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Esfinge

Conhecimento Geral - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 27/9/2022

Introdução

Esfinges são tradicionais figuras mitológicas com corpo de leão e cabeça humana, geralmente de algum faraó importante, como forma de homenagem ou de exaltação.

Geralmente, as esfinges eram construídas na entrada dos templos e pirâmides egípcias, como símbolo de proteção e segurança ao local, evitando que estrangeiros ou saqueadores pudessem acessar as áreas internas.

Índice

Significado Mitológico

O corpo de leão das esfinges egípcias representa a força e a imponência deste animal, que protege a entrada de templos e pirâmides. O leão é considerado o protetor dos locais sagrados. A cabeça, por sua vez, representa a inteligência e racionalidade do faraó.

Mitologicamente, a esfinge é responsável pela proteção, que é feita de forma melhor quando a força é associada e conduzida pela inteligência, sensatez e racionalidade.

É um modelo que segue a representação antropozoomórfica de deuses e figuras mitológicas, frequentemente usadas na escultura e pintura egípcia.

Esfinge Grega e Esfinge Egípcia

A esfinge também é representada na sociedade grega. No entanto, apresenta algumas diferenças em relação à egípcia. A esfinge grega tem o corpo de leão, asas de pássaro e rosto de mulher.

Na mitologia grega, as esfinges são descritas como criaturas más, traiçoeiras e impiedosas. Elas criavam enigmas e, quando não obtinham resposta, devoravam os homens que não foram capazes de responder seus questionamentos.

A esfinge egípcia era descrita como menos traiçoeira, tendo como principal função a proteção de templos e pirâmides. No entanto, o uso da violência também era feito, mas apenas quando necessário.

No decorrer do tempo, as esfinges egípcias passaram a ser associadas à violência e fúria das gregas, por conta de uma citação na tragédia grega de Sófocles, Édipo Rei.

Sófocles atribui à esfinge localizada no templo de Tebas a seguinte frase dita à Édipo: “Decifra-me ou te devoro”. A partir disso, a figura de todas as esfinges associou-se à criação de enigmas e à punição dos homens que não acertam as questões.

Esfinge egípcia exposta no Louvre, em Paris.

Esfinge de Gizé e outras esfinges egípcias

A mais conhecida esfinge egípcia é a de Gizé, localizada no planalto de Gizé, região norte do Egito e às margens do rio Nilo. Essa esfinge foi esculpida em um único bloco de pedra. Mede 20,22 metros de altura, 73,5 metros de comprimento e 19,3 metros de largura.

A escultura foi construída no período da IV Dinastia Egípcia, entre 2723 a.C. e 2563 a.C. Entre as patas do leão, encontram-se um pequeno templo e uma necrópole. Há dúvidas quanto ao faraó representado. Enquanto alguns historiadores afirmam se tratar do faraó Quéfren, outros acreditam ser Djedefré, irmão de Quéfren.

Devido ao desgaste natural, algumas partes da esfinge não podem ser mais vistas, como o nariz, uma serpente localizada na cabeça, a barba e o queixo da esfinge.

Além da escultura representada em Gizé, podem ser encontradas as esfinges que representam o Deus Amon, na cidade de Tebas, e a esfinge de Alabastro, em Mênfis.

Esfinge de Gizé

A redescoberta da Esfinge de Gizé

Após o abandono da necrópole de Gizé, a esfinge foi soterrada pela areia até a altura dos  ombros. A primeira tentativa de desenterrar a escultura ocorreu por volta de 1400 a.C., no reinado de Tutmés IV. A segunda grande escavação ocorreu no reinado de Ramsés II.

No entanto, apenas em 1817 foi realizado um trabalho de escavação e manutenção, coordenado pelos italianos. Entre 1925 e 1936, a esfinge foi completamente revelada e recebeu reparos.

Já com a estrutura bastante danificada, teve a cabeça, que estava prestes a cair, reparada. O nariz da escultura nunca foi encontrado, e várias lendas foram criadas para justificar o sumiço dessa parte da estátua. Entre elas, está a que o nariz teria sido atingido pela artilharia de Napoleão Bonaparte, que teria levado a peça à França como recordação.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2010

Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge. Ela decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia.

(Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010 (adaptado))

No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:

A “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” (Jean Paul Sartre)
B Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” (Santo Agostinho)
C “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” (Arthur Schopenhauer)
D “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” (Michel Foucault)
E “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança.” (Friedrich Nietzsche)
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