
Por que Corpus Christi é sempre celebrado na quinta-feira?
Juliana Gottardi | 18/06/25A resposta está na tradição católica e na história que envolve a instituição da Eucaristia. Entenda!
Papa Francisco reduziu salários da cúpula eclesiástica em outubro de 2024 como resposta ao déficit do Vaticano; cardeais da Cúria passaram a receber menos de 5 mil euros mensais
A morte do Papa Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21), não apenas comoveu fiéis em todo o mundo, mas também reacendeu debates sobre os bastidores do Vaticano — entre eles, o impacto das reformas econômicas promovidas por Jorge Mario Bergoglio ao longo de seu pontificado.
Um dos episódios dessas reformas aconteceu em outubro de 2024, quando Francisco ordenou uma nova rodada de cortes salariais, afetando os cardeais da Cúria Romana.
À época, a medida foi detalhada em uma carta enviada ao colégio cardinalício pelo prefeito da Secretaria de Economia da Santa Sé, Maximino Caballero Ledo. O documento informava a suspensão da gratificação da secretaria e da ajuda de custo, complementos que integravam a remuneração dos cardeais que trabalham nos departamentos administrativos do Vaticano.
Leia mais: O papa Francisco era formado em que?
+ Qual é o salário de um papa?
A nova onda de interesse sobre os bastidores financeiros da Igreja surgiu em meio ao luto mundial pela morte de Francisco, o primeiro papa latino-americano.
Milhares de internautas buscaram nos últimos dias respostas para perguntas como “quanto ganha um cardeal?” e “o papa recebe salário?”, conforme apontam levantamentos de buscas no Google e redes sociais.
Antes da medida de outubro, um cardeal da Cúria recebia em média 5,5 mil euros por mês (cerca de R$ 34 mil). Com a nova política de contenção de gastos, esse valor sofreu uma queda de mais de 10%, aproximando-se de 4,9 mil euros mensais, o equivalente a cerca de R$ 30 mil, dependendo da cotação do euro.
Esse não foi o primeiro corte implementado por Francisco: em março de 2021, durante a pandemia de Covid-19, ele já havia reduzido os salários do alto clero.
Diferentemente dos cardeais, o Papa Francisco não recebia salário. Como líder espiritual da Igreja Católica e chefe de Estado do Vaticano, ele tinha todas as suas despesas — moradia, alimentação, segurança e transporte — cobertas integralmente pela Santa Sé.
Essa prática reforça a tradição eclesiástica de que o papado não é uma função remunerada, mas um serviço espiritual, pautado pelos valores da humildade e da simplicidade.
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