Folhas são órgãos vegetais primários para a fotossíntese, essenciais na conversão de luz solar em energia química. Tipicamente verdes devido à clorofila, têm forma laminar que maximiza a captação de luz. Alguns exemplos incluem folhas de árvores como carvalho e plantas como alface.
A folha é o órgão da planta responsável pela captação de luz e sua conversão em energia química para produção de matéria orgânica, processo conhecido pela fotossíntese.
As folhas podem ser classificadas como completas, com limbo, pecíolo e bainha, ou incompletas, faltando uma dessas partes. Além disso, podem ser simples, com um único limbo, ou compostas.
Apesar de sua função ser conservada independente da espécie vegetal, as folhas apresentam diferenças estruturais e morfológicas entre os grupos vegetais.
Os grupos vegetais que apresentam folhas em sua estrutura são os das pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Briófitas apresentam estruturas primitivas chamadas filóides, que desempenham a função de captação de luz solar.
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A folha possui estrutura laminar e, embora possua uma função primordial, pode apresentar outras funções relacionadas à fotossíntese ou relacionadas ao tipo de vegetal em que faz parte.
Função principal das plantas. Ocorre nos cloroplastos, organelas constituídas por clorofila (por isso a coloração verde da maioria das folhas) e é o processo de captação da energia luminosa e sua conversão em energia química para a produção de matéria orgânica, principalmente carboidrato.
Processo de perda de água na forma de vapor para manutenção da temperatura do organismo.
Processo que capta o oxigênio atmosférico para a sua utilização na produção de energia na forma de ATP. Enquanto a fotossíntese absorve o CO2 e libera o O2, a respiração faz o processo inverso, absorvendo O2 e liberando CO2.
Algumas folhas podem sofrer modificações, tornando-se num atrativo visual para agentes polinizadores como as brácteas presentes em buganvílias. Também podem se afinar tornando-se espinhos presentes nos cactos que evitam a perda excessiva de água e oferecem proteção ao vegetal. Plantas carnívoras também possuem folhas modificadas para auxiliar na alimentação do vegetal.
As folhas são órgãos e, por isso, apresentam tecidos diferentes com funções específicas. Através de um corte histológico em uma folha é possível analisar microscopicamente cada estrutura presente:
Composta geralmente por uma camada única de células que oferecem função de revestimento e proteção dos demais tecidos. Possui geralmente uma fina camada chamada de cutícula que possui função impermeabilizante, evitando a perda excessiva de água.
Algumas plantas chamadas xerófitas, que vivem em ambiente semiárido, apresentam cutícula espessa e epiderme formada por várias camadas de células para evitar a perda de água.
A epiderme está nos dois lados da folha. A epiderme superior é chamada de epiderme adaxial e a epiderme inferior é chamada de epiderme abaxial. Esta última apresenta estruturas especializadas chamadas estômatos, que se assemelham a dois feijões que podem se fechar e se abrir permitindo assim as trocas gasosas entre o vegetal e o meio. As células guardas são aquelas localizadas próximas aos estômatos.
Localizado abaixo da epiderme, essa região é composta por células parenquimáticas que geralmente são responsáveis pelo preenchimento de órgãos vegetais. Nesse caso, as células do mesófilo possuem elevada concentração de cloroplastos, sendo chamadas também de clorênquima, e sua função é justamente produzir, através da fotossíntese, a matéria orgânica utilizada pelo vegetal nos seus diversos processos metabólicos.
O mesófilo pode ser dividido em duas camadas. A camada mais próxima da epiderme superior é composta por células alongadas e justapostas e é chamada de parênquima paliçádico.
Abaixo do parênquima paliçádico e mais próximo da epiderme inferior há uma camada de células mais arredondadas e separadas uma das outras chamada parênquima lacunoso. Ambas as camadas possuem função de realizar a fotossíntese.
Compostos pelos tecidos condutores que compõem as nervuras das folhas formando os desenhos da estrutura foliar.
O xilema se localiza no centro da folha e está voltado para a parte superior da folha. É responsável pela condução de seiva bruta ou inorgânica que é composta por sais minerais e água que são absorvidos pela raiz e então transportados para as folhas.
