Os principais sinais incluem:
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Dificuldade em ler números e símbolos matemáticos;
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Confusão entre operações básicas, como adição e subtração;
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Esquecimento frequente de cálculos;
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Problemas em organizar e resolver sequências numéricas.
A observação por professores e familiares é essencial para identificar padrões que indiquem a presença do transtorno, permitindo um acompanhamento adequado e uma avaliação escolar eficiente.
Impacto na vida escolar e cotidiana
A discalculia léxica não se restringe às dificuldades em sala de aula. Ela pode afetar diretamente a autonomia e o desempenho em tarefas simples do dia a dia, exigindo maior esforço cognitivo e apoio pedagógico. Seus efeitos se manifestam em diferentes contextos, como mostra a seguir:
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Desempenho escolar comprometido: a discalculia léxica dificulta a compreensão de conceitos básicos de matemática, como operações, símbolos e leitura de números, o que pode gerar frustrações, baixa autoestima e queda no rendimento acadêmico.
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Desafios em atividades práticas: tarefas simples do cotidiano, como calcular o troco de uma compra, organizar despesas pessoais ou medir corretamente ingredientes em receitas, tornam-se obstáculos que exigem maior esforço.
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Dificuldades na organização do tempo: interpretar horários, compreender a duração de atividades ou lidar com cronogramas escolares pode ser complicado, afetando a rotina do estudante e sua autonomia.
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Impacto no neurodesenvolvimento: a dificuldade em processar números compromete áreas cognitivas relacionadas ao raciocínio lógico e à memória de trabalho, refletindo em outras habilidades de aprendizagem.
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Necessidade de inclusão educacional: para minimizar os efeitos do transtorno, estratégias de educação inclusiva, como recursos visuais, materiais adaptados e apoio especializado, são essenciais para garantir aprendizado e participação plena.
Causas e fatores de risco
A discalculia léxica pode ter origem em fatores genéticos. Pesquisas apontam que crianças com histórico familiar de dificuldades de aprendizagem apresentam maior probabilidade de desenvolver o transtorno. Essa predisposição hereditária influencia diretamente a forma como o cérebro processa informações numéricas.
Alterações no neurodesenvolvimento também estão entre as principais causas. Regiões cerebrais responsáveis pelo raciocínio lógico e pela interpretação de símbolos podem apresentar funcionamento atípico, dificultando a assimilação de conceitos matemáticos desde cedo.
Outro ponto relevante é a associação com outros transtornos de aprendizagem. Estudantes com dislexia, TDAH ou dificuldades de linguagem podem manifestar, em paralelo, sinais de discalculia. Essa combinação agrava os impactos na vida escolar e exige intervenções adaptadas.
O conhecimento sobre essas causas e fatores de risco permite que professores e profissionais de saúde adotem estratégias mais eficazes. Assim, torna-se possível oferecer suporte direcionado, favorecendo a inclusão e reduzindo barreiras para o aprendizado.