As cotas fazem parte do sistema de ações afirmativas, que tem como uma de suas características a diminuição das desigualdades raciais, sociais e econômicas, principalmente no que se refere ao acesso ao ensino superior e ao ingresso em vagas de emprego através de concursos públicos.
As ações afirmativas foram criadas com a intenção de corrigir as disparidades no acesso ao ensino superior e empregos públicos. Historicamente, o acesso dos grupos indígenas e negro foi afetado por conta do modelo econômico baseado na escravidão, primeiramente com a tentativa de escravização dos indígenas e, posteriormente, no século XVI, com o uso forçado da mão de obra africana.
Com o fim da escravidão , a mão de obra dos negros recém libertos não foi absorvida, principalmente por conta do preconceito. A dificuldade de acesso à educação, aliada a comportamentos racistas e excludentes em meio à sociedade, fortificou a dificuldade de acesso da população negra à educação superior e, consequentemente, a empregos formais. Com o acesso a empregos de qualidade diminuído, tal população passou a dedicar-se a empregos informais e mal remunerados, colaborando, com isso, para o aumento da pobreza.
As cotas foram usadas pela primeira vez na década de 1960 nos Estados Unidos. As ações foram apresentadas aos estadunidenses como forma de amenizar as desigualdades socioeconômicas existentes entre negros e brancos. Atualmente, boa parte dos estados excluiu as ações afirmativas, deixando de reservar vagas aos cidadãos negros ou afro-americanos.
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