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Álcool em gel

Química - Manual do Enem
Sara Nahra Publicado por Sara Nahra
 -  Última atualização: 27/9/2022

Índice

Introdução

O ano de 2020 chegou e, com ele, um dos momentos mais difíceis da humanidade: a pandemia do Covid-19. O vírus nos trouxe diversas responsabilidades, como lavar muito bem as mãos com água e sabão, usar a máscara de forma apropriada em locais públicos, manter o distanciamento social, evitando com isso aglomerações, ficar em casa, se possível, etc.

Um dos nossos maiores aliados nesse momento tão crítico tem sido o álcool em gel, sendo o álcool etílico 70% na forma de gel o mais recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). 

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A origem do álcool em gel

O álcool em gel é usado desde a antiguidade no Egito Antigo como antisséptico para desinfectar ferimentos. Mas, foi apenas em 1875 que o cientista Leonid Bucholz descobriu que o álcool em gel poderia ser utilizado como esterilizador, uma vez que o etanol era capaz de enfraquecer a barreira de células de bactérias e eliminar os germes.

Em 1911, foi descoberto que o álcool 70% era o mais efetivo como esterilizador. Acima de 70%, o álcool evapora muito rápido a ponto de não conseguir eliminar os germes a tempo. Com o decorrer das pesquisas e evolução dos pesquisadores, na década de 30, o álcool isopropílico foi considerado o mais eficiente para ser usado como antisséptico em comparação ao etanol, sendo bastante usado em hospitais devido a sua elevada eficiência.

Em 1946, o casal Jerome e Goldie Lippman começaram a procurar alguma substância capaz de limpar as mãos sem causar danos à pele, encontrando um produto derivado do petróleo. Fundaram assim a empresa Gojo em Ohio, nos Estados Unidos. Foram eles os responsáveis por patentearem os dispensers para estocar álcool nas paredes e facilitar o acesso às pessoas.

Acredita-se que o álcool em gel foi inventado por uma estudante de enfermagem chamada Lupe Hernandez, em 1968 na Califórnia, nos Estados Unidos. O intuito do álcool em gel na época era substituir água e sabão em hospitais na falta destes, facilitando com isso a vida dos profissionais da saúde.

Com o encarecimento do petróleo na década de 1980, a empresa Gojo criou o Purell, o primeiro álcool em gel do mercado.


Química do álcool em gel

Quimicamente falando, o álcool é um composto orgânico que possui o grupo hidroxila -OH ligado a um carbono saturado (carbono ligado a outras três moléculas com ligações simples), conforme mostrado abaixo: 

O álcool pode ser classificado em três categorias: álcool primário, álcool secundário e álcool terciário.

O álcool etílico, também conhecido como etanol ou álcool comum, é classificado como álcool primário, uma vez que sua estrutura é composta por uma hidroxila ligada diretamente a um carbono primário, como pode ser visto na figura:

CH– CH2 – OH

O etanol é composto por duas moléculas de carbono, cinco moléculas de hidrogênio e uma molécula de oxigênio, como mostrado na figura acima. Contém apenas ligações simples entre os carbonos. Por isso, em sua nomenclatura oficial, temos o ET- referente à quantidade de carbonos, -AN-, referente à presença de ligações simples apenas, e -OL, referente ao composto orgânico álcool.

O álcool secundário é aquele cuja hidroxila se encontra ligada diretamente a um carbono secundário, ou seja, um carbono ligado a outros dois carbonos; enquanto que o álcool terciário é aquele cuja hidroxila se encontra ligada diretamente a um carbono terciário, ou seja, um carbono ligado a outros três carbonos.

Além disso, o álcool apresenta uma característica muito importante, sendo classificado como uma molécula anfifílica, apresenta em sua estrutura uma parte polar (-OH), solúvel em água, e uma parte apolar (CH– CH2 –), que é solúvel em solventes orgânicos, como a gasolina ou óleos.

Por que o “gel” está presente no álcool?

Os principais ingredientes que são necessários para preparar um bom álcool em gel são o etanol, água devidamente purificada e espessante. Além disso, pode-se adicionar também alguns aditivos, como o peróxido de hidrogênio e glicerol.

Com isso, a presença dos aditivos adicionados ao álcool, que o tornam em “gel” faz com que este se torne menos inflamável, evite o ressecamento da pele, além de manter o álcool presente no produto, ou seja, diminui a volatilidade do etanol.

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o pH ideal de um álcool em gel deve girar em torno de 5 e 7 enquanto que a viscosidade deve estar acima de 8000 mPa.s (a 20 rpm).

Álcool em gel e o coronavírus

Vocês devem estar se perguntando: mas, por que o álcool em gel é tão eficaz contra o coronavírus? O álcool etílico 70% causa a desnaturação das proteínas e das estruturas lipídicas da membrana celular dos microrganismos, sejam eles bactérias, vírus ou fungos.

Por isso é muito importante estar sempre utilizando o álcool em gel para a própria proteção e das pessoas ao redor.

O único problema que pode tornar seu uso desagradável é quando o aspecto do gel parece mais detergente do que realmente álcool, ou seja, se torna muito pegajoso. Isso ocorreu, pois quando iniciou-se a produção em escala muito alta desse antisséptico, houve falta de carbopol no mercado

O carbopol é um espessante utilizado na produção do álcool em gel com o intuito de aumentar a viscosidade do produto, e para suprir essa falta muitas indústrias passaram a utilizar um substituto desse espessante, que garantiria a eficácia da proteção, porém diminuiria a qualidade do produto final. 

Apesar disso, outros aditivos também foram adicionados para proporcionar a hidratação da pele e evitar seu ressecamento, como por exemplo, a manteiga de karité, ceramidas e pantenol. Todas essas variantes influenciaram no fato do álcool ter se tornado mais pegajoso.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
PUC-RS/2016

Um dos cuidados básicos em relação à prevenção da gripe A, cujo vírus é conhecido como H1N1, consiste em fazer vacina. Entretanto, também é fundamental lavar as mãos com frequência e usar o álcool gel. Em relação a esse produto, pode-se afirmar que é uma:

A solução diluída de etanol.
B suspensão de álcool etílico.
C dispersão coloidal contendo etanol.
D mistura homogênea de álcool etílico e metanol.
E mistura homogênea de etanol e um tensoativo.
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