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3 pilares da logoterapia para mais sentido e realização

Entenda o que é logoterapia e como ela ajuda pessoas e empresas a lidarem com propósito, dor e realização.

O que move uma pessoa mesmo diante da dor? O que faz alguém se manter de pé após perdas profundas ou crises intensas? Para Viktor Frankl, psiquiatra austríaco e sobrevivente de campos de concentração nazistas, a resposta está no sentido da vida. A logoterapia, abordagem que criou a partir dessa ideia, propõe que o ser humano não busca apenas prazer ou poder — mas sim propósito.

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Mais do que uma teoria psicológica, a logoterapia oferece caminhos práticos para lidar com sofrimento, tomada de decisões e até com dilemas profissionais. Com aplicações clínicas, educacionais e organizacionais, seus princípios têm ganhado espaço em discussões sobre saúde mental, liderança e cultura nas empresas. Neste conteúdo, estão os fundamentos da abordagem, suas principais técnicas e por que ela tem sido vista como uma chave para transformar desafios em realização pessoal e coletiva.

logoterapia
(Reprodução)

O que é logoterapia e por que ela importa

A logoterapia é uma abordagem psicoterapêutica desenvolvida por Viktor Frankl, psiquiatra austríaco que sobreviveu aos horrores de Auschwitz. Fundada na década de 1940, ela ficou conhecida como a “terceira escola vienense de psicoterapia”, sucedendo as linhas propostas por Freud e Adler. Seu foco está na busca de sentido como força motivadora essencial da vida humana.

Diferente de outras correntes que se concentram em traumas do passado ou no impulso por prazer ou poder, a logoterapia considera que o ser humano tem liberdade interior para escolher suas atitudes diante das circunstâncias — inclusive frente à dor. O sofrimento, sob essa ótica, não é negado, mas pode ser transformado a partir do reconhecimento de um propósito.

Viktor Frankl: a trajetória e a experiência que fundamentaram a teoria

Frankl formulou os pilares da logoterapia a partir da própria vivência como prisioneiro em quatro campos de concentração, entre eles Auschwitz. Durante esse período, observou que aqueles que conseguiam encontrar algum sentido — mesmo nas situações mais brutais — tinham mais chances de resistir psicologicamente. Sua obra mais conhecida, Em Busca de Sentido, reúne essas experiências e os fundamentos da abordagem.

Além da prática clínica, Frankl foi professor de neurologia e psiquiatria, e lecionou em universidades como Harvard e Stanford. Seu legado influenciou áreas como educação, filosofia, espiritualidade e gestão de pessoas.

Relação com psicanálise e psicologia adleriana

Enquanto Freud enxergava o ser humano guiado pela busca de prazer, e Adler via a vontade de poder como motor das ações humanas, Frankl propôs uma terceira via: a vontade de sentido. Essa diferença coloca a logoterapia em uma posição singular entre as abordagens psicodinâmicas do século XX, com um olhar mais humanista e existencial.

Embora dialogue com conceitos dessas escolas, a logoterapia rompe com a ideia de determinismo e aposta na liberdade interior — a capacidade de escolher, inclusive quando o entorno é incontrolável.

Base filosófica e pilares da logoterapia

A logoterapia tem raízes no existencialismo e no humanismo, movimentos que colocam o ser humano como protagonista das próprias escolhas. Para Viktor Frankl, essa liberdade vai além das condições externas: trata-se de uma responsabilidade individual de dar sentido à própria existência, mesmo em cenários de dor, dúvida ou incerteza.

Essa abordagem se apoia em três pilares principais: liberdade da vontade, vontade de sentido e sentido da vida. Juntos, eles sustentam a visão de que cada pessoa é capaz de responder à vida com propósito, mesmo diante de desafios inevitáveis.

Liberdade da vontade

Esse conceito parte da ideia de que o ser humano possui liberdade interior. Mesmo que não tenha controle total sobre as circunstâncias, pode sempre escolher a forma como reage a elas. Essa liberdade é o que permite encontrar um significado, mesmo em contextos extremos.

A logoterapia propõe que a consciência é o que torna possível essa escolha: uma habilidade única de se posicionar diante dos próprios valores e agir de acordo com eles.

Vontade de sentido

A vontade de sentido é vista como a principal força motivadora da vida humana. Diferente do desejo de prazer ou de poder, o sentido é algo que precisa ser descoberto — não criado arbitrariamente. Quando esse sentido falta, instala-se o que Frankl chamou de “vazio existencial”, uma sensação de apatia, desânimo e perda de direção, comum nos tempos atuais.

Essa vontade não tem uma resposta única. O que dá sentido à vida pode variar de pessoa para pessoa, e até de fase para fase, mas é sempre algo que transcende o indivíduo e conecta com o mundo.

Sentido da vida

Para a logoterapia, o sentido da vida existe mesmo quando não é percebido de imediato. Ele pode ser encontrado de três formas principais: por meio de ações (realizações), de vivências (relações e experiências significativas) ou da atitude adotada diante do sofrimento inevitável.

