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Partenogênese: entenda a reprodução sem fecundação em animais

Biologia - Manual do Enem
Última atualização: 2/7/2025

Introdução

A partenogênese é um tipo de reprodução assexuada em que o embrião se desenvolve a partir de um óvulo sem fecundação. Alguns insetos, peixes e répteis realizam esse tipo de reprodução natural, que dispensa a união dos gametas. 

Nesse processo, o novo organismo é geneticamente semelhante à mãe, pois não há combinação genética com um espermatozóide.

A partenogênese é um fenômeno biológico fascinante, comum em diversas espécies, que permite a multiplicação rápida sem a necessidade de parceiros reprodutivos. 

Este artigo vai explicar como ocorre a partenogênese, dar exemplos de animais que a utilizam, abordar sua importância ecológica e esclarecer se é possível que aconteça em humanos.

Ilustração comparativa dos ciclos de reprodução assexuada e sexuada em organismos unicelulares, útil para explicar mecanismos como a partenogênese.

Índice

O que é partenogênese e como ela ocorre

A partenogênese é uma forma de reprodução assexuada na qual o embrião se desenvolve a partir de um óvulo haplóide que não foi fecundado por um espermatozoide. 

Diferentemente da reprodução sexuada, onde há a fusão dos gametas masculino e feminino, aqui o desenvolvimento embrionário começa sem a fecundação. 

O óvulo, mesmo com metade do número normal de cromossomos, pode sofrer processos celulares que restauram sua carga genética, dando origem a um organismo completo.

Esse processo pode ser considerado uma clonagem natural, já que o novo indivíduo possui o mesmo material genético da mãe, o que tem implicações diretas na genética e diversidade das populações. 

A partenogênese está presente em várias espécies, principalmente em insetos como as abelhas e pulgões, além de peixes, anfíbios e répteis, sendo um mecanismo eficiente para reprodução rápida em condições ambientais favoráveis.

Exemplos de animais que se reproduzem por partenogênese

A partenogênese ocorre naturalmente em várias espécies do reino animal. Veja alguns exemplos:

Insetos

  • Pulgões: alternam entre reprodução sexuada e partenogenética, dependendo da estação do ano e das condições ambientais.

  • Abelhas: as fêmeas (operárias e rainha) nascem de ovos fecundados, enquanto os zangões (machos) se desenvolvem por partenogênese.

Répteis

  • Lagartos do gênero Cnemidophorus (ou Aspidoscelis): algumas espécies apresentam populações compostas apenas por fêmeas que se reproduzem exclusivamente por partenogênese.

Peixes

  • Alguns ciclídeos e espécies do gênero Poecilia: podem desenvolver embriões sem fecundação, em casos específicos, geralmente ligados a pressões ambientais.

Outros exemplos interessantes

  • Formigas e vespas: como as abelhas, também utilizam a partenogênese em sua organização reprodutiva.

  • Tubarões (casos raros): já foram documentadas fêmeas em aquários que geraram filhotes sem contato com machos, caracterizando partenogênese facultativa.

Importância biológica

  • Essa estratégia permite a rápida colonização de ambientes, especialmente em situações onde há escassez de machos.

  • Mostra a diversidade de mecanismos reprodutivos presentes na natureza, reforçando a plasticidade evolutiva de muitas espécies.

É possível a partenogênese em humanos?

A partenogênese não é possível naturalmente em seres humanos, principalmente devido à complexidade genética e ao papel essencial da recombinação genética na formação do embrião. 

Em nossa espécie, o desenvolvimento embrionário depende da união de um óvulo (gameta feminino) e um espermatozoide (gameta masculino), garantindo a combinação correta de cromossomos (46 ao total) e a ativação adequada de genes essenciais ao desenvolvimento.

Apesar disso, a ciência já conseguiu induzir artificialmente a partenogênese em óvulos humanos em laboratório, sem o uso de espermatozoides. Esses experimentos, chamados de "partenogênese induzida", têm como objetivo a pesquisa em células-tronco e a compreensão de mecanismos genéticos, não a criação de embriões viáveis para gestação.

No entanto, existem obstáculos consideráveis para tornar esse processo viável para fins reprodutivos:

  • Ausência de imprinting genômico paterno: alguns genes precisam ser ativados apenas pela contribuição genética paterna. Sem isso, o desenvolvimento embrionário não avança adequadamente.

  • Problemas no desenvolvimento embrionário: embriões partenogenéticos humanos, mesmo que formados, geralmente não conseguem ultrapassar os primeiros estágios de divisão celular.

  • Questões éticas e legais: o uso de técnicas de reprodução sem fecundação levanta debates profundos sobre bioética, direitos dos embriões e limites da manipulação genética.

Importância da partenogênese para a biologia e ecologia

A partenogênese tem um papel crucial tanto nos estudos biológicos quanto na compreensão da dinâmica de ecossistemas. 

Como forma de reprodução assexuada, ela permite que uma fêmea gere descendentes sem a necessidade de um macho, um recurso adaptativo valioso em condições ambientais desafiadoras.

Confira os principais pontos que evidenciam sua importância:

  • Garantia de reprodução em ambientes desfavoráveis: em locais onde há escassez de machos ou condições ambientais extremas, a partenogênese assegura a continuidade da espécie sem depender da fecundação sexuada.

  • Expansão rápida de populações: como não há necessidade de encontrar um parceiro, a reprodução é mais ágil e eficiente, favorecendo a ocupação de novos habitats ou a recuperação de populações após crises ambientais.

  • Hereditariedade direta: os descendentes partenogenéticos são clones genéticos da mãe, o que permite a preservação de características vantajosas em ambientes estáveis, embora isso reduza a variabilidade genética.

  • Estudos genéticos e evolutivos: espécies que utilizam a partenogênese são fundamentais para entender mecanismos de herança, desenvolvimento embrionário, plasticidade reprodutiva e até mesmo os limites da clonagem natural.

  • Impactos ecológicos: em algumas espécies invasoras, como certos insetos e répteis, a partenogênese contribui para o aumento descontrolado da população, desequilibrando ecossistemas locais.

  • Aplicações em biotecnologia: o estudo da partenogênese também inspira pesquisas em reprodução assistida, conservação de espécies ameaçadas e engenharia genética.

De forma geral, a partenogênese é uma reprodução assexuada em que o embrião se desenvolve sem fecundação, comum em vários animais. Esse processo natural tem grande importância na biologia reprodutiva e na manutenção de espécies. 

Para aprofundar o estudo sobre reprodução e genética, o Manual do Enem é uma excelente fonte de conteúdos didáticos.

 

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