O conceito de cultura apresenta vários significados que nem sempre são usados para referir-se às mesmas coisas. Os cientistas sociais Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram 167 definições diferentes sobre cultura. No entanto, todas as explicações e definições apresentadas estão no campo da historiografia, sociologia, antropologia e filosofia.
A definição mais geral sobre esse conceito foi formulada no século XIX pelo antropólogo britânico Edward B. Tylor, que definiu a cultura como sendo o complexo que inclui o conhecimento, a moral, a lei, os costumes, as crenças e todo e qualquer hábito adquirido pelos membros de uma sociedade.
Na Antiguidade romana, o termo cultura adotava o significado de cultivar, podendo significar o cultivo de plantas ou de conhecimento. Na contemporaneidade, a cultura é frequentemente associada a manifestações artísticas, como apresentações de música, dança, teatro, ou exposições de quadros e esculturas.
Entre os séculos XVIII e XIX, o conceito era associado, principalmente pela elite intelectual e financeira europeia, à educação, aos bons costumes, à etiqueta e ao comportamento elevado.
No campo da sociologia e da antropologia, a cultura é definida de formas distintas. Para a sociologia, a cultura é o conjunto de símbolos, ideias e comportamentos que fazem parte de uma sociedade ou grupo social. As práticas sociais ligadas à cultura são artificiais e passadas de geração em geração. Por se tratarem de práticas criadas pelos indivíduos, a cultura pode ser modificada e alterada conforme as necessidades daqueles que as criam.
A antropologia, mais especificamente, define a cultura como a totalidade dos padrões que são aprendidos e desenvolvidos pelos grupos sociais. A cultura corresponde, portanto, à maneira pela qual um grupo social se organiza e transmite seus costumes e tradições.
Na filosofia, a definição de cultura é o conjunto de manifestações humanas que, de alguma forma, contrastam com os acontecimentos naturais, marcando a característica fundamental da filosofia: a racionalidade.
Cultura Indiana
Aculturação é o conjunto de mudanças existentes a partir do contato e interação entre duas ou mais culturas. A aculturação é, portanto, o resultado do constante contato cultural e da transmissão de elementos da cultura de uma sociedade para outra.
O processo de interação entre duas ou mais culturas pode ser natural ou impositivo. A maneira como o processo de aculturação ocorre marca também as relações de poder e de dominação entre as sociedades envolvidas.
A aculturação pode ocorrer de forma pacífica, garantindo que as culturas possam coexistir, ou pode acontecer de forma violenta e impositiva, fazendo com que ocorra o desaparecimento de uma ou mais culturas.
É importante ressaltar que, na maior parte das vezes, o processo de aculturação é marcado pela resistência daqueles que são submetidos a uma nova e diferente cultura.
A partir de definições sociológicas, a contracultura é o movimento libertário de contestação contra a cultura vigente surgido na década de 1950 nos Estados Unidos.
O movimento de contracultura foi criado no contexto da Guerra Fria e da Guerra do Vietnã. A contracultura floresceu entre os jovens e representou, principalmente, a rebeldia e a insatisfação com as ações políticas, econômicas, militares e sociais. A contracultura buscava, de maneira pacífica, romper com todo padrão social e com as imposições que os manifestantes discordavam.
O movimento de contracultura estava ligado a manifestações artísticas e filosóficas. No entanto, as manifestações eram consideradas marginais e alternativas, por se posicionarem abertamente contra a cultura dominante e a cultura erudita.
Contra os valores impostos, os participantes propunham um modelo de vida livre, pregavam a liberdade do padrão de vida capitalista; a liberdade amorosa e sexual; a aproximação de religiões orientais; e a adoção de novos hábitos, como o vegetarianismo e o uso de drogas psicodélicas.
O movimento da contracultura e das liberdades teve seu ponto mais alto com a realização do festival Woodstock, em 1969, na cidade de Bethel, no estado de Nova York.
A cultura reflete a alma de uma nação e o Brasil, a par de uma natureza das mais belas e ricas do planeta, tem motivo para se orgulhar das suas manifestações culturais, representativas das diversificações regionais que formam esse continente tropical. As influências afro-europeias, que marcaram o nosso processo de colonização, foram sendo absorvidas pelo jeito de ser do povo, o imaginário coletivo, base de um folclore dos mais expressivos do mundo e que confirma e projeta valores e tipos de cada região. E Olinda, reduto de resistência e criatividade, com suas danças, ritmos e espetáculos populares, tem no carnaval a festa maior, síntese do espírito de irreverência e espontaneidade da sua gente (TEIXEIRA, Manoel Neto. Olinda: das colinas à planície. Olinda: Polys Editora, 2004, p. 227).
Nas sociedades, encontram-se vários sistemas complexos, que apresentam um conjunto de aspectos interdependentes e inter-relacionados, formando a cultura.
Sobre isso, o texto apresenta um elemento cultural caracterizado como: