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EaD na escola: veja como funciona

Sem aulas e com escolas fechadas, educação a distância é alternativa para o ensino básico.

Com a suspensão das aulas por conta da pandemia do novo coronavírus, instituições de ensino, pais e responsáveis estão trabalhando em conjunto para aderir o ensino a distância. 

EaD na escola: veja como funciona.
Fonte: Lucélia Ribeiro / Creative Commons

Aulas online, e-books com exercícios, vídeos no YouTube e envio de atividades por WhatsApp, têm sido algumas das alternativas para que as crianças e os adolescentes possam seguir estudando. 

Como são as aulas no ensino a distância


O ensino a distância já é uma realidade em muitas universidades, mas, na educação básica a modalidade gera controvérsias entre gestores e educadores ao redor do mundo. 

Entretanto, as aulas remotas se mostram como a principal alternativa para evitar a perda total do ano letivo por conta do isolamento social.

Segundo Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do Centro de Inovação para Educação Brasileira (CIEB), a implementação do EaD na escola não é uma tarefa simples, requer planejamento, investimento e tempo.

A mestre e doutora em educação pela universidade de Harvard, ressalta que é preciso “analisar a situação em dois momentos: a emergencial e a longo prazo.”

Entre algumas medidas que as escolas podem tomar para adotar o ensino a distância, estão:


Criar um canal de comunicação

Ter um canal de comunicação com os professores, famílias e alunos é um passo essencial no ensino a distância. Dessa forma, todas as informações ficam centralizadas em um único lugar, facilitando a divulgação de materiais e a resolução de dúvidas. 

Dellagnelo aconselha as escolas a criarem grupos separados: um apenas da equipe docente, um para falar com os pais e responsáveis e outro para se comunicar com os estudantes. 

Capacitar os profissionais envolvidos

Ter uma equipe capacitada irá garantir que as aulas remotas sejam mais eficientes. Cabe a escola orientar, treinar e preparar os professores para utilizar a plataforma escolhida anteriormente. 

Definir um plano de estudos

O planejamento do conteúdo que será ensinado deve ocorrer de forma ainda mais detalhada e organizada no EaD, visto que o contato e a comunicação entre professores e alunos fica um tanto restrita e nem sempre é instantânea. 

Além disso, o material deve ser adaptado as novas condições de ensino. Não existe uma regra estruturada, ou seja, as próprias escolas podem optar por selecionar conteúdos específicos ou propor projetos mais amplos que integrem diversas disciplinas. 

Garantir a participação de todos alunos

O último passo que o colégio deve tomar é assegurar que todos os alunos participem das atividades propostas.

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Personagem segurando um sino de notificações

 Segundo Dellagnelo, é importante que haja uma equidade no ensino a distância. Ou seja, a instituição precisa se certificar de que os estudantes têm acesso aos conteúdos oferecidos e que disponibilizam do equipamento necessário para assistir as aulas – smartphone, tablet ou computador.   

Muitas instituições de ensino não possuem a infraestrutura necessária para desenvolver e implementar o EaD, porém, existem diversas ferramentas gratuitas disponíveis em que os professores podem armazenar os conteúdos escolares e também ministrar aulas através de webinars, como o Google Sala de Aula e o Microsoft Teams. 

O ensino a distância funciona na educação básica?

A ideia de adotar o EaD nas escolas de ensino básico vem sido discutida entre a comunidade pedagógica há alguns anos.

Apesar de ter os seus pontos positivos, Dellagnelo comenta que o
“ensino presencial é insubstituível.” 

Ela acredita que “a escola tem papel fundamental na socialização da criança e em seu desenvolvimento psicossocial” e defende que sejam adotados modelos de ensino híbrido, misturando aulas presenciais e remotas. 

Leia também: Ensino Básico a Distância: Polêmicas, Realidades e Mitos

Vale lembrar que o ensino a distância exige um alto grau de independência e autonomia do aluno para estudar e acompanhar a plataforma virtual, características que podem variar conforme a faixa etária e ano escolar da criança e adolescente. 

Por isso, durante o isolamento social – que ainda não tem uma data exata para terminar – os pais e responsáveis têm um papel fundamental no suporte aos estudos dos seus filhos. 

Confira 5 dicas para apoiar o estudo dos filhos durante a quarentena

Além das escolas, diversas empresas suspenderam suas atividades ou permitiram que colaboradores trabalhassem de casa – experiência única para a maioria das pessoas.

Se adaptar ao home office, realizar as tarefas domésticas e conciliar tudo com a supervisão dos filhos pode ser desafiador, mas as dicas abaixo podem ajudar os pais e responsáveis a organizar o dia a dia.

Vale lembrar que, para isso, a idade da criança deve ser levada em conta. Quanto mais velha ela for, maior a sua autonomia e, por consequência, menor será a interferência dos pais.

  1. Estabeleça uma rotina

    Um aspecto importante durante a quarentena é tentar manter a rotina da criança o mais próximo possível de sua vida “normal.” Isto diminuirá o processo de readaptação quando ela retornar a escola.

    Leia também: Veja 5 dicas para montar uma rotina de estudos em casa

    Vestir-se adequadamente e estabelecer horários de estudo e para as refeições são essenciais. Um tempo específico para intervalos também é necessário para evitar que os estudantes fiquem sobrecarregados.

    Para os pais que estão em casa, conciliar tempos de relaxamento do trabalho com os da criança pode ser uma boa alternativa.

  2. Espaço tranquilo
    No ensino a distância, é fácil que o aluno se distraia estando fora do ambiente escolar e sem a supervisão do professor. Se possível, reserve um espaço da casa mais tranquilo para realizar as atividades escolares. Evite ligar aparelhos como a televisão e o rádio durante os horários de estudo da criança para que ela possa se concentrar em uma atividade de cada vez. 
  3. Esteja próximo
    Fique próximo e converse abertamente com seus filhos, principalmente com os pequenos. É importante que a criança entenda que o isolamento social trata-se de uma crise e não férias.

  4. Explore a criatividade
    Realizar atividades e brincadeiras diferentes podem ajudar a combater a monotonia e desenvolver a criatividade da criançada.

    Jornais, revistas, lápis de cor e materiais recicláveis são ótimas maneiras para os estudantes soltarem a imaginação.

    Os conteúdos de matemática por sua vez podem ser trabalhados com diferentes objetos da casa, incentivando a aprimorando o raciocínio lógico.

    Use e abuse da leitura de livros e gibis. Eles ajudam a ampliar o vocabulário dos pequenos e também na construção textual. 
     

  5. Reserve um tempo para atividades físicas
    Além das atividades curriculares é importante que os pais estimulem a movimentação das crianças através de brincadeiras e jogos.

    Exercícios que trabalhem a coordenação da criança como desafios de dança, morto vivo e mímica são apenas algumas das opções. 

    Caso a criança tenha acesso a uma área externa, os responsáveis podem realizar atividades com bola, amarelinha e pular corda, por exemplo.

    Aqui, o que vale é mexer o esqueleto.

    É verdade que o EaD na escola aplicado para crianças e adolescentes gera polêmica e divide opiniões, porém, independente do ponto de vista, a modalidade se faz necessária para o momento atual.

    Mas para que isso aconteça de maneira eficiente e igualitária é preciso que haja comprometimento de todos os envolvidos no processo: instituições de ensino, professores, responsáveis e alunos. 

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