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Juliana Gottardi | 05/06/25Veja as datas oficiais da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
É muito comum que as crianças expressem seus sentimentos, emoções e sensações, e uma delas que pode aparecer de maneira mais comum é o medo. Ele é um estado emocional que surge em resposta à consciência perante uma situação de eventual perigo. Mas, uma criança com medo não sabe disso.
A ideia de que algo ou alguma coisa possa ameaçar a segurança ou a vida de alguém, faz com que o cérebro ative, involuntariamente, uma série de compostos químicos que provocam reações que caracterizam o medo.
Alguns sintomas como o aumento do batimento cardíaco, a aceleração da respiração e a contração muscular são algumas das características físicas desencadeadas pelo medo, acompanhado de uma sensação de alerta de extrema importância para a sobrevivência das espécies, principalmente para o ser humano. Inconscientemente, as características físicas reproduzidas pelo sentimento de medo preparam o corpo para duas prováveis reações naturais: o confronto ou a fuga.
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Nos seres humanos o medo também pode ser provocado por razões sem fundamento ou lógica racional, quando estão baseados em crenças populares ou lendas. O medo de fantasmas é um exemplo. Mas e quando o medo infantil parece “ultrapassar os limites”? Qual e melhor forma de lidar com ele e como ajudar as crianças? Continue a leitura para entender mais detalhes sobre o assunto.
Como ressaltamos anteriormente, é natural que as crianças sintam medo, pois é uma emoção que pode ajudá-las a serem cautelosas. Com o crescimento, os medos mudam e são reflexo das experiências inerentes ao desenvolvimento infantil e à adolescência. Veja alguns medos que costumam aparecer em cada faixa etária:
Medo de rostos estranhos: entre 8 e 9 meses, os bebês podem se assustar com pessoas que eles não conhecem;
Ansiedade de separação: entre 10 meses e 2 anos, é muito comum o medo de ficar longe dos pais. Isso pode aparecer quando os pais saem para o trabalho, quando vão dormir ou vão para a escola;
Medo do imaginário: crianças de 4 a 6 anos criam situações ou personagens que não existem e podem sentir muito medo. Por exemplo, medo de monstros, de um fantasma sair do armário, de trovões etc.;
Medo de coisas reais: surge a partir do 7 anos, quando as crianças têm medo do que ouvem falar, como bandidos entrando em casa, desastres naturais, da morte e até medo de provas;
Medos sociais: comum em pré-adolescentes e adolescentes. Normalmente os medos têm a ver com aceitação ou aprovação (aparência, novo grupo de amigos, nova escola, falar em público, passar por uma reprovação da escola, jogar em um time).
Para a psicóloga Maria Tereza Maldonado, de São Paulo, o saudável é buscar o equilíbrio. “A falta de medo expõe a criança ao risco e o excesso dele faz com que ela se feche, numa espécie de prisão sentimental”, explica ela. O ideal, segundo a especialista, é ajudar a criança a identificar o medo “amigo” e o “inimigo”, com uma lição de obediência para o medo amigo e desobediência para o medo inimigo.
De acordo com outros especialistas da área da psicanálise, o medo costuma surgir diante de alguns elementos reais na vida de uma criança: o médico, a creche ou escola, a alimentação, a violência e a dor recorrente. Essas causas reais geram um medo verdadeiro nas crianças.
O fato é que cada criança com medo reage de uma forma perante o sentimento e o temor pode se tornar banal ou catastrófico. “O importante é que os pais saibam a origem do medo, que acaba se manifestando de forma mais clara quando a criança fica sozinha ou está em lugares escuros”.
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Para que as crianças aprendam a lidar com o medo infantil, muitas vezes precisam da ajuda dos pais. Então veja 4 dicas de atitudes a tomar!
O medo está diretamente ligado à insegurança. Então, quando uma crise de medo surgir, procure acalmar seus filhos e demonstre que, apesar da sua presença, estão a salvo. Por isso, converse com eles sobre suas ansiedades e explique que muitas crianças têm medos, mas com o seu apoio vão aprender a superá-los.
Jamais ignore a criança com medo. Assim como você tem os seus e lida com eles à sua maneira, seus filhos têm os deles. A diferença é que eles ainda não adquiriram maturidade para encarar e superar o que os amedronta. Logo, deixe que se expressem e, com carinho e amorosidade, converse com o intuito de desmistificar a razão dos medos.
Existe a crença popular de que para superar o medo as crianças devem fazer aquilo que as amedronta. Porém, forçá-las a enfrentar o medo, sem oferecer uma compreensão dessa emoção, pode deixá-las com mais medo ainda e até criar crenças limitantes que se manifestarão no futuro. Então, respeite o tempo de conscientização dos seus filhos.
Quando surgir uma crise de medo infantil, é preciso trazer afirmações positivas e mudar o foco de atenção da criança. Para isso, deixe-a desabafar sobre o que a aflige, mas não insista no sentimento que a amedronta. Fale coisas bonitas e traga alguma ação que a acalente. Por exemplo, você pode trazer um livro de que ela goste muito e, a partir dessa leitura, criar uma conversa de superação dos medos.
E então, gostou do conteúdo? Como você viu, o medo infantil é mais uma etapa do desenvolvimento humano. Portanto, deve ser encarado com naturalidade, garantindo todo o suporte que a criança precisar. Então, sempre observe os comportamentos dos seus filhos, a fim de oferecer a melhor assistência. Porém, se notar que algo pode estar em desordem, procure ajuda profissional.