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Marte

Geografia - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

O planeta Marte é o quarto do sistema solar e um dos seis planetas que podem ser vistos da Terra. Os romanos batizaram o planeta com o nome do Deus da Guerra, por conta da cor avermelhada, que lembra sangue. Marte também chamado de planeta vermelho e tem a superfície dessa cor por conta das altas concentrações de óxido de ferro.

A superfície do planeta é repleta de rochas espalhadas em seu território bastante seco. No século XIX, uma equipe de astrônomos identificou no planeta um vulcão três vezes maior que o Monte Everest. Batizado de Monte Olimpo, o maior vulcão identificado no sistema solar possui cerca de 25 mil metros de altura e 624 metros de diâmetro.

Formação

Os planetas terrestres formaram-se a partir da colisão de grandes partículas sólidas, chamadas de embriões planetários.

Astrônomos apontam que uma hipótese para a formação do planeta vermelho ocorreu a partir do acúmulo de massa de um embrião planetário com outras partículas menores e, por isso, Marte não teria sofrido um número grande de colisões entre embriões planetários, apenas o acúmulo de pequenos grupos de partículas.

Os cientistas Nicolas Dauphas, da Universidade de Chicago, e Ali Pourmand, da Universidade de Miami, publicaram, em maio de 2011, um artigo na revista científica Nature afirmando que Marte adquiriu sua massa e formou-se como planeta em um período muito curto de tempo, entre 2 e 4 milhões de anos, o que justifica também o seu pequeno tamanho. 

Dados dos cientistas mostram também que o planeta vermelho formou-se antes da dissipação da nuvem gasosa composta por hidrogênio, hélio e pó que deu origem ao Sistema Solar.

Composição

atmosfera de Marte é composta por 95% de dióxido de carbono. Fazem parte dos 5% restantes os gases azoto, árgon, oxigênio, neônio, nitrogênio e água na forma de vapor. A atmosfera do planeta é fria e seca, e as temperaturas variam de -140º C a 20º C.

A pouca água existente no planeta é encontrada na forma de pequenos pedaços de gelo misturados ao solo ou em forma de vapor espalhado pela atmosfera. Em alguns períodos, depois de passar por um processo de condensação, a água pode ser também encontrada em nuvens.

Apesar das condições, atualmente, pouco propícias para encontrar grande quantidade de água no estado líquido, os cientistas acreditam que, há milhões de anos, Marte abrigou imensos rios, que inclusive deixaram marcas características de relevos hidrográficos na superfície do planeta vermelho.

A Busca por vida

Embora apresente grandes diferenças em relação ao ambiente terrestre, Marte ainda é o planeta do sistema solar em que o clima e relevo são mais parecidos com os existentes na Terra. As semelhanças serviram para que fossem iniciadas pesquisas e expedições buscando vida no planeta.

Em julho de 2018, cientistas da Agência Espacial Italiana anunciaram a existência de água líquida e em oferecimento constante no planeta. A água líquida foi encontrada 1,5 km abaixo de uma camada de gelo, próxima ao Polo Sul de Marte, em um lago de 20 quilômetros de diâmetro. 

A descoberta de um reservatório perene de água reacendeu a busca por vida no planeta. Embora as condições climáticas sejam ruins, o lago encontrado é muito semelhante aos existentes nas regiões polares da Terra, onde vivem alguns organismos pluricelulares.

A emissão do gás metano no planeta pode, também, colaborar para o surgimento de alguns organismos pluricelulares.

Expedições

Em 1960, foram iniciadas as primeiras expedições para o reconhecimento da superfície marciana, durante o período da Corrida Espacial. Mas foi somente em 1964 que a sonda Martiner 4, enviada pelos Estados Unidos, pousou em território marciano e enviou fotos da superfície à Terra.

Durante as décadas de 1970 a 1990, várias sondas pousaram em Marte e enviaram à Terra uma série de fotos e informações sobre as características do clima, composição atmosférica e relevo marciano.

No entanto, muitas missões falharam, o que fez com que, nos anos 2000, a Nasa reformulasse os programas de exploração do planeta.

A missão Curiosity, da Nasa, enviou, no final de 2011, um robô ao planeta vermelho, para explorar as condições de envio de uma viagem tripulada até 2030.

A missão mais atual, chamada In Sight, lançou uma sonda em maio de 2018 e aterrissou no planeta em novembro do mesmo ano.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
(FATEC/2016)

Use o texto para as questões 1 e 2.

Viagem sem volta a Marte

Duzentas mil pessoas se candidataram para participar do projeto Mars One para colonizar o Planeta Vermelho. Representantes de mais de 140 países inscreveram-se para a viagem sem volta, sendo que os Estados Unidos (EUA) lideram em número de candidatos, seguidos por Índia, China, Brasil e Grã-Bretanha.

 A equipe do Mars One garante que a tecnologia disponível já permite viajar para Marte e sobreviver lá. A água, por exemplo, será obtida aquecendo-se as partículas de gelo do subsolo e condensando o vapor resultante em reservatórios específicos. Quando o primeiro grupo chegar a Marte, o sistema de suporte à vida da missão já terá estocado 3 mil litros de água e 120 quilogramas de oxigênio.

 Embora a equipe demonstre constante otimismo, a missão obviamente contém riscos. Os principais, durante o voo de sete meses, são a exposição à radiação e à microgravidade, prejudiciais ao sistema músculo esquelético, e o ambiente hostil de Marte. A radiação, que engloba os raios cósmicos galácticos e solares, é considerada pela NASA (a agência espacial americana) um obstáculo fundamental às viagens espaciais por aumentar o risco de câncer.

 O Southwest Research Institute, dos EUA, calcula que só a viagem até o Planeta Vermelho responde pela absorção de 330 milisieverts de radiação no organismo, o equivalente a uma tomografia de corpo inteiro a cada cinco ou seis dias, durante um ano. Portanto, tanto as naves que levarão os astronautas quanto a base marciana exigirão blindagens bem mais resistentes do que as atuais.

 Uma pergunta crucial em um projeto de tal porte é o custo. As inscrições são pagas. Assistir ao documentário One Way Astronaut(Astronauta sem Volta), disponível no site, também tem um custo. A grande esperança do projeto para obter financiamento é um reality show de tv e internet. Nas palavras do engenheiro holandês Bas Lansdorp, um dos envolvidos à frente do Mars One, “Estamos falando sobre criar um grandioso espetáculo de mídia, muito maior do que os pousos na Lua ou as Olimpíadas.”

(http://tinyurl.com/zp6l8lq Acesso em: 27.02.2016. Adaptado)

O Sistema de Coordenadas Geográficas é definido por linhas imaginárias, que têm como objetivo localizar qualquer ponto sobre a superfície terrestre.

No Planeta Marte, um sistema semelhante ao descrito:

A pode ser utilizado, uma vez que esse planeta é o maior do sistema solar e o que possui a maior massa.
B pode ser utilizado, pois esse planeta possui formato aproximadamente esférico, assim como a Terra.
C não pode ser utilizado, por causa da existência de um intenso campo gravitacional ao seu redor.
D não pode ser utilizado, já que sua composição atmosférica é diferente da Composição encontrada na Terra.
E não pode ser utilizado, haja vista que esse sistema só pode ser aplicado em um planeta que apresente hidrosfera semelhante à terrestre.
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