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Antiguidade Oriental

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Antiguidade Oriental é um conceito utilizado para identificar as civilizações que se desenvolveram durante a Idade Antiga no Oriente, em especial no norte da África e no Oriente Médio, como a egípcia e mesopotâmica. Essa denominação é dada em oposição ao conceito de Antiguidade Clássica - ou Ocidental - que se dedica principalmente ao estudo de Grécia e Roma.

As civilizações da Antiguidade Oriental, apesar de possuírem diversas peculiaridades entre si, atendem a algumas características em comum. Essas sociedades se caracterizaram pela formação dos primeiros Estados centralizados, com governos teocráticos baseados em crenças politeístas, ou seja, que acreditavam em mais de uma divindade.

No caso da Mesopotâmia e do Egito, eram economias baseadas na produção de excedentes agrícolas, que dependiam muito dos recursos hídricos disponíveis: os rios Tigre e Eufrates, para os mesopotâmicos, e o Rio Nilo, para os egípcios.

Em virtude disto, a região onde essas civilizações floresceram ficou conhecida como “crescente fértil”. Nesse sentido, os Estados que se estabeleceram nessa região tinham a propriedade das terras cultiváveis, e a produção se dava através de regimes de servidão coletiva.

A disputa pelo domínio daquele território fez com que a região da crescente fértil fosse alvo de intensos conflitos e passasse pelo controle de diferentes povos durante a Antiguidade. 

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Egito

A civilização egípcia se construiu no norte da África a partir de diversos agrupamentos, chamados nomos, que se instalaram às margens do Rio Nilo.

Com o crescimento desses povoamentos e a necessidade de mão de obra para expandir as áreas cultiváveis, os nomos se organizaram em dois reinos, Alto e Baixo Egito.

Esse é a primeira fase da história do Egito, denominada “pré-dinástica”. Por volta de 3100 a.C., Menés, rei do Baixo Egito, lidera a conquista do Alto Egito e unifica as duas regiões, dando origem à segunda fase da história do Egito, o período “dinástico”.

A fase entre a unificação do Egito e a criação do Império ficou conhecida como Período Arcaico (3100-2700 a.C.). Foi seguida do Antigo (2700-2200 a.C.), Médio (2050-1750 a.C.) e Novo Império (1550-1070 a.C.), quando o Egito entrou em sua fase de decadência e sofreu fortes agitações internas, levando novamente à divisão em dois reinos por volta de 1100 a.C., e, posteriormente, a invasões estrangeiras.

Durante o período de auge do Império, a sociedade era dominada pelo Faraó, maior autoridade do Egito e considerado uma figura divina. Abaixo do Faraó estavam os nobres e sacerdotes. Estes eram responsáveis pelos assuntos religiosos.

Um degrau abaixo na hierarquia estavam os burocratas e escribas, funcionários do Faraó responsáveis pela administração do Império. E, no estrato inferior, estavam localizados camponeses, servos e escravos, responsáveis pela produção e pelas grandes obras do Império, como as Pirâmides e as obras hídricas.

Durante quase todo o Império Egípcio a religião era politeísta, de características antropozoomórficas (ou seja, os deuses possuíam formas humanas e animais), mas com um breve período monoteísta, sob comando do faraó Akhnaton.

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Mesopotâmia

A Mesopotâmia é uma região localizada no Oriente Médio, entre os rios Tigres e Eufrates, e seu nome significa “entre rios”. A exemplo do que ocorrera no Egito, a região da Mesopotâmia possuía extensas áreas férteis, o que favoreceu a ocupação humana.

Os diferentes povos que povoaram a região se organizaram em cidades-estados, ou seja, cidades independentes que possuíam governo próprio e autônomo.

Dentre os povos que se sucederam na Mesopotâmia desde cerca de 4000 a.C., estão sumérios, acádios, amoritas, assírios e caldeus. A organização desses povos, em geral, se dava a partir de um Estado centralizado, de crença politeísta, da existência de um estrato de sacerdotes, e do regime de servidão coletiva para produção e construção de obras.

Podemos destacar, entre as especificidades de cada um desses povos, a criação da escrita cuneiforme pelos sumérios; e a elaboração do “Código de Hamurabi” pelos amoritas (ou babilônios). O Código de Hamurabi é o mais antigo código de leis conhecido, baseado na “lei do Talião”, cujo princípio mais conhecido era o do “olho por olho, dente por dente”.

O último desses povos a dominar a região mesopotâmica antes da dominação helenística (330 a.C.) foram os caldeus, também chamados de neobabilônicos, cujo rei mais importante foi Nabucodonosor, responsável pela construção dos Jardins Suspensos da Babilônia e pela escravidão do povo hebreu no chamado “cativeiro da Babilônia”.

Outros povos e civilizações

Fenícios

Povo que vivia na costa oriental do Mediterrâneo, na Ásia, e se organizava em cidades-estados. Exerceram grande influência na região através do comércio marítimo, e foram os criadores do primeiro alfabeto. 

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Persas

Estavam localizados, a princípio, ao norte do Golfo Pérsico, mas o Império Persa foi responsável por uma das maiores expansões territoriais da Antiguidade, ocupando a Ásia Menor e a Mesopotâmia, atingindo também o norte da África e as margens do rio Danúbio, na Europa.

Em razão disso, o império foi dividido em “satrapias”, espécies de províncias que possuíam relativa autonomia. Os persas também são responsáveis pela difusão do dualismo (a crença na existência de duas forças, uma representando o bem, e outra o mal). 

Hebreus

Eram um povo monoteísta, ou seja, que acreditava em um único deus. Durante a Antiguidade, viveram na região da Palestina, mas também foram escravizados pelos egípcios e, posteriormente, pelos neobabilônicos. 

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2009

O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do Nilo.

O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito diferente, pois

A significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.
B representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos.
C significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos.
D representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.
E significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada em crenças e superstições.

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