A partir de 1º de julho de 2025, trabalhadores de São Paulo que integram categorias não cobertas por convenções coletivas passam a ter um novo piso estadual: R$ 1.804,00.
O valor representa um reajuste de 10% em relação ao salário anterior de R$ 1.640,00, e foi sancionado em maio pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Com isso, o salário mínimo paulista passa a ser 18,84% superior ao piso nacional, fixado em R$ 1.518,00 neste ano.
A atualização busca não apenas repor perdas inflacionárias, mas oferecer um aumento real de cerca de 5%, conforme cálculo do governo estadual.
A medida integra um pacote de valorização do trabalho e do funcionalismo, com impactos diretos em cerca de 70 categorias profissionais e mais de 90 mil servidores públicos estaduais.
Quem tem direito ao piso salarial estadual de São Paulo?
A possibilidade de estabelecer um salário mínimo regional está prevista na Lei Complementar nº 103/2000. A legislação permite que cada estado defina pisos salariais próprios para categorias que não possuem piso definido em lei federal ou convenção coletiva.
Assim, o novo valor se aplica a trabalhadores que pertencem à primeira faixa salarial, como:
Auxiliares de limpeza
Atendentes
Cozinheiros
Operadores de máquinas
Entre outros profissionais sem convenções coletivas próprias
Trabalhadores com piso definido em acordos coletivos ou por legislação federal, como aprendizes (regidos pela Lei 10.097) e categorias organizadas por sindicatos, não são impactados diretamente pela nova regra estadual.
Qual o salário mínimo nacional?
O salário mínimo nacional passou a ser de R$ 1.518,00 em 2025, conforme o reajuste sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Orçamento aprovado em abril deste ano.
O novo valor representa um acréscimo de R$ 106,00, equivalente a 7,5% em relação ao salário mínimo de 2024, que era de R$ 1.412,00. Apesar de o decreto só ter sido oficializado em abril, o novo piso já está em vigor desde 1º de janeiro, com pagamentos efetivados a partir de fevereiro.
Essa atualização do piso nacional não apenas redefine os rendimentos de milhões de trabalhadores com carteira assinada, como também altera os valores de aposentadorias, pensões, benefícios como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de afetar o funcionalismo público e acordos trabalhistas vinculados ao salário mínimo.
Como o reajuste foi calculado?
A política de valorização do salário mínimo, estipulada pela Lei nº 14.663/23, passou a considerar dois critérios principais:
A inflação acumulada em 12 meses até novembro, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor);
O crescimento do PIB de dois anos anteriores, com teto de 2,5%, conforme estabelecido na nova redação da Lei nº 15.077, sancionada em dezembro de 2024.
Com isso, mesmo que o PIB de 2023 tenha crescido 3,2%, o reajuste foi limitado a 2,5%, somado à inflação do período.
Salário líquido: quanto sobra no fim do mês?
Apesar do valor bruto de R$ 1.518,00, o trabalhador que recebe um salário mínimo vê seu rendimento líquido reduzido devido à contribuição obrigatória para o INSS (7,5%), totalizando um desconto de R$ 113,85. Assim, o salário líquido em 2025 é de R$ 1.404,15, desconsiderando outros descontos como vale-transporte, plano de saúde ou pensão alimentícia.
Já para quem ganha dois salários mínimos (R$ 3.036,00), a alíquota do INSS sobe para 12%, com desconto de R$ 257,73, restando um salário líquido de R$ 2.778,27.
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