Gandhi nasceu em 2 de outubro de 1869, na cidade de Porbandar, na então colônia britânica da Índia Ocidental. Filho do governante local, se casou ainda aos 13 anos de idade, como era costume em seu país. Em 1888 foi para a Inglaterra estudar, e se formou em Direito em Londres.
Depois de formado, sem conseguir sucesso em sua carreira como advogado na Índia, Gandhi se estabelece na África do Sul.
Permaneceu no país africano por mais de 20 anos, onde teve contato com a política desegregação racial e as formas de protesto não violento. Atuou na defesa dos indianos e hindus que lá viviam.
De volta à Índia, em 1915, Gandhi se aproximou do movimento de independência da Índia e passou a ocupar um papel de liderança entre os indianos na luta pela libertação do país do Reino Unido, conquistando amplo apoio popular.
Organizou greves e protestos, o que o levou a ser condenado à prisão em 1922 por rebelião contra o governo. A principal marca de suas ações era a desobediência civil: ao contrário de outros movimentos de libertação nacional, Gandhi pregava a resistência através de métodos pacíficos, como o não pagamento de impostos e o boicote aos produtos ingleses (conhecido como swadeshi), por exemplo.
Solto dois anos mais tarde, Mohandas continuou sua luta contra o domínio inglês, sendo preso outras duas vezes: em 1932, para ser solto no ano seguinte, e em 1942, quando ficou preso até 1944.
Durante sua permanência na cadeia, Gandhi desenvolveu diversos problemas de saúde, tanto pelas más condições do cárcere, como por seus métodos de resistência que incluíam longos períodos de jejum, ou greves de fome.
Ao sair da cadeia, o líder indiano se deparou com um cenário ainda mais radicalizado, em que a luta pela libertação da Índia também era permeada por conflitos entre hindus e muçulmanos.