Frankl reforçava que o sofrimento não é um requisito para encontrar sentido, mas quando presente, pode se tornar uma oportunidade para transformação e crescimento. O essencial é manter a postura de abertura e responsabilidade diante da pergunta que a vida faz a cada momento: “qual atitude tomar agora?”

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(Reprodução)

Técnicas logoterapêuticas

A logoterapia oferece ferramentas específicas para lidar com questões emocionais, conflitos internos e situações-limite. Em vez de analisar o passado em busca de causas, essa abordagem volta-se para o presente e para o futuro, estimulando escolhas com base em valores e propósito. As técnicas buscam fortalecer a liberdade interior e ajudar cada pessoa a responder, de forma ativa, ao chamado por sentido.

Intenção paradoxal

Essa técnica é utilizada especialmente em casos de ansiedade e fobias. Consiste em incentivar a pessoa a desejar, de forma intencional, exatamente aquilo que teme. Ao provocar o paradoxo, a tensão é reduzida e o ciclo de medo é interrompido. Por exemplo, alguém com medo de suar durante uma apresentação pode ser orientado a tentar suar o máximo possível — o que, paradoxalmente, gera alívio e quebra o padrão de ansiedade.

Derreflexão e autodistanciamento

A derreflexão propõe que a atenção excessiva aos próprios sintomas — como insônia, angústia ou pensamentos negativos — pode amplificá-los. Ao redirecionar o foco para fora de si, esse ciclo é interrompido. Já o autodistanciamento permite observar pensamentos e emoções sem se identificar totalmente com eles, o que amplia a consciência e ajuda a agir com mais liberdade.

Diálogo socrático

Inspirado na filosofia clássica, o diálogo socrático é uma conversa orientada por perguntas que revelam valores, crenças e motivações. O objetivo não é dar respostas prontas, mas facilitar descobertas pessoais. Essa técnica ajuda a construir um olhar mais profundo sobre as escolhas, e favorece o encontro com o que realmente importa em cada situação.

Ecce Homo e reconhecimento da própria história

O termo “Ecce Homo” — expressão latina que significa “eis o homem” — aparece na logoterapia como uma forma de reconhecer a própria trajetória com coragem e responsabilidade. Ao valorizar a história de vida, inclusive as dores vividas, é possível ressignificar experiências e reforçar a identidade com base em superações e aprendizados.

Benefícios da logoterapia para indivíduos e organizações

A logoterapia não é apenas uma abordagem clínica voltada para o tratamento de sofrimentos existenciais. Seus princípios têm sido incorporados a diferentes áreas — como educação, gestão de pessoas e saúde pública — justamente por oferecerem ferramentas práticas para lidar com crises, desenvolver propósito e fortalecer vínculos humanos. Em ambientes organizacionais, tem ganhado destaque por contribuir com temas como engajamento, bem-estar e liderança com sentido.

No contexto clínico e educacional

Na área da saúde mental, a logoterapia é aplicada em atendimentos psicológicos, especialmente em situações de luto, depressão, ansiedade e crises de identidade. Também tem sido utilizada em práticas de cuidados paliativos e em intervenções com pessoas em sofrimento psíquico profundo, como pacientes oncológicos e sobreviventes de traumas.

Na educação, a abordagem tem se mostrado eficaz para jovens e adultos que enfrentam dúvidas sobre o futuro, insatisfação com a rotina ou dificuldades para encontrar um propósito profissional. Projetos de extensão universitária e programas escolares já adotam práticas inspiradas na logoterapia para prevenir o abandono escolar e fortalecer a autoestima dos estudantes.

No ambiente organizacional e na liderança

Empresas que investem em cultura com sentido e gestão mais humanizada têm encontrado na logoterapia uma referência conceitual e prática. Seus fundamentos ajudam a alinhar valores pessoais aos objetivos da organização, o que contribui para o aumento do engajamento, a retenção de talentos e a promoção de um ambiente de trabalho mais saudável.

Lideranças que compreendem o papel do sentido na motivação humana também são mais capazes de inspirar e apoiar equipes em momentos de mudança, sobrecarga ou incerteza — realidades cada vez mais comuns no mundo corporativo.

Saúde mental e cuidados com a dimensão existencial

Mais do que combater sintomas, a logoterapia propõe uma abordagem voltada para o fortalecimento interno. Em tempos de burnout, adoecimento emocional e esgotamento coletivo, pensar em sentido de vida não é um luxo — é uma estratégia de saúde. Ao desenvolver resiliência existencial, torna-se possível lidar melhor com frustrações, mudanças e perdas inevitáveis ao longo da trajetória profissional ou pessoal.

Logoterapia versus outras abordagens terapêuticas

A logoterapia se diferencia de outras escolas da psicologia por colocar o sentido da vida no centro da experiência humana. Ainda que dialogue com outras abordagens, ela propõe caminhos distintos para lidar com sofrimento, escolha e realização pessoal. Comparar essas linhas ajuda a entender melhor o que torna a proposta de Viktor Frankl única.

