Em 1885, após cinco anos dedicando-se ao estudo da arte em Oslo, Munch viajou a Paris e teve contato com vários movimentos artísticos e as vanguardas que começavam a ganhar força. Conheceu os trabalhos de Van Gogh e Gauguin e, a partir daí, seus trabalhos ganharam novos traços e novas formas. No entanto, as obras ainda destacavam o sofrimento pela morte da mãe e de uma das irmãs e a internação da outra. São desse período A mão à cabeceira da Criança doente, de 1885 e A menina doente, de 1886.
Na segunda visita a Paris, em 1889, Munch conheceu o pós-impressionista Paul Cézanne. Em 1892, já integrava a vanguarda intelectual de Berlim e preparava uma série de exposições autorais. Foi para uma dessas exposições que foram pintadas as cinco versões do seu quadro mais famoso: O grito, de 1893, feitas em diferentes materiais e com diferentes técnicas.
Entre 1908 e 1909, Munch interrompeu temporariamente as atividades artísticas e internou-se espontaneamente em uma clínica psiquiátrica. O artista dizia ouvir vozes, tinha alucinações, paralisias súbitas e insônia. Foi diagnosticado com neurossífilis e, após o tratamento, passou a pintar quadros com temática mais leve.
No decorrer de 1937 e com a ascensão do governo nazista, Munch foi considerado um artista subversivo e degenerado, tendo suas obras proibidas em Berlim. Em 1940, com a Noruega ocupada pelos nazistas, foi convidado a fazer parte do Conselho Honorário de Arte, no entanto, Munch recusou a participação por conta das ideias nazistas que dominavam o projeto.
No final da vida, Munch pintou uma série de autorretratos que mostravam a passagem do tempo no decorrer de sua vida. O artista faleceu em Oslo, em 23 de janeiro de 1944 e não chegou a presenciar o fim do regime nazista e o desfecho da Segunda Guerra Mundial.
O grito, de 1893.