O que não pode faltar na proposta de intervenção?
Para atingir 200 pontos na Competência V, a proposta deve conter quatro elementos principais:
- Ação: o que será feito para resolver o problema;
- Agente: quem será responsável por executar essa ação (governo, escola, mídia, sociedade, etc.);
- Meio ou modo: como essa ação será colocada em prática;
- Finalidade: o resultado esperado dessa intervenção.
O que pode zerar a Competência V?
A cartilha reforça que propostas que ferem os direitos humanos recebem nota zero nessa competência. Isso inclui qualquer ideia que defenda a violência, tortura, execução sumária, exclusão de grupos sociais, discriminação racial, religiosa, de gênero ou de classe.
Além disso, não basta apenas afirmar que “faltam investimentos” ou “é preciso conscientizar a população”: frases vagas e sem detalhamento não configuram uma verdadeira intervenção. A proposta deve ser explícita, concreta e compatível com a discussão apresentada no texto.
Como relacionar a proposta ao tema da redação?
Outro ponto fundamental é que a proposta de intervenção deve estar diretamente ligada ao problema discutido. Isso significa que o candidato precisa desenvolver sua redação com um raciocínio lógico que conduza naturalmente à solução apresentada.
De acordo com o Inep, a coerência entre os argumentos e a proposta final é o que diferencia uma redação completa de uma redação mediana.
Um texto que discute os desafios da valorização da herança africana, por exemplo, deve propor ações relacionadas à valorização cultural, à inclusão de conteúdos afro-brasileiros nas escolas ou à visibilidade de artistas negros, e não soluções genéricas que não dialoguem com o tema.