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Jean-Paul Sartre

Filosofia - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Jean-Paul Sartre nasceu em Paris em 1905 e faleceu na mesma cidade em 1980. Desde muito cedo Sartre teve contato com as obras dos grandes filósofos, pensadores e artistas franceses.

Em 1933 Sartre passou um período na Alemanha e entrou em contato com a filosofia existencialista de Husserl, Heidegger, Jaspers, Scheller e Kierkegaard. O contato com os pensadores alemães fez com que Sartre desenvolvesse uma própria versão do existencialismo, movimento do qual se tornou um dos maiores nomes no ocidente.

Sartre participou da segunda guerra mundial. Ao retornar à Paris, aproximou-se do partido comunista francês e juntamente com Merleau Ponty, Simone de Beauvoir e Raymond Aron, fundou a revista Socialismo e Liberdade. Como membro do partido comunista Sartre participou ativamente de reuniões e dos movimentos sociais, foi uma importante presença intelectual nas manifestações de maio de 1968.

A obra de Sartre não se limita somente à filosofia, o autor escreveu também ensaios, peças de teatro, romances, novelas e panfletos políticos.

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Existencialismo

O existencialismo, movimento do qual Sartre é um dos grandes representantes, está  pautado na condição de liberdade do homem que por sua vez, se reflete nas condições de existência do ser. Por ter liberdade incondicional, a essência humana é construída a partir das escolhas de cada indivíduo.

O existencialismo defende que toda a responsabilidade perante as ações se concentra no indivíduo, por ele ser completamente livre para realizar escolhas. A liberdade de escolha é encarada como um elemento gerador, no qual ninguém é responsável pelo fracasso ou sucesso, a não ser o próprio indivíduo através de suas escolhas e ações.

A corrente existencialista e seus pensadores definem que a existência humana é baseada no desespero e angústia. Toda escolha implica em uma ou várias perdas, diante das possibilidades com as quais os indivíduos se deparam, as escolhas que precisam fazer e os caminhos que resolvem seguir.

Seguindo os princípios existencialistas, Sartre publica sua versão pessoal da corrente, baseando-se na obra de Heidegger, o livro O ser e o nada é publicado em 1943.

O ser e o nada

Na obra mais emblemática sobre o existencialismo, Sartre define que a consciência humana  é sempre a consciência sobre alguma coisa, ao contrário dos homens, os objetos não tem consciência nenhuma. Os objetos  são portanto chamados por Sartre de “em si”. 

O “em si” representa portanto, as coisas materiais e os seres que não passam daquilo que aparentam ser, não são e não podem ser nada além disso por não terem nenhuma consciência ou atividade reflexiva. Diante dessas características, a negação e a afirmação não se apresentam para o “em si”, já que as duas são fruto da consciência, pensamento e reflexão.

O “para si” é a consciência do homem, que está presente no mundo e no “ser em si”. A consciência é a própria existência do homem. Homem e consciência são completamente livres e são entendidos como sendo uma mesma coisa. No entanto, ao contrário do “ser em si”, a consciência é incompleta e diante da condição de liberdade, pode tornar-se qualquer coisa.

Ao fazer escolhas, Sartre define que o homem escolhe então a si mesmo, mas não é capaz de escolher sua própria existência. Dessa ideia surge a famosa máxima existencialista sartriana de que a existência precede a essência.

A obra O ser e o nada representa, portanto, a maneira como Sartre enxerga o existencialismo e a maneira como conduz seus trabalhos filosóficos de caráter essencialmente existencialistas.

Solidão, Angústia. Solidão, Angústia. 

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UFU/2002

Liberdade, para Jean-Paul Sartre (1905-1980), seria assim definida:

A o estar sob o jugo do todo para agir em conformidade consigo mesmo, instaurando leis e normas necessárias para os indivíduos.
B circunstâncias que nos determinam e nos impedem de fazer escolhas de outro modo.
C conformação às situações que encontramos no mundo e que nos determinam.
D escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. “Estamos condenados à liberdade”, segundo o autor.
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