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Modelos Atômicos: o que são, quais existem e qual é o modelo atômico atual

Química - Manual do Enem
Miguel Bertelli Publicado por Miguel Bertelli
 -  Última atualização: 28/3/2024

Introdução

Modelos atômicos são representações teóricas que descrevem a estrutura e o comportamento do átomo, a menor unidade de matéria. Desde o modelo simplista de Dalton, passando pelo átomo "plum pudding" de Thomson, até o modelo planetário de Bohr e a complexa mecânica quântica, esses modelos evoluem com o avanço científico, explicando a organização dos elétrons, nêutrons e prótons.

O que são os modelos atômicos?

Os modelos atômicos são representações teóricas da estrutura do átomo, desenvolvidas ao longo da história para explicar observações experimentais sobre a natureza da matéria. Esses modelos evoluíram à medida que novas descobertas foram feitas, e cada um reflete o entendimento da estrutura atômica na época em que foi proposto.

Os modelos atômicos são teorias elaboradas por cientistas com o objetivo de desvendar o funcionamento da matéria e seus fenômenos. Todos esses modelos têm como base a concepção do átomo como a partícula fundamental.

A compreensão do átomo tem evoluído ao longo do tempo, acompanhando os avanços científicos da época. Entre os modelos atômicos desenvolvidos, destacam-se: modelo atômico de Dalton, modelo atômico de Thomson, modelo atômico de Rutherford, modelo atômico de Bohr e modelo atômico de Schrödinger.

Diversos tipos de modelos atômicos pensados por cientistas

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Quais são os tipos de Modelos Atômicos?

Confira a evolução dos modelos atômicos ao longo da história:

  • Modelo atômico de Dalton (modelo bola de bilhar) em 1808.
  • Modelo atômico de Thomson (modelo pudim de passas) em 1898.
  • Modelo atômico de Rutherford (modelo planetário) em 1911.
  • Modelo atômico de Bohr (modelo Rutherford-Bohr) em 1913.
  • Modelo atômico de Schrödinger (modelo mais aceito atualmente) em 1926.

Índice

O que são os modelos atômicos?

O modelo atômico atualmente aceito pela comunidade científica é baseado na teoria da mecânica ondulatória desenvolvida por Erwin Schrodinger. De acordo com Schrodinger, os átomos possuem regiões onde é mais provável encontrar os elétrons, chamadas de orbitais eletrônicos. Este modelo é amplamente aceito e considerado como o mais válido na atualidade.

O modelo atômico atual é baseado na Mecânica Quântica:

  1. Orbitais Atômicos: Em vez de órbitas definidas como no modelo de Bohr, os elétrons são descritos por "orbitais", que são regiões de probabilidade ao redor do núcleo onde é mais provável encontrar um elétron.

  2. Natureza Dual: Os elétrons exibem propriedades de ondas e partículas. Não podemos especificar sua localização exata, apenas a probabilidade de encontrá-los em um lugar.

  3. Princípio da Incerteza: Não podemos conhecer a posição exata e o momento de um elétron simultaneamente com precisão total.

  4. Números Quânticos: Descrevem propriedades e posições prováveis dos elétrons.

  5. Spin: Uma propriedade dos elétrons, similar a um giro em torno de seu próprio eixo, com dois possíveis valores: +1/2 ou -1/2.

Este modelo quântico é fundamental para a física e química modernas, descrevendo com precisão o comportamento dos elétrons nos átomos.

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Modelo Atômico de Schrödinger: o mais atual

O modelo atômico proposto por John Dalton no início do século XIX é frequentemente comparado a uma bola de bilhar em termos de sua simplicidade e natureza maciça. Vamos detalhar as características fundamentais desse modelo:

  1. Átomos como Esferas Indivisíveis:

    • No modelo de Dalton, o átomo era visto como uma esfera sólida e indivisível, sem partes internas distinguíveis. Essa visão era um contraste significativo com a ideia anterior de que a matéria poderia ser dividida indefinidamente.
  2. Átomos de Elementos Diferentes:

    • De acordo com Dalton, cada elemento é composto de átomos de um tipo único e esses átomos de um elemento específico são idênticos em massa e propriedades. Átomos de diferentes elementos, no entanto, têm massas diferentes.
  3. Reações Químicas:

    • Dalton propôs que as reações químicas envolvem a rearrumação dos átomos. Em uma reação química, os átomos não são criados nem destruídos, nem são eles alterados. Em vez disso, eles simplesmente se rearranjam para formar novos compostos.
  4. Compostos Químicos:

    • Os compostos são formados pela combinação de átomos de dois ou mais elementos em proporções fixas. Isso significa que, por exemplo, a água sempre terá duas vezes mais átomos de hidrogênio do que oxigênio.

