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Negócios

Entenda o papel do conselho de administração nas empresas

Veja como funciona o conselho de administração e sua importância na estratégia, gestão e governança corporativa

No mundo corporativo, a estrutura de governança é decisiva para o sucesso e a longevidade de qualquer negócio. Entre os principais componentes dessa engrenagem está o conselho de administração — um órgão estratégico que define os rumos da empresa, supervisiona a atuação da diretoria executiva e assegura que as decisões estejam alinhadas aos interesses de longo prazo.

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Composto por profissionais experientes, esse conselho atua como uma ponte entre os acionistas e a gestão, oferecendo uma visão mais ampla sobre os desafios do mercado. Muito além de uma formalidade, representa uma camada essencial de governança, transparência e inteligência organizacional.

O que é conselho de administração

O conselho de administração é um órgão colegiado, ou seja, um grupo que delibera em conjunto, responsável por orientar e supervisionar os rumos estratégicos de uma empresa

Esse órgão atua como elo entre os acionistas e a gestão executiva, assegurando que as decisões estejam alinhadas aos interesses de longo prazo e às boas práticas de governança corporativa.

Formado por membros com experiência em diferentes áreas, o conselho analisa cenários, aprova diretrizes, acompanha o desempenho da empresa e avalia a atuação da diretoria executiva. 

Em muitas organizações, principalmente as de capital aberto — empresas com ações negociadas na bolsa de valores —, o conselho exerce papel central na construção de credibilidade e no relacionamento com investidores.

Diferença em relação à diretoria executiva

Apesar de ambos os grupos estarem ligados ao alto comando de uma organização, há uma diferença clara entre as atribuições do conselho de administração e da diretoria executiva

O conselho define os objetivos e fiscaliza o desempenho da empresa, enquanto a diretoria é responsável por colocar essas diretrizes em prática no dia a dia, liderando áreas como operações, finanças, marketing e recursos humanos.

Conselho profissional de administração: outro conceito

Outra confusão comum é em relação à diferença entre o conselho de administração empresarial e o conselho profissional dos administradores, representado pelo Conselho Federal de Administração (CFA)

O CFA é uma autarquia federal que regulamenta a profissão de administrador no Brasil, sem relação direta com a estrutura de governança das empresas. Ou seja, o CFA atua no campo regulatório da profissão, e não nas decisões corporativas internas.

Por que as empresas precisam de um conselho de administração

A presença de um conselho de administração bem estruturado traz ganhos relevantes para a sustentabilidade e o crescimento de qualquer organização. Além de estabelecer uma governança sólida, o conselho amplia a capacidade de análise estratégica e fortalece o processo decisório com múltiplas visões e experiências.

Governança corporativa e compliance

Empresas que adotam boas práticas de governança e cumprem as exigências legais (compliance) conseguem alinhar interesses de diferentes públicos — como acionistas, executivos, colaboradores e sociedade. Isso porque o conselho atua como guardião desses princípios, promovendo transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. 

Uma forma de estruturar esse modelo com credibilidade é seguir os padrões do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), uma organização referência na disseminação de boas práticas de governança no Brasil. 

Aumenta a credibilidade com stakeholders

A existência de um conselho ativo transmite confiança aos chamados stakeholders: públicos com interesse direto na empresa, como investidores, clientes, fornecedores e parceiros.

Comitês de auditoria, riscos ou ética, por exemplo, reforçam a percepção de que a empresa é sólida e bem gerida. Isso tende a facilitar acesso a crédito, atrair capital e estabelecer relações comerciais mais duradouras.

Tomada de decisões mais eficiente

Com base em dados, experiências anteriores e leitura de cenários, o conselho contribui para decisões mais acertadas e resilientes. Em momentos de crise, sua atuação se torna ainda mais estratégica, reduzindo incertezas e orientando os executivos com maior segurança.

Estrutura e composição do conselho

A formação do conselho de administração deve refletir a diversidade de competências e experiências necessárias para guiar a empresa com visão estratégica. Não existe um modelo único, mas algumas diretrizes ajudam a tornar esse órgão mais eficaz e representativo.

Conselheiros independentes e executivos

É recomendável que o conselho seja composto por uma combinação de membros internos e externos à organização. Os conselheiros executivos, normalmente ligados à gestão, trazem conhecimento operacional. Já os independentes — que não possuem vínculo direto com a empresa — agregam uma visão isenta e estratégica, contribuindo para decisões mais equilibradas.

Mandato, seleção e renovação

Os integrantes do conselho são eleitos pela assembleia de acionistas e devem atuar por mandatos com prazos definidos, que variam conforme o estatuto da empresa. A renovação periódica de membros é importante para oxigenar ideias e evitar a acomodação. Critérios como integridade, experiência e aderência aos valores da organização devem nortear o processo de escolha.

