
Allevo: 6 motivos para apostar em educação corporativa
Lucas Loconte | 07/07/25Plataforma Allevo oferece trilhas, MBAs e mentorias para empresas que valorizam aprendizado prático e acessível.
Veja como funciona o conselho de administração e sua importância na estratégia, gestão e governança corporativa
No mundo corporativo, a estrutura de governança é decisiva para o sucesso e a longevidade de qualquer negócio. Entre os principais componentes dessa engrenagem está o conselho de administração — um órgão estratégico que define os rumos da empresa, supervisiona a atuação da diretoria executiva e assegura que as decisões estejam alinhadas aos interesses de longo prazo.
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Composto por profissionais experientes, esse conselho atua como uma ponte entre os acionistas e a gestão, oferecendo uma visão mais ampla sobre os desafios do mercado. Muito além de uma formalidade, representa uma camada essencial de governança, transparência e inteligência organizacional.
O conselho de administração é um órgão colegiado, ou seja, um grupo que delibera em conjunto, responsável por orientar e supervisionar os rumos estratégicos de uma empresa.
Esse órgão atua como elo entre os acionistas e a gestão executiva, assegurando que as decisões estejam alinhadas aos interesses de longo prazo e às boas práticas de governança corporativa.
Formado por membros com experiência em diferentes áreas, o conselho analisa cenários, aprova diretrizes, acompanha o desempenho da empresa e avalia a atuação da diretoria executiva.
Em muitas organizações, principalmente as de capital aberto — empresas com ações negociadas na bolsa de valores —, o conselho exerce papel central na construção de credibilidade e no relacionamento com investidores.
Apesar de ambos os grupos estarem ligados ao alto comando de uma organização, há uma diferença clara entre as atribuições do conselho de administração e da diretoria executiva.
O conselho define os objetivos e fiscaliza o desempenho da empresa, enquanto a diretoria é responsável por colocar essas diretrizes em prática no dia a dia, liderando áreas como operações, finanças, marketing e recursos humanos.
Outra confusão comum é em relação à diferença entre o conselho de administração empresarial e o conselho profissional dos administradores, representado pelo Conselho Federal de Administração (CFA).
O CFA é uma autarquia federal que regulamenta a profissão de administrador no Brasil, sem relação direta com a estrutura de governança das empresas. Ou seja, o CFA atua no campo regulatório da profissão, e não nas decisões corporativas internas.
A presença de um conselho de administração bem estruturado traz ganhos relevantes para a sustentabilidade e o crescimento de qualquer organização. Além de estabelecer uma governança sólida, o conselho amplia a capacidade de análise estratégica e fortalece o processo decisório com múltiplas visões e experiências.
Empresas que adotam boas práticas de governança e cumprem as exigências legais (compliance) conseguem alinhar interesses de diferentes públicos — como acionistas, executivos, colaboradores e sociedade. Isso porque o conselho atua como guardião desses princípios, promovendo transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.
Uma forma de estruturar esse modelo com credibilidade é seguir os padrões do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), uma organização referência na disseminação de boas práticas de governança no Brasil.
A existência de um conselho ativo transmite confiança aos chamados stakeholders: públicos com interesse direto na empresa, como investidores, clientes, fornecedores e parceiros.
Comitês de auditoria, riscos ou ética, por exemplo, reforçam a percepção de que a empresa é sólida e bem gerida. Isso tende a facilitar acesso a crédito, atrair capital e estabelecer relações comerciais mais duradouras.
Com base em dados, experiências anteriores e leitura de cenários, o conselho contribui para decisões mais acertadas e resilientes. Em momentos de crise, sua atuação se torna ainda mais estratégica, reduzindo incertezas e orientando os executivos com maior segurança.
A formação do conselho de administração deve refletir a diversidade de competências e experiências necessárias para guiar a empresa com visão estratégica. Não existe um modelo único, mas algumas diretrizes ajudam a tornar esse órgão mais eficaz e representativo.