A analogia da "bola de bilhar" serve para destacar a simplicidade e natureza maciça do átomo no modelo de Dalton. Esse modelo foi fundamental na história da química, pois forneceu uma base sólida para a ideia de que a matéria é feita de partículas discretas, ou átomos. No entanto, com o avanço da pesquisa e descobertas subsequentes, o modelo de Dalton foi refinado e modificado para incorporar subpartículas dentro do átomo, levando a modelos atômicos mais avançados e detalhados.

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Modelo atômico de Dalton - Bola de bilhar

O modelo atômico proposto por J.J. Thomson no final do século XIX é frequentemente descrito como "pudim de passas" ou "bolo de ameixa" devido à sua representação visual. Esse modelo foi desenvolvido após a descoberta do elétron por Thomson, que foi a primeira indicação de que os átomos não eram, de fato, as menores partículas indivisíveis, contrariando a proposta anterior de Dalton.

Vamos detalhar as características fundamentais desse modelo:

  1. Natureza Elétrica dos Átomos:

    • Thomson propôs que o átomo era composto principalmente de matéria carregada positivamente, formando uma espécie de "pudim" ou "bolo".
  2. Elétrons Incrustados:

    • Dentro deste "pudim" carregado positivamente, estavam incrustados os elétrons, que são partículas de carga negativa. Estes elétrons estariam distribuídos aleatoriamente, assim como passas ou ameixas em um pudim ou bolo.
  3. Equilíbrio Elétrico:

    • O átomo como um todo seria eletricamente neutro. Isso significa que a quantidade de carga positiva no "pudim" compensaria exatamente a carga negativa dos elétrons.
  4. Descoberta Experimental:

    • O modelo foi baseado na descoberta de Thomson dos elétrons usando tubos de raios catódicos. Ele observou que os raios, que eram feitos de elétrons, eram atraídos por um eletrodo positivo, indicando que os raios tinham carga negativa. Daí veio a ideia de que os átomos deveriam conter essas partículas carregadas negativamente.

Apesar de revolucionário na época, o modelo de "pudim de passas" de Thomson foi posteriormente refutado pelos experimentos de Rutherford no início do século XX. Os experimentos de Rutherford com espalhamento de partículas alfa sugeriram que a maior parte da massa do átomo e toda a sua carga positiva estavam concentradas em um núcleo central muito pequeno, levando ao desenvolvimento do modelo planetário ou nuclear do átomo.

Modelo atômico de Thomson - Pudim de passas

O modelo atômico de Rutherford, frequentemente chamado de modelo planetário ou nuclear, foi proposto em 1911 após uma série de experimentos realizados por Ernest Rutherford e seus colaboradores. Estes experimentos envolveram o bombardeamento de finas folhas de ouro com partículas alfa (partículas carregadas positivamente emitidas por substâncias radioativas).

As descobertas principais e características desse modelo:

  1. Núcleo Atômico:

    • O aspecto mais significativo da proposta de Rutherford foi a introdução do núcleo, uma pequena região central no átomo que contém toda a carga positiva e praticamente toda a massa do átomo.
  2. Elétrons em Órbita:

    • Os elétrons orbitam este núcleo central, semelhante a planetas orbitando o Sol. No entanto, o modelo não especificava como esses elétrons orbitavam ou por que eles não caíam no núcleo, devido à atração da carga positiva.
  3. Átomo Principalmente Vazio:

    • Uma conclusão surpreendente dos experimentos foi que a maior parte do átomo é espaço vazio. A maioria das partículas alfa passou direto pela folha de ouro sem desvio, indicando que elas estavam passando por regiões desocupadas.
  4. Desvios Pequenos e Grandes:

    • Enquanto a maioria das partículas alfa passava direto, algumas eram desviadas por pequenos ângulos e, muito raramente, algumas partículas alfa eram desviadas por ângulos muito grandes ou até refletidas de volta. Isso sugeria que a carga positiva no átomo estava concentrada em um pequeno volume central, e quando as partículas alfa se aproximavam desse núcleo, elas experimentavam um desvio significativo.
  5. Refutação do Modelo de Pudim de Passas:

    • Os resultados do experimento de Rutherford contradiziam o modelo "pudim de passas" de Thomson, onde a carga positiva era pensada para ser distribuída uniformemente por todo o átomo.