Voltado para a parte inferior da folha está o floema, responsável pela condução de seiva elaborada ou seiva orgânica. A seiva elaborada carrega os produtos orgânicos produzidos na fotossíntese no sentido das folhas, onde são produzidos, para o restante do vegetal.
Os feixes vasculares se sustentam em fibras esclerenquimáticas que compõem o esclerênquima, tecido resistente que dá suporte e sustentação aos demais tecidos.
Estruturas internas da folha.
A disposição das nervuras nas folhas é um dos fatores característicos que diferencia as monocotiledôneas das dicotiledôneas.
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Externamente a folha apresenta estruturas visíveis naturalmente.
Morfologia externa da folha com limbo, pecíolo e bainha.
A filotaxia (Filo=folha, taxis=arranjo) refere-se ao arranjo foliar ao longo do eixo caulinar, ou seja, como essas folhas estão dispostas e são encontradas ao redor do caule.
As folhas nascem a partir das gemas axiais presentes no caule, na região chamada de nó. A forma com que elas se dispõem nesse nó é determinada para classificar a planta quanto a filotaxia.
As folhas vão se alternando ao longo do eixo do caule se projetando a partir dos nós. De cada nó sai uma única folha. A roseira possui esse tipo de filotaxia.
Mais de uma folha se projeta do mesmo nó e se dispõem de forma oposta uma das outras. Subdividem-se em dois padrões:
Várias folhas (mais de duas) se projetam de um mesmo nó. A espirradeira é um exemplo de planta verticilada.
Disposição das folhas ao longo do caule: a) Alternadas;
b) Opostas Cruzadas; c) Opostas Dísticas; d) Verticiladas.
As folhas apresentam variações de acordo com a espécie e podem ser classificadas em características diferentes. As folhas inicialmente podem ser classificadas em completas, quando possuem todas as estruturas foliares (bainha, limbo e pecíolo), ou em incompletas, quando não apresentam alguma das estruturas.
Podem ainda serem classificadas quanto a quantidade de limbo que possuem.
As folhas simples podem ainda ser subdivididas conforme o formato de alguma estrutura.
Quanto ao formato do limbo, as folhas simples podem ser subdivididas em:
Formato Foliar.
Na forma da margem, as folhas simples podem ser classificadas em:
Forma da margem.
As folhas compostas podem ser subdivididas de acordo com a organização dos seus folíolos em:
Formato das Folhas Compostas.
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As folhas podem sofrer processos de diferenciação tornando folhas modificadas que desempenham funções específicas como atração, proteção ou outras funções que não são encontradas na maioria das folhas comuns.
Folhas coloridas, às vezes confundidas com as pétalas das flores, presentes na base do receptáculo floral ou junto de uma inflorescência.
Geralmente estão presentes em plantas que possuem flores pequenas e discretas possuindo a função de atrair os agentes polinizadores que muitas vezes pode não enxergar as flores pequenas.
A buganvília (Bougainvillea glabra) possui essas folhas modificadas que rodeiam suas flores que são pequenas e amarelas.
Buganvília (Bougainvillea glabra).
As plantas carnívoras apresentam folhas modificadas e sensíveis que possuem a função de auxiliar na alimentação do vegetal, atuando como verdadeiras armadilhas que capturam insetos que servirão de alimento para a planta.
O processo geralmente envolve a exalação de odores atrativos para os insetos que quando pousam nas folhas ativam o mecanismo sensível das mesmas de modo que elas se fecham ou mudam sua conformação capturando o inseto;
Dionéia (flytrap dionaea).
Folhas modificadas, podendo brotar do caule ou de algumas folhas. Possuem função de defesa ou auxiliar na fixação de trepadeiras em outras plantas. Os cactos presentes nas regiões semiáridas, ao longo do processo evolutivo, modificaram suas folhas para diminuir a perda de água, e essas folhas acabaram se originando em espinhos.
Exemplo de Cactáceas.
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Um estudante observou no microscópio o corte histológico de um órgão vegetal, o qual revelou os seguintes tecidos e estruturas: epiderme com cutícula e estômatos; células parenquimáticas com cloroplastos; tecido condutor constituído por xilema e floema. Pela descrição, o estudante concluiu que este órgão é: