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Curiosidades

Como funciona o Centro Acadêmico em faculdades particulares?

por Eduardo Schiavoni em 17/07/17 9 mil visualizações

Instituição que representa todos os estudantes de um determinado curso, o Centro Acadêmico é um instrumento importante de convivência cultural entre os alunos e pode desempenhar uma série de funções essenciais para a formação dos universitários. Além de integrar os alunos, pode organizar cursos e eventos, atividades sociais e debates que completam a formação do futuro profissional. Muito comuns nas universidades públicas, eles acabam sendo mais raros nas particulares. E isso certamente é um problema.


Como manter Centros Acadêmicos em universidades particulares? Apesar de ser algo difícil, vale a pena lutar! 

Essa é a análise do professor Leopoldo Soares, titular da cadeira de Direito Constitucional na Estácio de Sá em Ribeirão Preto. Formado em uma instituição pública – a Unesp (Universidade Estadual Paulista) – ele reconhece que o ambiente de efervescência e integração entre os estudantes é um dos principais diferenciais entre o ensino privado e o público.

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“Há todo um ambiente de vivência acadêmica nas universidades públicas, e isso acaba se perdendo um pouco nas privadas. Os Centros Acadêmicos são instituições importantes nesse contexto. Por isso, é preciso que essa convivência acadêmica seja incentivada”, conta.

A estudante do terceiro ano de Direito Pâmela Piovani, que estuda na mesma unidade da Estácio, concorda. Ela conta que, embora o curso seja tradicional, não havia, até o começo do primeiro semestre, um Centro Acadêmico do curso de Direito.

“Lutamos para conseguir constituir um CA, mas não foi fácil. Para se ter uma ideia, temos mais de mil alunos no curso de Direito, mas menos de dez compareceram à assembleia convocada para constituir o Centro Acadêmico”, conta.

O estudante do segundo semestre de Direito, Marcos Magalhães, concorda e diz que gostaria de participar, mas conta que, embora creia na importância do Centro Acadêmico, a rotina profissional – ele é agente penitenciário – e os demais compromissos dificultam a participação. “Na faculdade particular, boa parte das pessoas têm compromissos, trabalho, família. Acaba ficando mais complicado de participar, mas acho muito importante”, disse. E o professor Leopoldo Soares concorda. “É um público diferenciado, e muitos acabam tendo tempo exclusivamente para as aulas, os trabalhos, as matérias. A convivência se restringe à sala de aula, o que não é o melhor, ressalta.

ATUAÇÃO

Ainda que extremamente relevantes, nem todos os centros e diretórios acadêmicos conseguem atrair o interesse e a atuação dos alunos. Segundo a pesquisadora de Educação Rosemary Roggero, a falta de interesse em se engajar em Centros Acadêmicos existe tanto no ensino público quanto no privado, mas é pior no segundo. "Ao contrário do que acontecia nas décadas de 60 e 70, o jovem de hoje tem liberdade de discutir a sociedade na sala de aula e em diversos outros espaços. Mas apesar de ter liberdade de reclamar, ninguém lhe oferece uma via de atuação que realmente possa modificar a realidade".

Rosemary acredita que as preocupações do jovem contemporâneo são essencialmente qualidade do ensino e inserção no mercado de trabalho e que nem sempre essas discussões são prioridades. “O Centro Acadêmico acaba servindo mais como forma de convivência do que como palco de debates relevantes”, conta.

Mas há uma tendência, argumenta o professor Leopoldo Soares, de cada vez mais os estudantes voltarem os debates para a formação profissional. É o que ocorre, garante ele, com o Centro Acadêmico do curso de Direito da Unesp Franca, que organiza, além de festas, eventos acadêmicos e de debate profissional.

“São os alunos que organizam a Semana Jurídica, por exemplo. Eles fazem contato com palestrantes, pagam as palestras, organizam os eventos, tudo de forma autônoma. A universidade é parceira, mas a organização é dos alunos. Por isso, participar do Centro Acadêmico acaba sendo um diferencial”, explica.

É isso o que vem tentando fazer o Centro Acadêmico Doutor José Ernesto dos Santos, do curso de Medicina da Estácio em Ribeirão Preto. Presidido pelo estudante Victor Hugo Ribeiro, a instituição já organiza ciclo de palestras, eventos da área médica e as tradicionais festas. “Temos conseguido boas parcerias, e a Estácio nos incentiva muito. É um trabalho que tem dado bons resultados, os eventos têm sido aprovados e até pessoas de outras universidades têm participado”, conta.

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EXPERIÊNCIA

Outro ponto relevante apontado por quem faz ou fez parte dos Centros Acadêmicos é o desenvolvimento profissional. Para Pâmela, a experiência de participar na administração de um Centro Acadêmico é importante para a formação. “Não tenho dúvidas que isso acrescenta à nossa formação e ao nosso currículo”, argumenta.

Já Thayane Rezende, que presidiu o Centro Acadêmico de Medicina na gestão anterior à de Victor Hugo, explica que, para ela, a experiência serviu para mostrar que participar e lutar pelo curso que o aluno escolheu é possível, ainda que a instituição seja particular. “Você pode expor ideias para que o seu curso se torne melhor, para que assuntos acadêmicos que não são discutidos dentro da sala de aula possam ser discutidos com os alunos. Conseguimos colocar o estudante de Medicina em projetos que trabalharam também o lado social e humano da profissão. Pra mim foi isso, uma experiência que me mostrou a importância de ser participativo dentro da seu curso, da sua faculdade”, finaliza.

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