5 curiosidades sobre o Enem que nunca passaram pela sua cabeça

Sabe aquela história de que se preparar é mais da metade do caminho quando vamos enfrentar um desafio? Então, quando a gente vai fazer uma prova, podemos usar o mesmo raciocínio. Por isso, se você vai fazer o Enem, preste atenção nestas curiosidades. Ter o máximo de informações certamente vai ajudar.

A Revista Quero conversou com o coordenador Fernando da Espiritu Santo Filho, do Poliedro. Ele listou cinco curiosidades sobre o Enem que quase ninguém sabe. Dê só uma olhada!

1. Por que os cadernos de prova do Enem sempre possuem 32 páginas?
   É um requisito técnico que facilita a impressão e reduz custos, pois em uma folha A0, cabem 16 páginas A4, considerando frente e verso, temos as 32 páginas. Além disso, 32 páginas garantem uma uniformidade entre as aplicações do Enem. Uma prova nunca será muito maior do que outra!
2. Em redação, é comum escutarmos falar de Redação nota 1.000. Nas outras áreas também é possível tirar nota 1.000?
   Sim e não! Excluindo Redação, as demais áreas do Enem são corrigidas pela Teoria de Resposta ao Item (TRI). Historicamente, somente a nota máxima Matemática ultrapassou a casa dos 1.000 pontos e isso aconteceu só em 2015. Pela TRI, a nota de cada aluno depende do desempenho dos demais participantes da prova e também da coerência pedagógica em suas respostas (não errar questões fáceis). Em Linguagens e Códigos, por exemplo, os estudantes apresentam um perfil muito parecido de acertos e erros, logo a TRI não espalha muito as notas. Já em Matemática, temos um número expressivo de estudantes que acertam poucas questões, assim, quem acerta 43 ou mais questões já consegue chegar próximo dos 1.000 pontos.

Notas Mínimas e Máximas do ENEM 2015 e 2016

3.  Eu posso ser desclassificado do Enem se eu portar algum objeto que não podia, mas o fiscal de prova deixou eu entrar na sala de prova sem falar nada?
Sim, pode. Por exemplo, em 2016 um aluno entrou na sala de prova com boné. Após 15 minutos de prova, ele foi retirado da sala e desclassificado do Enem. A obrigação de cumprir essas regras é do estudante. O fiscal não tem o dever de avisar que o aluno vai cometer alguma infração, só de citar algumas informações e fiscalizar.

4.  Já vi reportagens mostrando a polícia participando da fiscalização da prova e até retirando pessoas que estavam “colando”. Eu posso ser preso se eu colar no Enem?
Sim, pode. Quem “cola” no Enem, bem como em outros vestibulares, está cometendo o crime descrito no artigo 311-A do Código Penal brasileiro:

Art. 311-A.  Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:
I – concurso público;
II – avaliação ou exame públicos;
III – processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
IV – exame ou processo seletivo previstos em lei:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1o  Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput.
§ 2o  Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 3o  Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público.

Ou seja, quem cola no Enem pode ser preso por um a quatro anos, além de pagar multa! Se você for funcionário público, pode ficar preso por até mais de 5 anos!

5.  Antes, era possível obter a certificação do Ensino Médio via Enem, agora não mais. Além de ser via de acesso ao Ensino Superior, para que mais serve o Enem?
Além de funcionar como via de acesso ao Ensino Superior (no Brasil e fora dele) e também aos programas de Crédito ou Financiamento Estudantil, o Enem também pode ser utilizado para processo seletivo de cursos técnicos (Sisutec) e em alguns concursos públicos (por exemplo, a Polícia Militar da Paraíba utiliza a nota do Enem desde 2013 em um dos seus concursos de ingresso).

E aí, preparado para fazer a prova? Você já estava por dentro dessas curiosidades sobre o Enem?