O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, considerou que o enunciado da questão apresentava inconsistências que impossibilitavam a obtenção de uma resposta correta.
Casos como esse, apesar de não serem comuns, já ocorreram em outras edições do Enem. A seguir, confira o histórico de questões anuladas ao longo dos anos e saiba se a anulação de uma questão pode afetar a nota final do candidato!
Desde a reformulação do Enem em 2009, o exame já registrou diversas questões anuladas por diferentes razões, que vão desde erros técnicos até questões que já haviam sido utilizadas em outros processos seletivos.
Ao todo, desde a edição de 2009, 24 questões já foram anuladas, por motivos diversos. Confira:
Histórico de questões anuladas no Enem
2009: Uma questão foi anulada por apresentar duas alternativas corretas, o que comprometeu a validade da pergunta.
2011: 14 questões foram anuladas para 639 candidatos do Colégio Christus, em Fortaleza, após a identificação de que a instituição havia antecipado essas perguntas em apostilas distribuídas aos alunos.
2016: Uma questão foi anulada devido a problemas no gráfico apresentado, que possibilitava mais de uma interpretação, comprometendo a objetividade da resposta.
2018: Uma questão foi anulada por já ter sido utilizada no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2014, violando o princípio de ineditismo exigido para as perguntas do Enem.
2019: Uma questão foi anulada por ter sido aplicada no Enem 2018, especificamente no caderno de questões em braile e ledor, destinado a candidatos com deficiência visual, o que comprometeu a exclusividade da pergunta.
2020: Duas questões foram anuladas devido a inconsistências que poderiam gerar dupla interpretação, prejudicando a clareza e a precisão das respostas esperadas.
2021: Uma questão de Matemática foi anulada por não apresentar uma alternativa correta entre as opções, impossibilitando que os candidatos chegassem à resposta esperada.
2023: Uma questão sobre a gripe A-H1N1 foi anulada por já ter sido utilizada no Enem para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL) em 2010, comprometendo o ineditismo da pergunta.
2024: Uma questão de Física sobre a eficiência energética de uma cafeteira elétrica foi anulada devido a inconsistências no enunciado que impossibilitavam a obtenção de uma resposta correta.
A anulação de uma questão no Enem não resulta em atribuição de pontos adicionais aos candidatos. O exame utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), uma metodologia que avalia a coerência das respostas e as características de cada questão.
Quando uma pergunta é anulada, ela é simplesmente desconsiderada no cálculo da nota final, sem beneficiar ou prejudicar diretamente os participantes.
A TRI assegura que a anulação de uma questão não impacte negativamente a pontuação dos candidatos, mantendo a equidade e a justiça no processo de avaliação.
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