Logoterapia e psicanálise (Freud)

Na psicanálise, a busca por prazer — o chamado “princípio do prazer” — é vista como motivação fundamental do comportamento. O foco terapêutico costuma estar na análise do inconsciente e das experiências infantis. Já na logoterapia, a motivação central é o sentido, e o trabalho clínico se concentra nas possibilidades futuras, escolhas conscientes e na postura diante da realidade.

Enquanto a psicanálise mergulha no passado, a logoterapia olha para o presente e o futuro, valorizando a responsabilidade pessoal e a liberdade de responder às circunstâncias com propósito.

Logoterapia e psicologia individual (Adler)

A psicologia desenvolvida por Alfred Adler parte da ideia de que a vontade de poder e a necessidade de compensar sentimentos de inferioridade são motores da ação humana. A logoterapia, por outro lado, entende que é a vontade de sentido — e não o desejo de domínio ou reconhecimento — que realmente orienta decisões com significado.

Ambas abordagens reconhecem o papel ativo do indivíduo, mas a logoterapia aposta em uma motivação mais profunda e voltada para fora de si.

Logoterapia e abordagens existenciais/humanistas

A logoterapia compartilha fundamentos com outras abordagens existenciais, como a psicoterapia centrada na pessoa e a gestalt-terapia. Todas valorizam a liberdade, a autenticidade e o encontro com o outro. No entanto, a logoterapia se diferencia por propor técnicas específicas voltadas à descoberta de sentido, e por enfatizar que o propósito não é inventado, mas descoberto no mundo.

Nos últimos anos, também tem havido integração entre a logoterapia e abordagens contemporâneas como a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e a Psicologia Positiva, que reconhecem o papel dos valores e da flexibilidade psicológica na saúde mental.

Como aplicar a logoterapia no autoconhecimento e na carreira

A logoterapia não se limita ao consultório. Seus princípios podem ser aplicados em decisões cotidianas, mudanças de trajetória, momentos de crise e também na construção de caminhos profissionais mais alinhados com os valores pessoais. Ao colocar o sentido no centro da reflexão, a abordagem oferece uma espécie de bússola interna — útil para lidar com escolhas difíceis, reorganizar prioridades ou mesmo redefinir o rumo de uma carreira.

Exercícios para descobrir o sentido

Frankl propôs que o sentido pode ser encontrado de três formas principais:

  • Ações criativas: realizar algo significativo, como um trabalho, um projeto ou uma causa;
    Experiências vivenciais: se conectar com outras pessoas, com a arte ou com a natureza;
  • Atitude diante do sofrimento: dar uma resposta consciente e responsável a uma situação difícil, mesmo quando não há como mudá-la.

Refletir sobre momentos marcantes da vida, identificar valores centrais e reconhecer escolhas que trouxeram orgulho ou aprendizado são formas simples e eficazes de começar esse processo de descoberta.

Desenvolvendo resiliência existencial

A resiliência existencial é a capacidade de manter o senso de propósito mesmo diante do sofrimento. Ao contrário de buscar eliminar a dor a qualquer custo, a logoterapia convida a encará-la com coragem, como parte da experiência humana. Essa atitude fortalece a clareza diante de desafios, melhora a qualidade das decisões e amplia o compromisso com aquilo que realmente importa.

Em contextos profissionais, essa postura ajuda a lidar com frustrações, a superar momentos de instabilidade e a sustentar o engajamento com projetos de longo prazo.

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(Reprodução)

O que dizem as buscas: perguntas frequentes sobre logoterapia

O que é logoterapia?

Logoterapia é uma abordagem psicoterapêutica criada por Viktor Frankl, baseada na ideia de que a principal motivação humana é encontrar sentido na vida. Ela se apoia em valores como liberdade interior, responsabilidade e realização pessoal, mesmo em contextos difíceis.

O que Viktor Frankl defendeu?

Frankl defendia que, mesmo diante do sofrimento, é possível manter a dignidade e encontrar propósito. Seu pensamento foi moldado pela experiência em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, e se tornou referência mundial em saúde mental, educação e filosofia.

Quais são os pilares da logoterapia?

Os três pilares centrais da logoterapia são:

  1. Liberdade da vontade — capacidade de escolha, mesmo em situações adversas
  2. Vontade de sentido — motivação para encontrar um propósito
    Sentido da vida — possibilidade de descobrir significado nas ações, experiências e atitudes

Qual a diferença entre logoterapia e psicanálise?

A psicanálise se concentra no inconsciente e nas experiências passadas, enquanto a logoterapia enfatiza o presente e o futuro, com foco no sentido da existência. Em vez de analisar traumas, a logoterapia propõe descobrir caminhos de realização pessoal diante da vida como ela é.

Logoterapia no ambiente corporativo: transformando pessoas e negócios

A busca por sentido não é uma questão restrita à vida pessoal. Em contextos profissionais, encontrar propósito no que se faz pode ser decisivo para manter o engajamento, superar adversidades e sustentar trajetórias mais consistentes. Organizações que compreendem esse fator investem em ambientes mais humanos, lideranças mais conscientes e em programas de desenvolvimento que consideram a dimensão existencial das pessoas.

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