Comitês internos

Para aprofundar a análise de temas específicos, como finanças, riscos ou inovação, muitas empresas criam comitês internos vinculados ao conselho. Esses grupos auxiliam na tomada de decisão ao oferecer diagnósticos mais detalhados e recomendações técnicas. Embora não substituam o conselho, os comitês reforçam sua atuação com base em especialização.

Características de um bom conselho de administração

Um conselho eficiente não depende apenas da experiência de seus membros. Ele precisa operar com clareza, organização e foco em resultados, mantendo um ambiente colaborativo e crítico ao mesmo tempo.

Diversidade e complementaridade

A composição do conselho deve reunir perfis variados em termos de formação, trajetória e visão de mundo. A diversidade — seja de gênero, idade, experiência ou origem — contribui para análises mais amplas, decisões mais robustas e maior aderência às transformações sociais e de mercado.

Comunicação e governança

A troca de informações entre o conselho e a diretoria precisa ser fluida, objetiva e constante. A existência de regras claras, pautas bem definidas e processos de registro e acompanhamento de decisões é essencial para que o conselho atue com coerência e responsabilidade.

Avaliação e desenvolvimento contínuo

A prática da autoavaliação regular, combinada com programas de capacitação, permite que os conselheiros atualizem seus conhecimentos e melhorem sua atuação. Um conselho que aprende continuamente se adapta melhor a contextos de mudança e fortalece sua função estratégica.

Conselho de administração é obrigatório?

A obrigatoriedade de um conselho de administração varia conforme o tipo jurídico da empresa e seu porte. Segundo a Lei das Sociedades por Ações ou Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/76), companhias com capital aberto e com capital autorizado são obrigadas a ter um conselho de administração. 

Já em sociedades anônimas de capital fechado, empresas limitadas ou organizações de menor porte, a constituição de um conselho não é obrigatória, mas pode ser adotada de forma voluntária para reforçar a gestão.

Mesmo quando não há exigência legal, a criação de um conselho pode representar um avanço importante na governança da organização. Startups, empresas familiares e negócios em processo de expansão ou profissionalização costumam se beneficiar de conselhos consultivos — estruturas que orientam os gestores sem tomar decisões formais. Essa prática contribui para decisões mais bem fundamentadas e para a prevenção de conflitos internos.

Como implantar um conselho de administração na sua empresa

Estabelecer um conselho de administração envolve planejamento, critérios bem definidos e clareza sobre os objetivos da empresa. Apesar de existir modelos prontos, cada organização deve adaptar a estrutura à realidade da empresa. 

Dê uma olhada nos principais passos para criar um conselho de administração:

  • Diagnóstico inicial: mapeia as necessidades estratégicas da organização e define os objetivos do conselho;
  • Planejamento e estruturação: estabelece o formato do conselho (consultivo ou deliberativo), número de membros, regras internas e frequência de reuniões;
  • Primeira reunião e calendário anual: formaliza o início dos trabalhos, define a agenda de encontros e alinha expectativas entre os conselheiros.

Exemplos práticos de conselhos bem-sucedidos

Empresas que estruturam conselhos ativos e estratégicos colhem benefícios claros em governança, reputação e desempenho. 

Veja alguns exemplos que mostram diferentes contextos de aplicação:

  • Empresas consolidadas: organizações como Ambev, Itaú e Natura contam com conselhos robustos, comitês internos especializados e práticas alinhadas aos princípios do IBGC.
  • Startups em crescimento: negócios em expansão, como a RD Station e a Conta Azul, usam conselhos consultivos para orientar decisões estratégicas, especialmente em fases de transição ou captação de investimentos.
  • Empresas familiares em profissionalização: grupos como Votorantim e Algar criaram conselhos para separar as decisões da família das decisões da gestão, promovendo mais transparência e eficiência.

Esses exemplos demonstram que o modelo do conselho pode — e deve — ser adaptado conforme o estágio e a estrutura da organização.

Fique de olho nas tendências e boas práticas

A atuação dos conselhos de administração tem evoluído com as novas demandas do mercado, da sociedade e da legislação. Acompanhar essas transformações é essencial para manter o conselho relevante e estratégico.

ESG como pauta prioritária

Questões ambientais, sociais e de governança (ESG) passaram a integrar as discussões dos conselhos, exigindo preparo técnico e sensibilidade às mudanças do mundo corporativo.

Diversidade na composição

Incluir perfis diversos nos conselhos — em termos de gênero, idade, raça, formação e experiência — amplia a qualidade das decisões e aproxima a empresa da realidade da sociedade.

Transformação digital e inovação

Conselhos atualizados avaliam o impacto de tecnologias emergentes e apoiam a construção de modelos de negócio mais ágeis, sustentáveis e digitais.

Capacitação contínua dos conselheiros

Manter os membros atualizados sobre regulação, mercado e tendências é fundamental. Cursos, mentorias e programas oferecidos por instituições como o IBGC contribuem para essa evolução constante.

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