É recomendável que o conselho seja composto por uma combinação de membros internos e externos à organização. Os conselheiros executivos, normalmente ligados à gestão, trazem conhecimento operacional. Já os independentes — que não possuem vínculo direto com a empresa — agregam uma visão isenta e estratégica, contribuindo para decisões mais equilibradas.
Os integrantes do conselho são eleitos pela assembleia de acionistas e devem atuar por mandatos com prazos definidos, que variam conforme o estatuto da empresa. A renovação periódica de membros é importante para oxigenar ideias e evitar a acomodação. Critérios como integridade, experiência e aderência aos valores da organização devem nortear o processo de escolha.
Para aprofundar a análise de temas específicos, como finanças, riscos ou inovação, muitas empresas criam comitês internos vinculados ao conselho. Esses grupos auxiliam na tomada de decisão ao oferecer diagnósticos mais detalhados e recomendações técnicas. Embora não substituam o conselho, os comitês reforçam sua atuação com base em especialização.
Um conselho eficiente não depende apenas da experiência de seus membros. Ele precisa operar com clareza, organização e foco em resultados, mantendo um ambiente colaborativo e crítico ao mesmo tempo.
A composição do conselho deve reunir perfis variados em termos de formação, trajetória e visão de mundo. A diversidade — seja de gênero, idade, experiência ou origem — contribui para análises mais amplas, decisões mais robustas e maior aderência às transformações sociais e de mercado.
A troca de informações entre o conselho e a diretoria precisa ser fluida, objetiva e constante. A existência de regras claras, pautas bem definidas e processos de registro e acompanhamento de decisões é essencial para que o conselho atue com coerência e responsabilidade.
A prática da autoavaliação regular, combinada com programas de capacitação, permite que os conselheiros atualizem seus conhecimentos e melhorem sua atuação. Um conselho que aprende continuamente se adapta melhor a contextos de mudança e fortalece sua função estratégica.
A obrigatoriedade de um conselho de administração varia conforme o tipo jurídico da empresa e seu porte. Segundo a Lei das Sociedades por Ações ou Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/76), companhias com capital aberto e com capital autorizado são obrigadas a ter um conselho de administração.
Já em sociedades anônimas de capital fechado, empresas limitadas ou organizações de menor porte, a constituição de um conselho não é obrigatória, mas pode ser adotada de forma voluntária para reforçar a gestão.
Mesmo quando não há exigência legal, a criação de um conselho pode representar um avanço importante na governança da organização. Startups, empresas familiares e negócios em processo de expansão ou profissionalização costumam se beneficiar de conselhos consultivos — estruturas que orientam os gestores sem tomar decisões formais. Essa prática contribui para decisões mais bem fundamentadas e para a prevenção de conflitos internos.
Estabelecer um conselho de administração envolve planejamento, critérios bem definidos e clareza sobre os objetivos da empresa. Apesar de existir modelos prontos, cada organização deve adaptar a estrutura à realidade da empresa.
Dê uma olhada nos principais passos para criar um conselho de administração:
Empresas que estruturam conselhos ativos e estratégicos colhem benefícios claros em governança, reputação e desempenho.
Veja alguns exemplos que mostram diferentes contextos de aplicação:
Esses exemplos demonstram que o modelo do conselho pode — e deve — ser adaptado conforme o estágio e a estrutura da organização.
A atuação dos conselhos de administração tem evoluído com as novas demandas do mercado, da sociedade e da legislação. Acompanhar essas transformações é essencial para manter o conselho relevante e estratégico.
Questões ambientais, sociais e de governança (ESG) passaram a integrar as discussões dos conselhos, exigindo preparo técnico e sensibilidade às mudanças do mundo corporativo.
Incluir perfis diversos nos conselhos — em termos de gênero, idade, raça, formação e experiência — amplia a qualidade das decisões e aproxima a empresa da realidade da sociedade.
Conselhos atualizados avaliam o impacto de tecnologias emergentes e apoiam a construção de modelos de negócio mais ágeis, sustentáveis e digitais.
Manter os membros atualizados sobre regulação, mercado e tendências é fundamental. Cursos, mentorias e programas oferecidos por instituições como o IBGC contribuem para essa evolução constante.
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