Tancredo Neves nasceu no ano de 1910 em São João del Rei, Minas Gerais, filho de Antonia de Almeida Neves e de Francisco de Paula Neves. Formado em direito, iniciou sua vida profissional e política como promotor de justiça em São João del Rei.
Em 1935 foi eleito vereador pelo Partido Progressista e se tornou presidente da Câmara Municipal. Foi deputado estadual pelo Partido Social Democrático entre 1947 e 1950 e deputado federal entre 1951 e 1953. Em 1953, tornou-se Ministro da Justiça e Negócios Interiores do governo de Getúlio Vargas.
Durante as eleições presidenciais de 1955, foi um dos principais articuladores da candidatura de Juscelino Kubitschek e seu grande conselheiro. Além disso, foi diretor do Banco de Crédito Central de Minas Gerais em 1955, diretor da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil entre 1956 e 1958 e secretário de Finanças do Estado de Minas Gerais entre 1958 e 1960.
Em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros, Tancredo Neves foi responsável pela criação da solução que levou João Goulart à presidência do país: a adoção do regime parlamentarista. Entre 1961 e 1962, enquanto durou o parlamentarismo, tornou-se primeiro-ministro.
Entre 1963 e 1978 voltou a ser deputado federal. Nesse tempo, foi um dos mais importantes articuladores contra o golpe militar que acabou acontecendo em 1964 e depôs o presidente João Goulart.
Durante a Ditadura Militar no Brasil, o Ato Institucional 2 impôs o bipartidarismo, que extinguiu - ou pelo menos tornou ilegal - a existência de outros partidos que não fossem o Arena (partido dos militares) e o MDB (partido de oposição). Só em 1979, após o fim do bipartidarismo, Tancredo fundou o chamado Partido Popular e foi eleito senador, cargo que ocupou até 1982.
Entre 1983 e 1984, Tancredo Neves esteve a frente do governo de Minas Gerais.