Sociólogo, filósofo, crítico musical e escritor, Theodor Ludwig Wiesengrund Adorno foi um dos principais nomes da Teoria Crítica.
Ele foi um dos fundadores da famosa Escola de Frankfurt, que teve a participação de outros importantes filósofos como Max Horkheimer, Friedrich Pollock, Walter Benjamin Jürgen Habermas, Herbert Marcuse e Erich Fromm. Theodor Adorno interpretou as catástrofes do século 20 e mobilizou teorias significativas sobre as transformações culturais e sociais.
Theodor Adorno, filósofo da Escola de Frankfurt, criticava a indústria cultural e seu impacto na sociedade, argumentando que ela leva à padronização das massas e à perda da capacidade crítica individual. Para Adorno, a cultura deveria resistir à comercialização, promovendo reflexão e autonomia.
Ele acreditava que a arte autêntica tem o potencial de revelar as contradições da sociedade e incentivar a mudança. Seu pensamento foi profundamente influenciado pela dialética negativa, rejeitando a noção de progresso linear em favor de uma crítica constante às condições existentes.
Theodor Adorno nasceu em Frankfurt, na Alemanha, em 1903. No berço de uma família culta e abastada, pode se aproximar dos estudos de filosofia e de música desde cedo.
Sua mãe, Maria Barbara Calvelli-Adorno e foi uma cantora lírica, e seu pai, Oscar Alexander Wiesengrund, era um negociante de vinhos bem sucedido.
Assim, aprendeu teoria musical muito cedo com sua mãe e sua tia, Agathe, uma pianista.
Paralelamente, lia filosofia com seu amigo Siegfried Kracauer, foi em suas leituras conjuntas que Adorno viria a conhecer Immanuel Kant. A leitura deste filósofo influenciaria o pensamento de Adorno anos depois, na universidade.
Theodor Adorno ingressou na Universidade de Frankfurt em 1920, onde estudou Filosofia, Música, Sociologia e Psicologia.
Formou-se em 1924, mesmo ano em que fundou, com colegas, a Escola de Frankfurt, associada ao Instituto de Pesquisas Sociais da Universidade de Frankfurt.
Em 1933, após sua viagem para Viena com intuito de estudar composição musical, publicou sua tese sobre o filósofo Kierkegaard.
Durante o regime nazista, em 1934 foi obrigado a fugir devido à sua ascendência judaica e seu alinhamento socialista. Instalou-se na Inglaterra, onde lecionou em Oxford.
Em 1938, migrou para a Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Ali desenvolveu seus estudos sobre mídia, resultando no seu importante conceito de “Indústria Cultural”.
A Escola de Frankfurt é uma vertente da teoria social e filosófica fundada por Theodor Adorno, Max Horkheimer e Friedrich Pollock.
Associada ao Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt, a Escola de Frankfurt reuniu diversos teóricos marxistas que buscavam compreender a origem do capitalismo e as alterações sociais provocadas pelo sistema.
A Teoria Crítica, que dava base para a construção do pensamento dos integrantes da Escola de Frankfurt, propõe unir teoria e prática, de modo a tensionar o pensamento filosófico tradicional com questões do presente.
Theodor Adorno realizou um importante estudo sobre a chamada Indústria Cultural, conceito que cunhou para contrapor a ideia de Cultura de massa.
A Indústria Cultural pressupõe a mercantilização da cultura, que, transformada em mercadoria, desassocia-se do seu papel emancipador, e converte os espectadores em meros consumidores.
Disso, decorrem a homogeneização e a massificação dos gostos a partir da imposição (mercadológica) de um estilo de consumo.
Por isso, para Adorno e os outros teóricos críticos, não existe cultura de massa, uma vez que os bens culturais são impostos por uma indústria, que também cria necessidade de consumo.
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. (ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985).
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a):