Enquanto o modelo de Rutherford foi uma grande evolução na compreensão da estrutura atômica, ele também levantou questões, principalmente sobre como os elétrons se mantêm em órbita sem cair no núcleo. Essas questões eventualmente levaram ao desenvolvimento do modelo atômico de Bohr, que introduziu órbitas quantizadas para os elétrons.

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Modelo atômico de Rutherford

O modelo atômico de Bohr, proposto por Niels Bohr em 1913, foi uma tentativa de resolver alguns dos problemas apresentados pelo modelo de Rutherford. A principal questão era: por que os elétrons, ao orbitar o núcleo carregado positivamente, não espiralavam em direção ao núcleo e colidiam com ele, já que cargas opostas se atraem? Bohr incorporou ideias da nascente teoria quântica para responder a essa questão.

Aqui estão as características chave do modelo atômico de Bohr:

  1. Órbitas Quantizadas:

    • Bohr propôs que os elétrons só podem orbitar o núcleo em camadas específicas ou órbitas, onde cada órbita corresponde a um nível de energia específico. Essas órbitas são muitas vezes referidas como "níveis de energia".
  2. Transições entre Níveis de Energia:

    • Um elétron pode saltar de uma órbita para outra. Se um elétron salta para uma órbita de maior energia, ele absorve energia (geralmente na forma de um fóton de luz). Se ele salta para uma órbita de menor energia, ele emite energia. As cores específicas ou frequências de luz emitidas ou absorvidas durante essas transições são características de cada elemento e deram origem às linhas espectrais observadas em espectros atômicos.
  3. Estabilidade dos Elétrons:

    • Nos níveis de energia permitidos, os elétrons não irradiam energia e, portanto, não espiralam em direção ao núcleo. Eles só irradiam ou absorvem energia durante transições entre níveis de energia.
  4. Modelo Aplicado ao Hidrogênio:

    • O modelo de Bohr foi inicialmente desenvolvido para explicar o espectro do átomo de hidrogênio, que é o átomo mais simples. Ele teve um sucesso impressionante nisso, mas teve dificuldades em explicar espectros de átomos mais complexos com mais elétrons.

O modelo de Bohr foi revolucionário porque introduziu conceitos quânticos na estrutura atômica e conseguiu explicar características observadas do átomo de hidrogênio que os modelos anteriores não podiam.

No entanto, com o tempo, foi substituído pelo modelo mais abrangente da mecânica quântica que trata os elétrons como ondas de probabilidade ao redor do núcleo e não como partículas em órbitas definidas. Ainda assim, o modelo de Bohr é frequentemente ensinado em cursos introdutórios de química e física devido à sua abordagem mais simples e conceitual.

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Modelo atômico de Bohr

Plano de estudo gratuito

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UFG/2012

Leia o poema apresentado a seguir.

Pudim de passas

Campo de futebol

Bolinhas se chocando

Os planetas do sistema solar

Átomos

Às vezes

São essas coisas

Em química escolar

(LEAL, Murilo Cruz. Soneto de hidrogênio. São João del Rei: Editora UFSJ, 2011)

O poema faz parte de um livro publicado em homenagem ao Ano Internacional da Química. A composição metafórica presente nesse poema remete

A aos modelos atômicos propostos por Thomson, Dalton e Rutherford.
B às teorias explicativas para as leis ponderais de Dalton, Proust e Lavoisier.
C aos aspectos dos conteúdos de cinética química no contexto escolar.
D às relações de comparação entre núcleo / eletrosfera e bolinha / campo de futebol.
E às diferentes dimensões representacionais do sistema solar.
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