornar um coach?

Por se tratar de uma profissão não regulamentada, não há pré-requisitos para se tornar um coach. 

No entanto, é recomendado fazer um curso de formação de coaching no nicho desejado para adquirir os conhecimentos e habilidades necessárias para instruir outras pessoas. O curso é de curta duração, entre 80h e 120h. 

Qual é a diferença entre coaching e psicoterapia?

De acordo com a psicóloga e coach Viviana Madisson, a psicoterapia  “é uma prática profissional que tem como objetivo permitir que a pessoa, por meio da auto-análise, encontre recursos internos para lidar com as dores e conflitos que vem vivenciando”. Além disso, ela só pode ser feita por profissionais graduados e com credenciamento no Conselho Regional de Psicologia.

Já o coaching, “é uma ferramenta com sessões pré estipuladas de 10 a 12 sessões com o objetivo de abordar temas e questões específicas, como pontos de mudanças de carreira ou algumas mudanças na vida pessoal”, explica.

Vale a pena se tornar um coach? 

Por se tratar de uma profissão autônoma, é necessário ponderar os prós e contras. A possibilidade de fazer seu próprio horário e trabalhar dentro de casa – já que muitas sessões de coaching são feitas online – são diferenciais.

A instabilidade financeira, porém, também faz parte da rotina de um profissional independente pois o salário é proporcional à quantidade de clientes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Coaching, o preço médio de cada sessão varia entre R$300,00 e R$700,00. 

Fatores como tempo de experiência e qualidade de formação influenciam no preço final das sessões. 

Além disso, o direito a férias, FGTS, licença-maternidade e décimo terceiro não são assegurados, já que a profissão autônoma não é regulada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 

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Como funciona a licença-maternidade na faculdade?

A regulamentação da profissão em debate

Um Projeto de Lei que tem o objetivo de regulamentar a profissão de coach no País foi protocolado no início do mês de julho pelo deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP). Dentre as propostas do projeto, inclui-se a criação do Conselho Federal e Regional de Coach.

A psicóloga e coach Viviana encara o Projeto de Lei como um primeiro passo para minimizar a postura inadequada de profissionais.

“Como hoje não existe uma regulamentação adequada sobre a prática profissional, infelizmente existem muitas pessoas que abusam da boa-fé daqueles que procuram o processo e pode desencadear problemas ainda maiores, como surtos psicóticos, por exemplo”, alerta.

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