A escravidão pode ser definida como o exercício de uma prática social em que um indivíduo ou um grupo de indivíduos são tratados como propriedades de outros. Diversas sociedades em distintos tempos históricos tiveram a escravidão como parte de sua estrutura social, econômica e política.
A escravidão existe desde a Antiguidade Clássica, presente entre egípcios, assírios, hebreus, gregos e romanos. Os tipos de trabalho, a forma de captura e as possibilidades de liberdade variavam de acordo com o povo que estava sob o domínio da mão-de-obra escravizada. Além disso, os escravizados eram principalmente prisioneiros de guerra ou pessoas endividadas que acabavam por trabalhar de graça para quitar o que deviam.
A escravidão foi uma instituição que perdurou durante a Idade Média, sofrendo importantes transformações na transição para a Idade Moderna. A expansão marítima e comercial das grandes potências europeias promoveu a chegada em continentes vastos, transformados em colônias e explorados economicamente.
Diante dos desafios da ocupação territorial e aproveitamento financeiro efetivo, os europeus passaram a buscar mão-de-obra escrava no continente africano.
Além disso, a Igreja Católica investiu na construção de uma concepção que afirmava a superioridade racial dos homens brancos em detrimento da população negra africana.
Esses fatores contribuíram para a consolidação do tráfico atlântico que levou africanos de diversas etnias para vários lugares no mundo, como escravizados.