A mitologia egípcia é constituída por um conjunto de mitos, lendas e histórias utilizadas por aquele povo para explicar a sua vida cotidiana. Vale ressaltar que, durante a Antiguidade Oriental pouco se sabia sobre o funcionamento científico da natureza e do universo. Sendo assim, a mitologia egípcia era uma forma de entender os fenômenos naturais.
Além disso, a mitologia estava entrelaçada com a religião do Egito Antigo, a qual era politeísta (pregava a crença em vários deuses). Essas divindades podiam ser antropomórficas (os deuses possuem características humanas, entretanto, se diferenciam através de poderes, principalmente o de transformação), zoomórficas (deuses em forma de animais) ou antropozoomórficas (deuses com características humanas e animais).
Mitologia egípcia é o conjunto de mitos e lendas do Egito Antigo, refletindo crenças em deuses politeístas como Osíris, deus do além, Ísis, deusa da magia, e Rá, deus do sol. Esses mitos explicam a origem do mundo, fenômenos naturais, e a vida após a morte, desempenhando papel crucial na religião e cultura egípcias. Os templos e textos antigos, como o Livro dos Mortos, preservam essas histórias ricas em simbolismo e ensinamentos morais.
O estudo sobre a mitologia egípcia é realizado de várias formas, como através de pirâmides, túmulos, estátuas e fontes escritas. As principais fontes escritas utilizadas são o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos, o Livro dos Mortos, os textos de Heródoto e os textos de Plutarco.
Ainda assim não há total consenso sobre as informações referentes a mitologia egípcia, devido a divergências a respeito dela em diferentes regiões do Egito Antigo.
Os egípcios acreditavam em vida após a morte e, portanto, preparavam o corpo do indivíduo para essa transição. Para isso, eles utilizavam técnicas para conservar o cadáver, como o embalsamamento. No entanto, o tratamento dado à pessoa morta variava de acordo com sua posição socioeconômica. O deus relacionado às técnicas de embalsamamento era Anúbis, pois ele embalsamou o próprio pai, Osíris.
Existiam diversas técnicas de embalsamamento, entretanto, a realizada na elite egípcia consistia na retirada do encéfalo através das narinas e dos órgãos da caixa torácica, exceto o coração, através de um corte feito na virilha. Após a retirada dos órgãos, o corpo era limpo com substâncias balsâmicas (daí o nome do procedimento) e revestido por sachês de sal, a fim de que toda a água fosse extraída. Depois de um mês o corpo era limpo e preenchido com panos novos. O corte feito na virilha era recoberto por uma espécie de lâmina de ouro e o corpo era enfaixado. Todo esse procedimento era tratado como um ritual e, portanto, durante todo o processo o Livro dos Mortos era lido para guiar o rito. Essa técnica permitia que o corpo permanecesse conservado por vários anos. Outros povos também realizavam esse procedimento, mas os egípcios se destacaram nessa prática.
As pirâmides do Egito Antigo eram monumentos erguidos em homenagem aos faraós, onde seus corpos mumificados eram protegidos.
De acordo com a mitologia egípcia, os filhos de Rá, Shu e Tefnut, tiveram dois filhos: Geb e Nut. Os filhos de Shu e Tefnut formaram um casal, essa era uma prática comum na mitologia egípcia. Rá, enfurecido por essa união, exigiu que seu filho, Shu, separasse Geb e Nut.
Dessa maneira, Shu pressionou Geb para baixo, constituindo a terra em que os seres humanos vivem; e pressionou Nut para cima, formando o céu. Shu, então, permaneceu entre os dois e se tornou o ar.
Segundo a mitologia egípcia, quando uma pessoa morria, o deus Anúbis a recepcionava e pesava seu coração em uma balança para avaliar como a pessoa tinha se portado enquanto viva. O coração era pesado em relação a uma representação da pluma da deusa Maat. Aquele que pesasse mais que a pluma era considerado impuro.
Após a avaliação de Anúbis, a pessoa era encaminhada ao julgamento final realizado pelo deus Osíris, que por meio de questionamentos ponderava sobre o destino daquele indivíduo.
Os que eram aprovados, viviam em uma espécie de paraíso semelhante à Terra por toda a eternidade, juntamente com os deuses. Eesse local era chamado de Aaru. Já os que eram reprovados tinham seus corações devorados por Ammit (representada por uma cabeça de crocodilo e por um corpo híbrido, com partes de leão e de hipopótamo) e viviam por toda a eternidade no Duat, uma espécie de submundo.
Os Estados teocráticos da Mesopotâmia e do Egito evoluíram acumulando características comuns e peculiaridades culturais. Os egípcios desenvolveram a prática de embalsamar o corpo humano porque: