Martin Luther King cresceu em meio ao segregacionismo e preconceito de brancos contra negros. Muito jovem, tomou consciência da diferença e do modo de vida dos negros. No ano de 1955, inspirado pelo método de luta pacífica de Mahatma Gandhi e pela Teoria da Desobediência Civil de Thoreau, Luther King iniciou efetivamente sua luta pelos direitos civis dos negros.
A luta do pastor foi motivada pela detenção da costureira negra Rosa Parks, que foi presa e multada por se recusar a dar lugar no ônibus a uma senhora branca. Os negros só poderiam sentar no fundo dos ônibus e não deviam em hipótese alguma sentar nos lugares reservados aos brancos.
O silencioso, mas simbólico, protesto de Parks chamou atenção do Conselho Político Feminino, que prontamente apoiou a costureira e organizou um boicote aos ônibus urbanos. Luther King também se juntou ao boicote e em pouco tempo reuniu milhares de negros que se recusar a andar nos coletivos.
Todos os dias, os negros guiados por Martin Luther King seguiam a pé para o trabalho, em uma grande marcha de protesto, causando prejuízos às empresas de transporte. O boicote aos ônibus durou 382 dias e terminou apenas em 13 de novembro de 1956, quando a corte americana decretou o fim da segregação racial nos ônibus.
Os movimentos e caminhadas pacíficas com resultados efetivos, inspiraram muitos líderes negros ao redor dos Estados Unidos. Os protestos provocaram também a ira de grupos racistas e da Klu Klux Klan, que passaram a ameaçar ostensivamente Martin Luther King.
No ano de 1957, o ativista fundou a Conferência da Liderança Cristã do Sul, movimento integrado por negros ligados com a igreja. A Conferência organizava passeatas, movimentos e campanhas pelos direitos civis dos negros. Em 1960, as lutas da Conferência garantiram a liberdade de acesso dos negros a parques públicos, lanchonetes e bibliotecas públicas. Em 1964, Luther King recebeu o prêmio Nobel da Paz por suas ações.