A saída do homem do estado natural para a condição de civilizado implica o rompimento de cada ser com o estado natural. A partir desse rompimento torna-se necessária a existência de um contrato social responsável por reger a soberania e relações de poder entre os homens, que por sua vez, deve ser legítima e atender ao bem comum e a vontade geral.
A autoridade legítima e aceita pelos homens na condição de civilizados é transferida de cada um, individualmente, para o Estado, que passa a ser detentor das liberdades individuais, mas que deve no entanto, prezar pela vontade da maioria.
Para o suíço a força do Estado depende da transferência das liberdades de cada indivíduo. Se cada ser social abre mão de suas liberdades e se submete ao poder do Estado, ninguém se submete unicamente, isso dá aos homens a impressão de igualdade e produz um corpo moral e coletivo forte, gerido por uma única instituição.
O objetivo do Estado passa ser então, o bem comum e para isso, pode utilizar-se dos meios necessários para atingir seu propósito. No estado civil, os homens são considerados iguais perante a justiça, o que possibilita que o Estado de certa forma, devolva as liberdades cedidas pelos homens.