Também conhecido como Campos do Sul ou Pampas, a Pradaria é um bioma caracterizado, principalmente, pela presença de vegetação campestre, típica de regiões de clima subtropical, composta por gramíneas, herbáceas e algumas árvores.
Na América do Sul, este bioma ocupa uma área de 750 mil km². No Brasil, a Pradaria está restrita ao Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176 mil km², o que corresponde a 63% do território desse estado e 2% do território nacional.
Nesta região, a Pradaria também é chamada de Pampa, termo de origem indígena que significa “região plana”. Fora do Brasil, esse bioma se estende por terras do Uruguai e da Argentina.
Entretanto, há outros tipos conhecidos de Pradarias, como as Pradarias altas e Pradarias com características semelhantes à Savana.
Animais típicos das pradarias incluem espécies adaptadas a ambientes abertos e gramíneos, como o bisão e o antílope na América do Norte, o guanaco na Pampa sul-americana, e a gazela nas estepes da Eurásia. Predadores como o lobo e aves de rapina também são comuns, aproveitando a abundância de herbívoros. Esses animais se adaptam às condições de pouca sombra e recursos hídricos variáveis.
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As Pradarias encontradas na América do Sulpossuem vegetação campestre, que aparenta ser um imenso tapete verde. Isso é resultado da uniformidade das gramíneas, que podem medir até um metro de altura. Entretanto, há outros tipos conhecidos de Pradarias, como as Pradarias altas e Pradarias com características semelhantes à Savana.
Na América do Sul, devido à predominância da uniformidade das gramíneas nas Pradarias, este bioma pode ser considerado pobre em espécies. Contudo, destaca-se que há uma maior biodiversidade nas suas áreas mais altas. Nas encostas de planaltos, existem matas com grandes pinheiros e outras espécies de árvores, como a cabreúva, a grápia e o cedro.
Em relação à fauna, já foram encontradas nas Pradarias 102 espécies de mamíferos, 476 de aves e 50 de peixes.
No grupo dos mamíferos, encontram-se o tatu, o guaxinim e o zorrilho. O gato-dos-pampas e a preguiça-de-coleira também são duas espécies típicas da região, contudo, encontram-se em risco de extinção.
Entre as aves mais comuns deste bioma estão o marreco, o pica-pau do campo, a coruja-buraqueira, o quero-quero e o cisne-de-pescoço-preto.
Entre as 50 espécies de peixes já catalogadas estão o tamboatá, o surubim, o lambari-listrado, o lambari-azul e o cação-anjo.
Nas Pradarias também existem répteis e insetos. No primeiro grupo encontra-se a cobra-cipó e o cágado-de-barbicha. Entre as espécies de insetos encontradas nesse bioma, está a vespa e o famoso bicho-da-maçã.
Este bioma trata-se de um patrimônio natural, genético e cultural de grande importância nacional e global. Também é na região das Pradarias que fica a maior parte do aquífero Guarani.
Os solos das Pradarias normalmente são férteis, ricos em húmus (matéria orgânica), uma vez que os campos têm vida curta e fornecem grande quantidade de detritos para serem decompostos. Por este motivo, as regiões deste bioma são normalmente procurados para desenvolvimento de atividades agrícolas.
A progressiva introdução e expansão das monoculturas e das pastagens tem levado a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais das Pradarias brasileiras. Estimativas de perda de habitat dão conta de que em 2002 restavam 41,32% e em 2008 restavam apenas 36,03% da vegetação nativa deste bioma.
Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil, a Pradaria é o bioma que possui menor representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando apenas 0,4% do território continental brasileiro protegido por unidades de conservação.
Neste cenário, o incentivo às atividades econômicas de uso sustentável é essencial para assegurar a conservação da Pradaria. A diversificação da produção agrícola e a valorização da pecuária com manejo do campo nativo são exemplos de medidas que podem auxiliar na conservação da biodiversidade e, também, no desenvolvimento econômico e social da região.
O mapa abaixo destaca a área de ocorrência dos Pampas, no Brasil. Além de apresentarem solos susceptíveis à erosão, os Pampas se caracterizam: