A formação da Espanha:
A formação da monarquia nacional da Espanha foi um fator fundamental para o Descobrimento da América.
Quando os reinos independentes de Leão, Aragão e Castela são unificados pelo casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela e Leão, em 1469, começa a se desenhar o que viria a ser o Estado centralizado da Espanha.
Foram reunidos recursos que possibilitaram as grandes navegações empreendidas por essa nação.
Um dos motivos que levaram à união dos reinos foi a tentativa de reunir forças para as chamadas Guerras de Reconquista, que tinham por finalidade expulsar os muçulmanos da Península Ibérica.
Enquanto desde o começo do Século XV, Portugal já se dedicava a desbravar os mares em busca de novas rotas comerciais e mercados consumidores, a Espanha ainda priorizava por concentrar suas energias na expulsão dos mouros.
Consequentemente, no ano em que a última região sob domínio muçulmano, Granada, é conquistada pelos espanhóis, em 1492, os reis da Espanha decidem por financiar a primeira expedição da expansão marítima espanhola, comandada por Cristóvão Colombo.
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As investidas de Cristóvão Colombo
É no século XV, a partir do desenvolvimento da ciência durante o Renascimento Cultural, que a ideia de que a Terra é plana começa a se desconstruir, dando espaço a perspectiva de que o planeta é esférico.
Colombo, irmão de um cartógrafo do reino português, em contato com esse conhecimento, passou a defender a possibilidade da chegada ao Oriente por rotas no Ocidente, perseguindo o pôr do sol.
É bem verdade que essa perspectiva foi rechaçada pela Igreja Católica neste momento, uma vez que teria bases nas tradições árabes e judaicas, o que quase custou ao navegador a condenação à fogueira da Inquisição em 1486.
Insistindo em sua rota até às Índias, com base no mapa desenvolvido pelo Florentino Toscanelli, Colombo requisita poder junto a Portugal para realização dessa navegação.
Seu pedido é negado por D. João II que estava determinado a direcionar os esforços marítimos portugueses para chegar às Índias através do Périplo Africano.
Somente em 1492, em uma segunda tentativa, Cristóvão Colombo consegue angariar o apoio dos reis espanhóis Isabel de Castela e Leão e Fernando de Aragão, e parte das Ilhas Canárias com três embarcações (Pinta, Nina e Santa Maria), com o objetivo de chegar ao Oriente.